Os novos números – Parte 2

Se você caiu de paraquedas neste texto, talvez seja melhor tirar um tempinho e ler a parte 1 deste especial. Lá falo dos números de distância e velocidade, toques na bola, passes e assistências e defesa.

No começo desta temporada eu fiz um post contando que a NBA havia fechado um contrato para instalar as câmeras do SportVU em todos os ginásios da liga. Para quem não lembra, o SportVU é um programa que se originou de um sistema rastreador de mísseis do exército israelense, mas que hoje funciona lendo todos os movimentos dos jogadores da NBA. O SportVU tem nos oferecido estatísticas antes inimagináveis, que agora nos ajudam a entender como jogam e como funcionam diferentes times e jogadores. Este texto serve apenas para discutir alguns destes números. Para a discussão das novas tecnologias na NBA vocês podem ler alguns textos antigos sobre o próprio SportVU, sobre o espaço na NBA e sobre a revolução estatística do basquete.

Todos os números citados aqui podem ser vistos na página de estatísticas da NBA, o NBA.com/Stats, dentro da sessão Player Tracking, que concentra os dados do SportVU.

 

DeAndre Jordan Rebound

Rebotes

Os rebotes eram uma área bem coberta pelas estatísticas antigas. Além dos números tradicionais de rebotes por jogo, já existiam também os rebotes por minuto e, com a ajuda de números de posses de bola, Rebounds Percentage, que era uma estimativa da porcentagem de rebotes pegos por um jogador quando ele estava em quadra. Por fim, meu número favorito, o que calcula a eficiência em rebotes de todo o time quando determinado jogador está em quadra.

O SportVU chegou para refinar esses números e oferecer alguns detalhes a mais. Um número interessante que eles mostram é o número de chances de rebote que um jogador tem por jogo, calculado por distância. Se no momento do rebote o jogador está a 3.5 pés (1.05 metros) da bola, é considerada uma chance de rebote. Com base nisso, eles também calculam, com mais exatidão do que o número tradicional, a porcentagem de conquista do rebote dentro dessas chances.

O líder em chances de rebote é (surpresa!) Kevin Love. Seu posicionamento fantástico o dá 19.7 chances de rebote por jogo, pouco mais que DeAndre Jordan, Dwight Howard, Zach Randolph e o promissor Andre Drummond. Sendo este um número que premia o bom posicionamento, nenhuma surpresa pra gente, certo? Curioso que o único jogador no Top 50 que não é um ala de força ou pivô é Carmelo Anthony. No Top 100 o único jogador de backcourt é Lance Stephenson, do Indiana Pacers. Mas se isso só mostra a proximidade, é claro que até o pior dos grandões vai ter um número razoável, o interessante é saber quem consegue tirar bom proveito dessa proximidade.

Se colocarmos um filtro de jogadores que vêem pelo menos 7 chances de rebote por jogo (para eliminar os armadores que tem 100% porque tem uma chance e a agarram), temos os dois principais candidatos a MVP da temporada nas primeiras posições. Kevin Durant tem absurdos 74% de acerto nos rebotes em 10.5 chances por jogo; LeBron James tem 72% em 9.3 chances de rebote. Eles aparecem antes do citado Carmelo Anthony, Gordon Hayward, Russell Westbrook e DeAndre Jordan. Se vocês juntarem as duas listinhas que fiz neste assunto verá apenas um nome se repetir entre os melhores: Jordan. De todos os pivôs que veem inúmeras oportunidades de rebote por jogo, apenas o grandalhão do Clippers continua no topo em aproveitamento, com 70%. Kevin Love, lá atrás na lista, tem 65%. Andre Drummond também está bem colocado, com 69%.

Este número talvez ajude a explicar porque Doc Rivers coloca muita fé no seu pivô. No ano passado Vinny Del Negro costumava usar um quinteto mais baixo no Clippers para últimos períodos, com Jamal Crawford em quadra e Jordan no banco. O motivo principal era o pavoroso aproveitamento de lances-livres do pivô, que impedia que ele sequer recebesse a bola, com a certeza que seria acertado por uma falta. Nesta temporada seu aproveitamento subiu apenas de 38% para 40%, ainda ridículo, mas mesmo assim fica muito mais em quadra nos minutos decisivos. Rivers acredita que ele não precisa receber a bola no ataque, onde Chris Paul e Blake Griffin tomam conta do negócio, e que na defesa ele é essencial para bloquear arremessos e garantir os rebotes. O cara não é perfeito, mas conseguiu ser um dos melhores da NBA em uma categoria e seu novo técnico soube reconhecer a importância disso. Acho que apanhar feio de Marc Gasol e Zach Randolph nos Playoffs do ano passado serviu pra alguma coisa.

