Preview 2012/13 – Portland Trail Blazers

Continuamos aqui o melhor preview da temporada já escrito por um blogueiro preguiçoso que deixa tudo pra última hora. Veja o que já foi feito até agora:

Leste: Boston Celtics, Cleveland Cavaliers, Brooklyn Nets, Indiana Pacers, Atlanta Hawks, Washington Wizards, Chicago Bulls, Orlando Magic, Toronto Raptors, Philadelphia 76ers, Charlotte Bobcats, Detroit Pistons e Milwaukee Bucks

Oeste: Memphis Grizzlies, Sacramento Kings, Denver Nuggets, Golden State Warriors, San Antonio Spurs, Los Angeles Clippers, Phoenix Suns, OKC Thunder, Minnesota Timberwolves, Utah Jazz e Dallas Mavericks e New Orleans Hornets

Até o esperado dia 30 de Outubro, quando teremos a rodada inicial da Temporada 12/13 da NBA, todos os times terão sido analisados profundamente aqui no Bola Presa.

Nesse ano vamos repetir uma ideia de uns vários anos atrás. Ao invés de só comentar as contratações e fazer previsões, vamos brincar de extremos: O que acontecerá se der tudo certo para tal time, qual é seu teto? E o que acontecerá se der tudo errado, onde é o fundo do poço? Em outras palavras, como seria um ano de filme pornô, onde qualquer entrega de pizza

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vira a trepa do século? E como seria um ano de novela mexicana, onde tudo dá errado e qualquer pessoa pode ser o seu irmão perdido em busca de vingança?

Hoje é dia de falar do time que representa a cidade onde foi filmado o excelente filme ‘Elefante‘, o Portland Trail Blazers.

 

Portland Trail Blazers

 

 

 

 

 

O Blazers finalmente desistiu. Os joelhos de Greg Oden e Brandon Roy impediram a equipe de ser o “time do futuro” da NBA. Eles até tentaram ir longe, mesmo assim, com a adição de veteranos como Gerald Wallace e Jamal Crawford, mas por algum motivo que eu não sei explicar bem, não deu certo. A direção do time decidiu então que era hora de recomeçar do zero. Ou melhor, quase do zero. Não são bobos nem nada e resolveram aproveitar um pedaço do elenco dos últimos anos. Ficam no time LaMarcus Aldridge, Nicolas Batum e Wesley Matthews como espinha dorsal do novo Blazers. Para segurar Batum, aliás, igualaram uma proposta de 46 milhões por 4 anos feita pelo Wolves.

Na última temporada LaMarcus Aldridge mostrou um jogo mais refinado de costas para a cesta para complementar seu bom arremesso de meia distância. Também mostrou força e atacou mais a cesta, tem cobrado muito mais lances-livres nos dois últimos anos do que no começo de carreira. Virou um jogador mais completo e credenciado para virar o nome da franquia. Ainda não está nesse mesmo nível alto na defesa e nos rebotes, é verdade, mas nada que um bom companheiro de garrafão não ajude a disfarçar. Outro que cresce bastante é Nicolas Batum, jogador completo, esmagador oficial de sacos espanhóis e que o Blazers aposta que poderá se tornar mais importante no ataque. Será que ele tem bola pra meter uns 20 pontos por jogo?

Completando os remanescentes, Wesley Matthews. O ala é um bom defensor, nunca perdeu um jogo sequer por contusão em seus 3 anos de carreira e tem um arremesso confiável, bom role player no estilo de Thabo Sefolosha e Arron Afflalo. Será que posso colocar como remanscente o JJ Hickson também? Ele jogou no Blazers na temporada passada, mas apenas 19 jogos, quando chegou no time depois de ter sido chutado do Sacramento Kings. Nesses 19 jogos ele teve ótimas médias de 15 pontos e 8.3 rebotes, se fizer um pouco disso nessa temporada já é um bom complemento para Aldridge. E ele deve começar o ano como titular, já que o outro pivô do time é o novato Meyers Leonard, que apesar de alguns bons jogos na pré-temporada ainda parece meio cru pra já sair jogando. Média de quase 4 faltas por jogo em pouco mais de 15 minutos!