Outro número legal dos rebotes do SportVU é o de rebotes contestados por jogo. Esta categoria calcula o número de rebotes pegos por um jogador quando este tem um adversário a um metro ou menos de distância dele. Nesta categoria a parte física conta bastante e o gigantrosco Andre Drummond é o líder com 5.5 por jogo, seguido de DeAndre Jordan, claro, com 5.4. Kevin Love, Anthony Davis e Joakim Noah completam o Top 5. Em rebotes não contestados, quando o jogador pega a bola sem concorrência, o campeão é LaMarcus Aldridge, com 8.3. Ah, mas ele está sozinho, mas empatado com… DeAndre Jordan.

 

Lin

Infiltrações

A parte das estatísticas chamadas de Drives foi a primeira que me chamou a atenção no SportVU. A categoria é descrita assim: Qualquer toque na bola que comece a pelo menos 6 metros do aro e seja levado até 3 pés do aro e exclui situações de contra-ataque.

Eu me apaixonei por esse número quando vi, no começo da temporada, que Jeremy Lin estava entre os líderes em vários dos números mostrados. Hoje, com ele na reserva de Patrick Beverley, seu ranking caiu um pouco, mas ainda está lá em cima: ele é o melhor em aproveitamento de arremesso em infiltrações (54% de acerto, atrás só de caras como LeBron, Ginóbili e Durant), 10º em pontos do time por infiltração (9.7 pontos marcados pelo time em uma posse de bola que tem sua infiltração) e 18º em pontos de infiltração por jogo, 5; e em infiltrações por partida, 8.2.

O meu encantamento com esses números aconteceram porque eles eram exatamente tudo o que Jeremy Lin precisava para convencer os outros de que ele é realmente um bom jogador. Depois da fantástica e cativante história da Linsanity, as pessoas seguiram sua rotina de matar os ídolos que elas mesmas criaram: “não tem como manter isso”, “não tem físico”, “defende mal”, “jogador normal que recebe atenção demais da mídia”. Os argumentos vinham junto de médias de pontos, arremessos e turnovers que até não eram ruins, mas também não eram chamativos como o seu jogo.

Acontece que os números que valorizam Lin simplesmente não existiam! Ele é um especialista e deve ser tratado como tal. Menosprezar Lin antes, era como se menosprezássemos Kyle Korver em um mundo onde não existissem estatísticas de bolas de 3 pontos, ou falar mal de Tony Allen porque não há números defensivos o bastante para valorizar sua marcação individual. Lin é um especialista em infiltrações e como qualquer outro cara focado em uma só função do jogo, pode se dar ao luxo de não ser espetacular no resto e mesmo assim fazer a diferença numa partida. Como dito no número acima, Lin é o 10º melhor da NBA em criar pontos para o time com infiltrações. Seu ataque rende pontos, assistências para arremessadores, confusão na defesa e faltas. Se isso não é um talento valioso, não sei o que é.

 

Splash Bros

Arremessos

A parte dos arremessos é uma das mais completas de todo o SportVU. Ele separa os chutes entre Catch and Shoot, que é quando o jogador recebe a bola a pelo menos 3 metros da cesta e arremessa sem driblar; Pull Up, que conta a mesma distância, mas com

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pelo menos um drible; e os já citados Drives, as infiltrações. Depois existe uma página onde a eficiência dos três tipos de arremesso são computadas. Se seu jogador favorito é bom em algum arremesso, em algum lugar ele aparece. Como disse no caso de Lin, a hora dos especialistas é agora.

A estrela do Catch and Shoot (CaS) é um dos Splash Bros. do Golden State Warriors, Klay Thompson. Ele lidera a liga em pontos por CaS com 9.8, mas peca um pouco no aproveitamento. Embora os 44% pareçam e sejam realmente muito bons, até se considerarmos a dificuldade dos chutes que ele tenta, tem gente melhor e que também tenta bastante. Kyle Korver é uma aberração da natureza que consegue manter os 50% de aproveitamento (!) em bolas de 3 no CaS mesmo tentando 5.3 bolas por jogo, número muito superior que qualquer outro jogador que tem boa porcentagem. Quem chega mais perto é Paul George, que acerta 48% de seus 4.3 arremessos de 3 em CaS.

Mas se os nomes no topo não surpreendem muito, os lá de baixo chamam a atenção. Antawn Jamison, contratado para ser um arremessador vindo do banco, tem só 20% de acerto em CaS! Tim Duncan tem apenas 33% e Brandon Jennings tem, irgh, 28% nas bolas de 2 pontos e 25% nas de 3 pontos! E ele ainda tem coragem de dizer que melhorou muito desde que chegou em Detroit.

Nem tudo, porém, parece mérito ou culpa individual nesse caso. Será que o time cria boas situações de arremesso para o jogador? Veja o caso de Patrick Patterson: ele só conseguiu 27% de acerto em CaS nos seus 16 jogos pelo Sacramento Kings, mas já tem 47% de aproveitamento nas 20 partidas que fez pelo Toronto Raptors! A diferença é gritante.