Falando em reservas, o time terá outros estreantes no banco. Joel Freeland, pivô britânico, e Victor Cláver, ala espanhol, finalmente chegam na NBA. Os dois tem experiência no basquete, mas não no estilo NBA de se jogar. É sempre uma incógnita a adaptação desses gringos, especialmente os que já chegam com os vícios do basquete de fora. Pouca experiência tem também o armador Nolan Smith e o ala Luke Babbitt, que só esquentou banco nos seus dois anos de NBA. Veja que não estou dizendo que o banco deles é ruim, apenas que é impossível prever como tantos caras recém-chegados vão se sair. A imprensa de Portland está muito preocupada com esse banco de reservas, achando que o time vai penar especialmente no começo da temporada e precisará expôr Aldridge e Batum a longos períodos sem descanso.

Talento, chance de surpreender e inexperiência resumem o grande nome do Blazers na pré-temporada, o novato Damian Lillard. A 6ª escolha do Draft 2012 está arrebentando com tudo e com todos desde as Summer Leagues de Julho, quando foi eleito o melhor jogador da competição. Acabou a pré-temporada com médias de 17 pontos, 7 assistências e, claro, 4 turnovers por jogo só pra ficar clara a sua idade e o fato de que prefere atacar a cesta do que passar a bola. Mas ninguém em Portland está reclamando, o garoto lembra Kyrie Irving já arrebentando com tudo quando chegou na temporada passada. Esse ano de aprendizado de Lillard vai custar algumas vitórias ao longo da temporada, talvez Aldridge e Batum não recebam bolas açucaradas como mereçam, mas pelo talento individual de Lillard vale a pena esperar e ter paciência com o garoto.

Entra ano, sai ano e o Blazers continuam como o time do futuro, mas pelo menos Lillard, Batum e Aldridge não tem nenhum histórico de problema físico. Será que agora (leia-se daqui uns 4 anos e olhe lá) vai?

 

Temporada Filme Pornô

Eu consigo visualizar uma temporada perfeita do Blazers, com JJ Hickson mantendo o nível da temporada passada, Damian Lillard roubando o troféu de novato do ano de Anthony Davis e ajudando Aldridge e Batum a levar o Blazers para os Playoffs. Pode acontecer, mas é muito pouco provável.

Como sempre a análise realista é a mais chata. O mais provável é que Lillard tenha altos e baixos ao longo do ano, que JJ Hickson mescle jogos péssimos com outros bons e que Nicolas Batum sofra com um aproveitamento baixo antes de se estabelecer como primeira opção de ataque. Mas estamos falando do mundo perfeito do pornô, né? Nele, todos os caras do Blazers tem pinto grande e se superam para roubar uma 8ª posição no Oeste.

 

Temporada Drama Mexicano

Se tem um time que entende de temporada dramática é o Blazers. Quantas vezes não falamos “se o Oden ficar inteiro”, “se o Roy não estourar o joelho” e eles ficaram na mão? Ou na maca? Dessa vez eles não tem ninguém no elenco com histórico tão feio como esses dois, mas ninguém aqui brinca com maldições antigas da NBA. De qualquer forma, acho que mais dramático para o Blazers seria ver seus dois novatos, Lillard e Leonard, jogando mal. Pouco provável, de Draft eles ainda entendem.

 

Top 10 – Melhores jogadas do Blazers em 2012

>O recorde de Ray Allen

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Na noite de ontem, Ray Allen quebrou o recorde de bolas de 3 pontos totais convertidas na história da NBA. Foi um grande momento, então se você não conseguiu assistir ao vivo, o Bola Presa traz para você um infográfico exclusivo que imortalizará para sempre essa cesta histórica. Preocupados com a necessidade de registrar esse momento para as futuras gerações, escolhemos o único instrumento que nunca envelheceu nem envelhecerá: o Paint.
Clique na imagem para ampliar e apreciar em alta definição

Com o arremesso e as reações devidamente analisadas, podemos voltar nossa atenção para o fato de que o Celtics perdeu esse jogo para o Lakers, e que aproximadamente 12 milhões de pessoas que dedicam suas vidas a dizer que o Lakers está em crise se suicidaram nessa madrugada porque não tinham mais nada para fazer. Com essas mortes, chegam relatos de que a internet é agora um lugar mais tranquilo e que a pornografia pode ser baixada um pouquinho mais rápido. Em breve, voltamos com nossa programação normal.

>Tá ruim mas tá bom

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O técnico Moncho ameaça um golpe de caratê

Nível mequetrefe na Copa América, feriadão, offseason na NBA, gripe suína, sensação de missão cumprida quando a Alinne Moraes deixou mensagem pra gente no Twitter, preguiça e até um troço chamado “vida” acabaram deixando a gente um bocado longe do blog nos últimos tempos. Agora estamos de volta pra valer, com uma série de posts e novidades engatilhadas, tudo saindo do forno. E é com gosto que, ao voltar ao Bola Presa, posso dizer que o Brasil foi campeão da Copa América.

Vamos admitir que a qualidade técnica do torneio não foi lá essas coisas, mas de qualquer modo a importância da vitória para o Brasil era enorme. Para o time desfalcadíssimo e capengando da Argentina, conseguir a vaga para o Mundial do ano que vem já estava de bom tamanho, bastava a sensação de alívio, de não passar vergonha, e de poder concertar o erro mais tarde. Para a seleção brasileira, simplesmente conseguir a vaga não bastaria. Quando as coisas começam a ser colocadas na direção certa, qualquer tipo de resultado negativo pode servir para abortar o processo. Nem sempre resultados ruins são causados por uma preparação ruim, e dessa vez que a preparação foi a contento só podíamos torcer para os resultados também serem, sob o risco de qualquer deslize virar desculpa para jogar fora os pequenos avanços que conseguimos.

A seleção brasileira jogou um basquete mais coletivo, focado na defesa e ao menos tentando – lutando contra velhos vícios como o Bozo luta contra a cocaína – depender menos das bolas de três pontos e jogar mais no garrafão. Meu pânico era justamente perder de Porto Rico na final e começar a ouvir uns birutas dizendo que, se eles ganharam seus jogos apenas chutando bolas de três, nós deveríamos voltar à nossa política de só arremessar de fora também. Pior ainda seria ter que aguentar gente criticando a vinda do técnico estrangeiro, pedindo a volta de gente como o Lula ou o Hélio Rubens, por exemplo.

Além disso, a modalidade precisava do pequeno barulho que surge com a conquista. Com nova admnistração na CBB, um campeonato nacional minimamente organizado (que até chegou ao final, quem diria, e com ginásios lotados!) e exposição na televisão, nosso basquete não poderia se dar ao luxo de perder a Copa América e deixar o público achar que essas alterações não serviram pra nada. É preciso que exista essa sensação de que as coisas estão melhorando para que um mamífero bípede qualquer seja capaz de se interessar pelo esporte. Estamos dando passos pequenos na direção certa, e é muito importante que os resultados tenham vindo porque não acho que, frágil como o basquete anda por essas bandas, seríamos capazes de lidar com mais um fracasso.

Dito isso, devo permitir que aquele técnico de futebol frustrado que mora dentro de cada um dos brasileiros venha à tona agora. O técnico frustrado que vive dentro de mim desde os tempos da Copa de 94 (“Muda, Parreira!”) está louco para sair e criticar um pouco nossa seleção – mesmo que seja de basquete. Ganhamos a Copa América e isso é enorme e essencial para o novo basquete brasileiro, para coroar a mudança de direção na nossa modalidade e garantir que os avanços continuarão sendo feitos ao invés de abandonados porque “não deram certo”. Mas a verdade é que ganhamos a Copa América graças a um bocado de sorte e apesar de uma série de problemas e limitações que ainda afligem nossa seleção.

Acho que o Huertas é subestimado. O rapaz sabe correr, bater para dentro como um maluco e dar arremessos ridículos, mas ficou até com cãimbra na mão de tanto pedir calma para os companheiros. É ele quem controla o ritmo do jogo, quem decide a velocidade do ataque e quem arma todas as jogadas. Com ele em quadra, Leandrinho recebe bolas em velocidade apenas para finalizar em movimento. Quando o Huertas senta, o time desanda mais do que o nariz do Michael Jackson, não dá nem coragem de olhar. A bola fica parada nas mãos do Leandrinho, que perde seu poder ofensivo e tem dificuldades terríveis de infiltrar, ou então vai parar nas mãos do Marcelinho Machado, que seria um excelente jogador se tivesse qualquer traço de cérebro na caixa craniana. Do mesmo modo, quando o Varejão vai para o banco de reservas, o Brasil não tem um defensor no garrafão e passa a ser comido vivo, cedendo lances livres e infiltrações fáceis. Quando o Tiago Splitter senta, o Brasil não consegue colocar a bola perto da cesta e acaba dando arremessos forçados e voltando aos tempos dos arremessos de três. Isso porque o reserva tanto do Varejão quanto do Splitter costuma ser o Guilherme, que não defende nem ponto de vista e só deixa de feder um pouco quando joga atrás da linha dos três pontos, esvaziando o garrafão tipo o Rashard Lewis (mas sem um Dwight Howard lá no meio).