Rudy Gay2

Nos arremessos de Pull Up, que é quando o jogador arremessa após o drible, alguém está surpreso de ver o outro Splash Bros. na liderança de tentativas e pontos? Steph Curry chuta o pau da barraca com 10.5 arremessos por jogo e, veja só, 10.5 pontos por partida. A média de 1 ponto por arremesso é boa e mostra como bolas de 3 pontos compensam qualquer aproveitamento abaixo da média. Mais da metade destes chutes de Curry são de longa distância, onde ele acerta 35% de suas tentativas. O número é regular para um arremessador normal, mas impressionante pela dificuldade das bolas que Curry força, algumas bem irresponsáveis.

O resto da lista está recheado de armadores, desde os mais fominhas e caçadores de pontos até aqueles que simplesmente não tem com quem compartilhar o controle da bola: Chris Paul, John Wall, Russell Westbrook, Kyrie Irving e Brandon Jennings, que tem 10% a mais de aproveitamento em arremessos vindos do drible do que no CaS, bem incomum.

O Top 10 de pontuadores em arremessos de Pull Up tem um exemplo claro de como não existe estilo certo ou errado, tudo depende da qualidade. Os únicos não-armadores do Top 10 são Kevin Durant e Rudy Gay, os dois alas adoram driblar a bola por um tempão antes de disparar seu arremesso de média ou longa distância. A diferença? Gay acerta 40% de seus arremessos, Durant faz 44%, com vantagem de 45% a 41% nas bolas de 3 pontos para KD.

A pegadinha está no time listado ao lado do nome de Gay: estes números são de seus jogos pelo Toronto Raptors! Se considerarmos apenas os jogos pelo Kings, seu aproveitamento total sobe para 47% e os arremessos tentados por jogo em Pull Up caem quase pela metade! Ou seja, desde que foi trocado, seja por instrução técnica, acaso ou maturidade, Rudy Gay passou a deixar seu jogo mais Duranteado. Dribla menos, joga mais sem a bola e só arremessa depois do drible em situações onde tem clara chance de pontuar. Seu aproveitamento melhorou e o Kings se tornou um time decente (o que é diferente de bom). Que force a barra apenas quem tem o talento surreal de Kevin Durant.

….

Coloquei nestes posts alguns casos especiais que me chamaram a atenção, mas o alcance dos novos números vão muito além disso. Mais que a busca dos melhores e piores em cada categoria, dá pra achar muita coisa interessante. Imaginem que legal seria comparar os números de arremesso de Andre Iguodala, um dos líderes em aproveitamento de Catch and Shoot deste ano, em que joga ao lado de Steph Curry e Klay Thompson, com o ano passado, onde ele era um dos criadores de jogada em Denver. Será que ele arremessava igual? O quanto o time influencia nestas coisas? As comparações entre anos e situações diferentes é o próximo passo dos novos números.

Os novos números – Parte 1

Basta ver alguns programas de TV sobre futebol para descobrir que algumas pessoas não gostam de argumentos que envolvam muitas estatísticas. Estas, geralmente de alguma geração mais antiga, costumam dizer que os números podem dizer qualquer coisa quando torturados. Em outras palavras, não adianta tentar convencê-lo que um cara que ele não gosta está bem nos números, não vale nada.

Por um lado eles tem razão, a apresentação de algumas estatísticas podem ser manipuladas para ajudar um argumento. Se eu quiser vender o DeAndre Jordan para alguém, fico valorizando seu aproveitamento nos arremessos, mesmo que isso aconteça só porque ele nem sequer tenta arremessos mais difíceis que uma enterrada. A manipulação dos números pode acontecer porque estes dados são, no fim das contas, informação. E como podemos ver em muitos jornais diários de famílias tradicionais, informações são manipuláveis.

DeAndre Jordan

Saber disso já é meio caminho andado para não ser enganado, mas a

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resposta definitiva envolve, por mais contraditório que isso soe, conseguir mais informações. No caso citado dos jornais, vale a pena o olhar crítico e outras fontes, outras publicações. No nosso caso das estatísticas esportivas, o que pode nos iluminar são as estatísticas detalhadas, e são elas a base da revolução numérica que a NBA atravessa.

Os detalhes servem para deixar as estatísticas antigas apenas uma parte pequena do processo. Um jogador marca 20 pontos por jogo, tudo bem, mas como ele marca? Não basta mais uma porcentagem de acerto dos arremessos, queremos saber quantos arremessos ele tenta, o lugar da quadra, o tipo de jogada de onde se origina o lance, com que jogadores o cara compartilha a quadra nos momentos em que é mais eficiente na pontuação. Hoje em dia tudo conta e tudo é contabilizado. Pode parecer que informação demais atrapalha, mas é a busca é pela precisão em um jogo bastante complexo.

No começo desta temporada eu fiz um post contando que a NBA havia fechado um contrato para instalar as câmeras do SportVU em todos os ginásios da liga. Para quem não lembra, o SportVU é um programa que se originou de um sistema rastreador de mísseis do exército israelense, mas que hoje funciona lendo todos os movimentos dos jogadores da NBA. O SportVU tem nos oferecido estatísticas antes inimagináveis, que agora nos ajudam a entender como jogam e como funcionam diferentes times e jogadores. Este texto serve apenas para discutir alguns destes números. Para a discussão das novas tecnologias na NBA vocês podem ler alguns textos antigos sobre o próprio SportVU, sobre o espaço na NBA e sobre a revolução estatística do basquete.

Todos os números citados aqui podem ser vistos na página de estatísticas da NBA, o NBA.com/Stats, dentro da sessão Player Tracking, que concentra os dados do SportVU.

 

James Harden

Distância e velocidade

Começamos com um dos números mais difíceis de interpretar. O SportVU calcula a distância e a velocidade média de um jogador durante uma partida e sua média na temporada, mas já sabemos o que disso é bom e o que é ruim? É um número tão novo que não temos com o que comparar no passado! Por exemplo, Steph Curry, Klay Thompson, Michael Carter-Williams e Chandler Parsons lideram a NBA com média de 4.3 km corridos por partida, com vantagem para o novato do Sixers que o faz em menos minutos jogados. Mas isso é muito? É pouco? É necessário?

O que percebemos da lista é que seu topo tem somente dois tipos de jogadores. O primeiro é o dos armadores que gostam de concentrar o jogo, caras como Steph Curry, Michael Carter-Williams, Brandon Jennings e Monta Ellis. O segundo grupo tem os arremessadores, gente que precisa correr como doido para conseguir ficar livre, aí entram Klay Thompson, Chandler Parsons, Nicolas Batum, Kyle Korver e Luol Deng. A diferença entre os dois grupos se dá quando a lista é separada por velocidade. Entre os jogadores que jogam pelo menos 20 minutos por jogo, Danny Green é o com maior média de velocidade, 7.4 km/h de média, ele é o primeiro de uma lista de arremessadores que vivem de conseguir aquele pequeno espaço na quadra para chutar de longe. São jogadores que vivem se sprints.

Mas se isso tudo parece óbvio, fica interessante então descobrir as aberrações. De todos os jogadores que tem média de pelo menos 20 minutos por jogo (ou seja, que estão em quadra com alguma frequência e não entram só pra correr no garbage time), os que menos distância percorrem são Marc Gasol, David West, Carlos Boozer e… James Harden? Os três primeiros eu esperava, são jogadores de garrafão que adoram o pick-and-pop, o arremesso de meia distância e que não são muito atléticos. Mas Harden? Não é ele que adora levar a bola para o ataque e invadir o garrafão atrás de faltas e bandejas? Curioso que este número mostra como ele é objetivo no que faz, não fica rodando com a bola na mão, se mexe pouco sem ela e faz só os movimentos necessários. Na defesa, sempre é escondido marcando o jogador menos trabalhoso do adversário para não se cansar.

Para os times, que tem acesso a grandes programadores e dados mais completos do SportVU, seria interessante fazer um estudo que associasse distância percorrida por jogo, velocidade e produtividade. Quem corre muito cai de produção ao longo do jogo? É verdade que arremessadores que correm muito ficam com o arremesso curto no final da partida? Qual a relação entre idade e distância percorrida por minuto?

 

Marc Gasol Blake Griffin

Toques na bola

Lembro

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dos bons tempos de Detroit Pistons campeão, lá pelos idos de 2004, quando eu cogitava que Chauncey Billups era o jogador que mais tempo passava com a bola na mão na NBA. O time não tinha um segundo cara para cuidar da bola e boa parte da ação ofensiva (fraca) envolvia pessoas se movimentando sem a bola, esperando Billups tomar uma decisão. Nunca pude confirmar que ele era o líder mesmo, coisa que agora o SportVU pode nos proporcionar agora.

Nesta temporada o campeão é John Wall, que passa 8.1 minutos por jogo segurando a redonda na mão. Ele é o único a quebrar a marca dos 8, já que o segundo é Brandon Jennings com 7.5, seguido por Chris Paul, 7.4. Todos tem coisas em comum: são bons dribladores, gostam de pontuar e tem um arremessador como parceiro de armação: Beal, Caldwell-Pope e JJ Redick. Depois deles aparece Mike Conley, que tem como parceiro Tony Allen, que não é arremessador mas que tampouco é um driblador, é mais um que recebe a bola muito pouco no ataque.

Mas o SportVU não calcula apenas o tempo que um jogador fica com a bola, também conta o número de vezes que cada jogador toca na bola durante o jogo. Número interessante para ver quantas vezes um jogador é acionado, em que parte da quadra ele é usado e quantos pontos surgem de acordo com seus toques. Veremos como cada um desses números favorece um tipo diferente de jogador.