Ou seja, a seleção finalmente joga como um conjunto, mas não tem elenco. São sete jogadores e dois deles fedem, fica difícil competir assim em alto nível principalmente numa competição com jogos em dias seguidos, que exige tanto do físico de todos os jogadores. O técnico Moncho até levou outros jogadores, dos quais uns torcedores gostam mais e outros gostam menos, mas a verdade é que todos nós sabemos que eles não têm nível pra participar da brincadeira. Talvez com o tempo, se abraçarem perfeitamente bem a mentalidade coletiva instaurada na equipe, possam entrar sem comprometer muito.

Mas é preciso aproveitar para reclamar também de um velho problema da seleção que permanece intocado (e nem é os lances livres, em que a gente fede e nem tenho mais esperanças de melhora): são os momentos decisivos dos jogos. Há muito tempo não temos uma estrela capaz de colocar o time nas costas e o jogo no bolso, simplesmente porque o Leandrinho não é assim. Contra uma defesa montada, as infiltrações do Barbosa são muito ineficientes, motivo pelo qual ele sempre rendeu melhor quando joga um basquete de contra-ataque e velocidade. O resultado é que, na hora de acalmar o jogo e colocar a bola nas mãos de quem resolve a parada, não existe ninguém capaz de cumprir a função. Na final contra Porto Rico, dominamos o jogo. Mas aí o Huertas foi sentar e a diferença de pontos começou a diminuir. Nos dois minutos finais, quando Porto Rico apertava e a seleção só precisava deixar o cronômetro rodar e deixar a bola com quem entende, o escolhido foi o Leandrinho. Arremessos forçados, desperdícios de bola e passes para o lado: com isso, Porto Rico ficou a um ponto de nós e só perdeu porque o Arroyo errou a bola decisiva (destaque para a excelente marcação do Alex nesse arremesso final).

Eu ficava torcendo para a bola ficar nas mãos do Huertas, mas não, sempre deixam o Leandrinho decidir o que fazer no final do jogo. Pra mim o negó
cio é simples: ou o Leandrinho decide mesmo o jogo e passa a incorporar isso em seu estilo, ou escolhemos outra estrela para finalizar jogadas (Splitter, Huertas, minha mãe), ou então deixamos essa besteira de jogador para decidir de lado e mantemos o basquete coletivo. Sei que o psicológico atrapalha no final, mas se a seleção brasileira tivesse tentado manter o mesmo padrão de jogo, ainda que fazendo xixi nas calças, o resultado teria sido melhor.

Cabe ao Moncho resolver o que o Brasil fará na hora da pressão, em especial porque os adversários no Mundial vão ser infinitamente superiores e a gente não estará com 30 pontos de vantagem no último período. Cabe a ele ampliar a rotação de jogadores na equipe e garantir que o nível não caia tanto com as substituições. E, o mais importante, cabe aos responsáveis na CBB manter o Moncho na seleção. As desculpas que poderiam ser dadas foram pro lixo, porque o Brasil venceu, mostrou outra postura, outro estilo de jogo, jogou um basquete moderno e deixou os jogadores importantes (Leandrinho, Varejão, Splitter) felizes da vida, satisfeitos, confiantes. O Nenê vai ouvir isso, vai saber que agora há um trabalho sério, com resultado e visibilidade. Assim, fica difícil não aparecer para jogar. Quando o trabalho é uma merda e ninguém fica nem sabendo, pra quê o jogador vai se dar ao trabalho de jogar de graça e arriscar seu ganha-pão na NBA? Não rola. Mas com o trabalho desempenhado agora, o Nenê deve aparecer, todos os outros jogadores devem voltar, e portanto não negociar o retorno do Moncho seria uma vergonha. Agora, queridos engravatados-que-assinam-cheques, a torcida brasileira está assistindo. Não tão de perto quanto seria o ideal, mas perto o suficiente para fazer barulho e reclamar de qualquer tropeço, o que é um baita avanço se comparado com o basquete invisível de um par de anos atrás.