O número de pontos por toque nos apresenta uma lista de excelentes arremessadores como Klay Thompson (0.46 pontos por toque), JJ Redick (0.46) e Kevin Martin (0.40). Eles são a elite de um tipo de jogador que todo time quer: não fica exigindo a bola e são efetivos quando a recebem. Não me surpreende que um time com grande foco estatístico, o Memphis Grizzlies, tenha trocado Jerryd Bayless, que não aparece no Top 200, por Courtney Lee, que era o 49º melhor da liga em pontos por toque e que agora é o 10º se contarmos só seus jogos em Memphis. Eles tem Conley controlando a bola e queriam um cara eficiente sem ela.

O Memphis Grizzlies tem também o líder em outra estatística interessante e nova. Para surpresa de ninguém, Marc Gasol é líder disparado em “elbow touches”, os toques nos dois lados da cabeça do garrafão. São 17.4 toques por jogo, 5 a mais que o segundo colocado, Blake Griffin. Os únicos outros que chegam aos 10 por partida são Kevin Love, Pau Gasol e LaMarcus Aldridge. Mas vale lembrar que esta não é uma estatística definitiva, sabemos que cada

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um deles recebe a bola nesta posição para uma coisa diferente: Marc Gasol cria jogadas desta posição, Pau e Aldridge costumam arremessar, enquanto Griffin e Love preferem atacar a cesta (Love costuma arremessar mais de longe). Impressiona que Chris Bosh, o jogador com melhor aproveitamento da NBA desta posição, receba apenas 6.3 bolas por jogo na região, pouco mais que outro especialista, Dirk Nowitzki.

Esta é uma boa estatística para conferir se o seu time está conseguindo o que quer. Em geral sabemos quem é bom em qual posição, e o número de toques indica quantas vezes por jogo cada equipe coloca seus jogadores eu suas posições favoritas. Em “close touches”, que mostra os toques a até 3.5 metros da cesta, o líder é Nikola Pekovic, com 9.5 toques por jogo. Isso é um grande sinal de sucesso porque é lá que ele causa estragos. E se Blake Griffin tem feito uma grande temporada, é porque além dos toques na cabeça do garrafão que a gente viu, ele também tem recebido lá embaixo, com 6.6 por jogo, mesmo número de Roy Hibbert,melhor da liga. Andrew Bogut, por outro lado, só recebe 2.5 passes por jogo na região, explicando porque pontua tão pouco no Warriors.

O número mais impressionante de toda a categoria é de Kevin Durant. Ele tem apenas a 49ª maior marca de toques na bola por jogo, 65.7, e é o 4º maior em eficiência, com 0.45 pontos por toque. Ficamos felizes que ele é assustadoramente eficiente? Ou ficamos mal pelo fato dele pegar tão pouco na bola mesmo com Russell Westbrook machucado por boa parte da temporada? Será que não é a hora de deixar Kevin Durant comandar mais o show, mesmo que isso prejudique sua eficiência?

 

Steph Curry Chris Paul

Passes/Assistências

Aqui as coisas ficam interessantes. As estatísticas não são apenas úteis, mas também respondem a dúvidas que a gente sempre teve. Uma das coisas que mais incomodam nas estatísticas de assistência é que a bola precisa entrar na cesta para que a assistência seja contada, ou seja, quem dá o passe depende da competência de outro cara receber o crédito.

Mas não mais, agora temos o número de passes dados para arremessos, as assistências em potencial! Tá bom, não sabemos se o passe foi bom ou não, mas é um começo. E o líder de assistências por partida, com 11 de média, é também o líder em assistências possíveis, Chris Paul dá 25 passes (!!!) para arremessos por jogo. São 5 a mais que o segundo colocado, Ty Lawson, que tem 20. O armador do Clippers, portanto, dá 25 passes que resultam em 11 arremessos certos, Lawson 20 passes que resultam em 8 arremessos precisos. Ainda não sei o que é melhor. No aspecto de aproveitamento acho que poucos batem Steph Curry, que dá 17 passes para arremessos e 9 acabam na redinha.

Outro número legal é o de passes por jogo, e aí podemos ver uma diferença brutal em armadores de estilos diferentes como Chris Paul e Steph Curry. Paul é o da NBA em passes, com 73.3 por jogo (Kemba Walker é o líder), enquanto Curry dá apenas 58.9, é o 23º! Paul joga 3 minutos a menos por jogo, mas passa quase 15 a bolas a mais e dá apenas 2 assistências a mais que o rival. Se for para destacar uma grande vantagem destas novas estatísticas está em detalhes como esse, finalmente temos números que mostram como dois jogadores de números “clássicos” parecidos podem ter estilos completamente distintos. Os dois beiram os 20 pontos e as 10 assistências por jogo, mas cada um de um jeito.

O divertido desses números é que Chris Paul está no Top 3 em tudo o que você pode imaginar. Ele consegue ser o líder até em assistências secundárias, que é o que podemos chamar de assistência da assistência. Sabe quando o cara dá um passe lindo para o pivô, que logo depois entrega a bola para outro cara arremessar? Então, as assistências secundárias contabilizam esse primeiro passe, que deu a chance de alguém dar uma assistência. Com 2.1 por jogo, Chris Paul é o melhor da liga nisto também, seguido de Ricky Rubio, John Wall e Deron Williams. Em todo o Top 25 da categoria, apenas um pivô: Marc Gasol.

 

Brook Lopez2

Defesa

Na defesa a grande novidade oferecida pelo SportVU envolve a proteção da cesta. Marcando a posição dos jogadores na quadra, é possível contar quantos arremessos são tentados e feitos enquanto determinado atleta está defendendo a região em volta do aro.

Infelizmente é um tipo de estatística vale mais para pivôs do que para armadores, afinal são os pivôs que ficam mais perto da cesta, deixando os pequenos com amostragem pequena e em um local da quadra onde nem se pede que eles sejam especialistas. Mas podemos dizer que é, hoje, o número mais importante quando se vai medir a qualidade defensiva de um jogador de garrafão. Proteger a cesta, seja de outros pivôs ou de quem infiltra, é a principal função de um cara grande na liga hoje em dia, muito mais valorizada do que sua capacidade de pontuar.

O líder em aproveitamento do adversário no garrafão é o nanico Eric Bledsoe, armador do Phoenix Suns. Mas vejam como não é um armador aleatório, mas sim o baixinho responsável por defender caras mais altos no esquema de dois armadores do Suns. Enquanto Dragic fica com o armador adversário, Bledsoe fica com o mismatch contra o mais alto. Os outros jogadores se sentem tentados a levá-lo para o garrafão e lá Bledsoe tem segurado os adversários a 33% de aproveitamento! Alguns outros jogadores menores que aparecem na parte mais bem sucedida da lista são, em geral, jovens que os veteranos tentam (sem sucesso) explorar, como Victor Oladipo e nosso querido Giannis Antetokounmpo.

Mas mesmo os melhores dos menores não chegam a defender mais de 3 jogadas próximas a cesta por jogo, então o interessante é analisar os números dos pivôs que defendem pelo menos mais de 7 bolas próximas do aro. Entre estes, surpreendentemente o líder da NBA é o falecido Brook Lopez! Lembra quando ele era motivo de chacota por não defender? Ainda não pega rebote, mas segura (ou segurava até se machucar) os adversários a 40% de acerto na região da cesta, 1% melhor do que o cara considerado o rei da defesa do garrafão, Roy Hibbert. Abaixo dos 45%, os melhores defensores de garrafão da NBA são Lopez, Hibbert, John Henson, Joakim Noah, Serge Ibaka, Amir Johnson, Andrew Bogut e Robin Lopez.

O que mais me chamou a atenção nessa categoria foi ver quais os jogadores que mais enfrentam jogadas próximas a cesta. O líder e Spencer Hawes, último recurso da fraquíssima defesa do Philadelphia 76ers, seguido de Miles Plumlee, Robin Lopez e… Dwight Howard? Howard é conhecido pelos seus tocos, segura os adversários a 46% de aproveitamento próximo a cesta, é enorme e está jogando cada vez melhor no Houston Rockets. Por que diabos os adversários o atacam 9.6 vezes por jogo? E pouco abaixo de Howard estão Ibaka, Duncan e DeAndre Jordan. Será que aquela história de que um bom defensor intimida o ataque é mentira? Parece que sim. O aproveitamento cai, mas pelo jeito ninguém deixa de atacar a cesta só porque vê um bom bloqueador na sua frente, a NBA não peca por falta de confiança.

….

São muitos números e continuaremos em uma parte 2 analisando os novos números de rebotes, infiltrações e diferentes tipo de arremesso.

Montanha de dados

Há algumas semanas ficamos sabendo de uma das notícias mais legais desta offseason. A NBA anunciou que havia fechado um contrato com a STATS para que o serviço SportVU estivesse disponível em todos os 29 ginásios da liga, para todos os 30 times, e não somente entre as 15 equipes que tinham comprado, por conta própria, o produto. Para os que não se lembram, eu comentei do SportVU há algum tempo no post ‘O espaço na NBA’, onde falei sobre como análises em gráficos e vídeos, focados no espaço dentro da quadra de basquete, eram o próximo passo da revolução estatística que assola todos os esportes.