Ganhamos no sufoco, na sorte, graças a um erro no último arremesso de Porto Rico. Mas os acertos na seleção são evidentes e levantam um basquete que precisava agora justamente desse apoio, desse carinho. Para o Mundial, no entanto, tudo muda de figura: precisamos nos preocupar em não passar vergonha. Seria lucro simplesmente manter o belo trabalho, a evolução gradual. Ficamos como sempre aguardando, torcendo pela permanência do Moncho, e molhando nossas calças de preocupação: por favor, por favor não estrague tudo de novo, senhora CBB – e senhor Carlos Nunes, claro, que já avisou que, se o Moncho não continuar, vai dar as rédeas para um treinador brasileiro. Legal, nem estamos tecnicamente defasados mesmo, não é?

>Milagre, Arenas voltou!

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Arenas machuca a mão ao cumprimentar companheiros

Finalmente o Gilbert Arenas voltou!!! Ufa, demorou mais que o Fenômeno para fazer sua estréia na temporada mas finalmente sábado, contra o Detroit Pistons, o Agent Zero fez seu primeiro jogo oficial desde os playoffs da temporada passada. E pode-se dizer que com sucesso: apesar do arremesso ainda descalibrado, foram 15 pontos e 10 assistências.

Como nos finais de semana eu tento deixar de ser um fracasso completo e ter uma vida social, não consegui ver o jogo inteiro, mas vi o suficiente para ver que ele está de volta. E, mais importante, está diferente.
A primeira mudança importante é que agora o Arenas é um blogueiro aposentado. Ele anunciou semana passada que não atualizará mais o seu blog, o que deixa o Bola Presa oficialmente na condição de blog mais sensacional sobre NBA em toda o universo conhecido.
Mas sério, para o Arenas foi um passo grande abdicar do blog. Foi com ele que ele saiu do status de “apenas” ótimo jogador para o de super estrela e foi com o blog que ele conseguiu milhões de fãs que antes nem assistiam jogos do Washington mas que acabaram se divertindo com os causos e opiniões. Além disso, foi por lá que ele conseguiu não ser esquecido mesmo passando duas temporadas inteiras praticamente sem jogar.
Mas apesar de toda essa importância do blog pra ele, acho que foi importante ele ter desistido. Chegou um ponto na carreira dele que o blog estava mais dando trabalho do que rendendo bons frutos. Cada vez era mais comum ele ter que gastar muito espaço de um post novo só justificando o que ele tinha dito no post anterior e que tinha causado polêmica. Coisas divertidas como as provocações contra o Portland (quando ele jurou fazer 50 pontos), contra o Richard Jefferson (que ele tirou sarro por ir jogar na chata cidade de Milwaukee) ou mesmo seu desabafo quando foi cortado da seleção americana. Tudo o que era o máximo para nós leitores era cada vez mais dor de cabeça para o Arenas. Nas palavras dele mesmo:
“No começo era legal, mas depois virou uma faca de dois gumes. Suas palavras podem ser usadas contra você.”
Com a fama que ele criou logo apareceram os caras odiando ele, claro. Ninguém odeia o Antoine Wright ou o Pops Mensah-Bonsu, as pessoas preferem odiar o Kobe, o LeBron e o Arenas, por algum motivo acham que isso faz sentido. Então a cada derrota do Wizards, a cada jogo ruim do Arenas e a cada mês machucado, já vinham dizendo que era para ele blogar menos e jogar mais. Como se tirar umas horinhas por semana pra escrever fosse o que deixasse o seu joelho pior ou a defesa do Wizards mais furada.
Por isso, por um lado a aposentadoria bloguística do Arenas é uma derrota do bom humor para os críticos esportivos chatos. A pressão de implicarem com tudo o que ele fala certamente deve ter ajudado o Arenas na hora de tomar a decisão de não escrever mais. Invariavelmente os blogs acabam porque as críticas são tão pesadas que tiram a diversão de blogar (que tem que ser divertido, afinal em 99% não é remunerado) ou porque não têm visitas e caem no esquecimento, o que não era o caso do Arenas. Em alguns casos, quando o blog é mais velho, ele também acaba porque o cara cansou de escrever tanto, mas o Arenas sempre disse gostar de postar, então essa não cola.