Em resumo, para os preguiçosos que não clicaram no link, um breve resumo sobre o que é o SportVU: é uma tecnologia que envolve uma série de câmeras espalhadas pelos ginásios que capturam simplesmente todos os movimentos realizados lá dentro. Todos os jogadores, bola e até árbitros tem seus movimentos capturados, armazenados e transformados em um banco gigantesco de dados. Tudo em tempo real! Dados de velocidade de um jogador, distância ou mapas de calor podem ser gerados instantaneamente e até usados em transmissões de televisão ou pelos técnicos no intervalo. A capacidade das câmeras e do programa é gigantesca, entre outras coisas que podem ser capturadas e medidas estão o ângulo dos passes, distância entre jogadores, a altura dos arremessos e, se duvidar, se alguém tem um cisco no olho. Adicione a isso novos filtros e tecnologias criadas pelos próprios times e temos um novo basquete.

sportvu2

Estou retomando o assunto porque quando escrevi aquele texto, apenas 15 equipes tinham comprado o sistema que, dizem, custam uns míseros 100 mil dólares por temporada. Soa caro, mas pense que isso é mais barato do que qualquer novato escolhido na segunda rodada e que nem pisa em quadra no fim das contas. E pense que vivemos num mundo onde o simpático e limitado Landry Fields custa 6 milhões por ano. Pois a NBA resolveu ir pra cima e ela mesma comprou o produto, que agora será instalada em todas as

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arenas da liga. Isso traz novas perspectivas, problemas e questionamentos sobre o uso de tecnologia no esporte.

Os clubes que compraram antes ficaram meio frustrados por terem gastado tanto dinheiro pouco tempo antes, outros esperavam essa atitude da NBA e até por isso tinham adiado a aquisição. Os times que já usavam o sistema tinham números com eternos asteriscos ao lado, os dados só eram computados nas arenas que tinham o serviço, ou seja, nos 41 jogos em casa e naqueles dos outros adversários que compraram o SportVU. Não só eram menos dados, mas haviam dados, jogos, ignorados. Isso ferra qualquer análise séria. Com o novo acordo, eles terão informações corretas e, logo, mais confiáveis. E os que compraram antes tem vantagem sobre o que esperaram, eles estão anos-luz a frente na difícil e desafiadora tarefa de descobrir o que raios fazer com tanta informação.

Na Sloan Sports Conference, o mais importante encontro de análise avançada no esporte, realizada em Fevereiro deste ano, em Boston, houve um painel que discutiu o uso de tecnologias (SportVU incluso) no futebol. Um dos convidados afirmou que é claro que existe a tradição do futebol e dos boleiros

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atrapalhando o avanço das tecnologias de análise no jogo, mas que mais desafiador do que isso é o fato de que no futebol quase não se tinha dados estatísticos até alguns anos atrás, agora se tem toneladas. O que vale? O que não vale? O que é útil para um time e o que é só curiosidade válida para fãs e imprensa? Algo serve para contratar melhor? O que pode ser usado para melhorar o time que já está fechado? São centenas de perguntas que só quem se arriscar antes irá aprender a responder.

No basquete, na NBA, é a mesma coisa. A tecnologia do SportVU oferece milhares de informações, mas a maioria delas não é útil e revolucionária logo de cara. Algumas não serão nunca. Cada equipe precisa ter o seu grupo de nerds programadores, coordenados por alguém com mente basquetebolística, para transformar os dados em algo concreto e relevante. Depois isso deve ser analisado, trabalhado e transformado de uma forma que possa ser utilizada na prática pelos técnicos. Como é de conhecimento geral, boa parte dos treinadores, especialmente os das antigas, não levam muito na boa quando um número contradiz algo que ele acredita. E levarão muito menos na boa se as descobertas dessa tecnologia forem apenas curiosidades interessantes, divertidas, mas que pouco podem os ajudar em ganhar jogos.

Na mesma Sloan Sports Conference, desta vez no painel sobre basquete, este assunto é levado para a discussão. O ex-técnico e atual comentarista/comediante Jeff Van Gundy admite que muitos técnicos ignoram dados estatísticos e, mais legal, chegam a inventar números só para convencer seus jogadores de alguma coisa! Já pensou que legal?! Claro que não dá pra inventar números simples que estão disponíveis em qualquer site, mas dá pro técnico do Josh Smith chegar nele com algum super dado complexo (e falso) que o convença de que o time sempre se fode quando ele insiste em driblar e arremessar. Se bem que nesse caso acho que muitos números reais mostrariam isso. De qualquer forma, o caminho das câmeras do SportVU até algo realmente mudando numa quadra de basquete pode ser longo e tortuoso.

A simples existência, portanto, da nova tecnologia e do fato dela ter sido comprada pela NBA não muda muita coisa logo de cara. Teremos que ver como cada franquia, técnico e a própria liga lidam com a avalanche de dados. Falando sobre este assunto, o economista Tyler Cowen, em entrevista ao TrueHoop, disse que ser técnico de basquete no futuro será como jogar Advanced Chess.