Mas já por outro lado a aposentadoria bloguística do Arenas foi uma boa jogada para ele. Depois de dois anos parado com uma contusão e em um time que é o pior da NBA, tudo o que ele não precisa é de mais pressão e de holofotes em cima dele. E o blog estava sendo isso, um holofote do tamanho do Glen Davis. No momento ele só precisa de preparo físico, de ritmo de jogo, precisa pegar confiança no joelho, em bater pra dentro e no arremesso, quase nada. Então, mais inteligente é se esconder num canto e usar esse último mês de temporada e a offseason para poder voltar com tudo na temporada que vem.
No começo do texto disse que o Arenas estava um jogador diferente, primeiro porque não é mais um jogador-blogueiro, e a segunda coisa que pareceu diferente no jogo de ontem é que agora ele está parecendo (baseado em um jogo ainda, eu sei) um armador de verdade.
Na partida de ontem ele foi um cara que tomou mais conta do jogo, não forçou tanto a barra em busca de arremessos e procurou os companheiros para o passe, por isso as 10 assistências. O que me lembrou um post do Arenas no blog dele em que ele diz que, se quisesse, poderia dar 10 assistências por jogo, que era algo bem fácil, mas que ele não dava porque não era a característica dele.
Segundo o Arenas, e na época eu concordei, pra quê pedir pro Kobe dar 10 assistências por jogo se o negócio dele é marcar pontos? Ou para quê exigir um arremesso de Ben Wallace se o negócio dele é defender? O negócio do Arenas é marcar pontos e é assim que ele iria jogar.
Como criador da ONG “Pintores pintam, arremessadores arremessam” que defende arremessadores chamados de fominhas mundo afora, como Ben Gordon, Sasha Vujacic e Marcelinho Machado, eu tive que concordar. Cada jogador faz o que sabe e o técnico que seja bom o bastante para encaixar essas peças em um time que funcione.
Acontece que o Arenas fazia o quê? Pontos usando sua velocidade de infiltração e arremessos com o espaço que ele tinha por causa de seu drible. Agora com o joelho zoado, cadê essa velocidade e esse drible? Será que vão voltar?
O Amar’e e o Nenê são bons exemplos de jogadores que voltaram bem depois de contusões sérias, o Grant Hil
l
já é um exemplo da maioria que nunca mais volta a ser a mesma coisa. Considerando que o Arenas dificilmente voltará a ter a mesma explosão física de antes, já que sua sequência de contusões lembra mais o caso do Hill, talvez fosse a hora dele aproveitar que acha fácil dar 10 assistências por jogo e virar o armador-organizador de que o Wizards tanto precisa.
Com a pior campanha na temporada regular, o time da capital americana tem sérias chances de ficar com a primeira escolha do draft e levar o espetacular Blake Griffin pra casa. Com um garrafão com o Griffin de ala de força e Brendan Haywood voltando de contusão como pivô, o Wizards terá um forte garrafão (que ainda terá o promissor JaValle McGee no banco) e poderá usar o Jamison na posição 3, com o Butler na dupla de armação com o Arenas. É, no papel, um time que pode fazer estrago no Leste.
O Arenas foi diferente ontem, foi esse armador puro que eu acho ser aquilo de que o Wizards mais precisa, mas não sei se ele planeja continuar assim. Vamos saber assistindo aos jogos dele, não lendo seu blog.
Seleção Brasileira (do outro esporte)
Vocês viram a meleca que foi o jogo da seleção brasileira contra o Equador ontem? Irgh! Que time asqueroso. Eu não só convocaria melhor que o Dunga como eu já convoquei.
O Blog A Marca da Cal, do nosso leitor Kei, pediu para que eu convocasse minha seleção brasileira de futebol com seus 23 jogadores e eu fiz o difícil serviço. Complicado escolher o reserva de lateral-esquerda, complicado também chamar o Ronaldinho Gaúcho por falta de bons meias mas acho que montei um bom meio-campo com Lucas, Hernanes, Ramires e Kaká. E aí, o que você acha? Veja a minha seleção e me xingue no blog de lá e aqui também.