O Xadrez Avançado é uma espécie de nova modalidade do clássico e milenar jogo de tabuleiro, mais ao invés de ser disputado entre duas pessoas numa mesa, ele é um jogo em duplas. Um homem e sua CPU contra outro homem e sua CPU. Os computadores, modernosos e com a mais alta tecnologia de cálculo para xadrez, dão sugestões de jogadas, apontam possíveis estratégias do adversário e, mais importante, são armas anti-blunder, termo do xadrez para a boa e velha cagada. Já vimos o melhor enxadrista do mundo enfrentando uma máquina, já vimos máquinas em campeonatos de xadrez, mas o Advanced Chess parece ter encontrado a maneira mais interessante de usar as máquinas para elevar o nível do jogo. Claro que os puristas não vão gostar, vão dizer que é outro jogo, outro esporte, mas a verdade é que alguns críticos já falaram que os torneios desta nova categoria podem ser até de nível técnico e tático maior do que um evento comum. Incomodam os casos dos jogadores menos qualificados fazendo jogo duro para mestres do xadrez, mas ao mesmo tempo pode ser prazeroso ver um duelo entre dois gênios ficar ainda mais bem estudado e a prova de erros. Podemos dizer que o xadrez, com seu arquivo de séculos de jogos registrados, foi o pioneiro nas chamadas ‘advanced analytics‘?

Foquem aí na parte de “prazeroso para ver” que citei acima. A nova modalidade chegou ao ponto de transformar o xadrez um esporte (é um esporte?) mais divertido de se assistir! As telas que os jogadores usam para jogar são às vezes projetadas em telões para o público, que então podem assistir o processo de decisão do jogador, que vê as sugestões da máquina antes de tomar sua decisão pessoal. Sabendo que os esportes, embora nem tanto o xadrez, se tornaram negócios bilionários, a tecnologia também traz questões de como ela pode ser usada para transformar a chamada “experiência do fã” mais divertida e prazerosa. Voltaremos nisso mais tarde.

sportvu3

Por enquanto vamos ficar na questão dos técnicos. A associação feita pelo economista se deve ao fato dos técnicos agora trabalharem ao lado dos computadores. Como as CPUs dos enxadristas, os especialistas em estatísticas, o SportVU e outras ferramentas vão dar ao técnico uma gama enorme de dados, sugestões e análises. Mas ainda cabe a ele decidir o que fazer, assim como ainda cabe ao jogador de xadrez escolher o que ele faz com seu bendito bispo. Talvez a mudança como um todo demore a acontecer, ainda tem muito old school no negócio, mas a NBA parece um mundo um pouco mais aberto que o do futebol ou do beisebol em relação a novas tecnologias. Os últimos três títulos da liga estão nas mãos de franquias e técnicos modernos e abertos a novidades. Não que tenham sido campeões por causa disso (acho que ter Nowitzki ou LeBron no elenco pesou mais), mas certamente ajudou e no mundinho dos esportes é sempre bom associar alguma com vitórias, é o que vende.

Mas por mais abertos que esses técnicos sejam, eles tem mais o que fazer da vida. Precisam assistir jogos dos adversários, ministrar treinos, pensar em novas jogadas, lidar com o ego dos jogadores, motivá-los. Tudo isso além de comer, dormir e ligar para a esposa pedindo desculpas por ir jantar tarde. Em resumo, não imagino treinadores gastando horas e horas analisando dados brutos gerados por qualquer ferramenta tecnológica, por mais interessante que ela seja. Por isso acho que nesse futuro próximo anunciado pelas estatísticas e consagrado pelo SportVU, uma das figuras mais importantes nas franquias da NBA será o responsável pela comunicação entre os dois lados. Alguém que seja o homem de confiança que irá pegar o que o técnico quer descobrir e saber passar para os programadores e analistas, assim como será o que pegará os dados e transformará num relatório curto e claro para o head coach. Dean Oliver, autor do Basketball on Paper, um dos livros que mais inovou ao levar novas estatísticas ao basquete, trabalha no Denver Nuggets e já disse que nunca coloca um número sequer em seus relatórios. George Karl não precisava saber que Danilo Gallinari era 27% mais eficiente e que fazia 1.29 pontos por posse de bola em isolações do lado esquerdo da quadra. Ele só precisava saber como Gallo era mais eficiente e ponto. E depois saber dar um jeito daquilo se repetir mais vezes.

Um exemplo de sucesso em como usar a tecnologia do SportVU foi dado pelo Toronto Raptors na última temporada e divulgado com exclusividade para o Grantland. Veja só o resultado da obra. Parece pouco, mas na verdade é coisa do século 23:

Isso é uma bola de 3 de Jason Kidd na partida entre Knicks e Raptors na última temporada. As bolinhas azuis são os jogadores do Knicks, as brancas são os atletas do Raptors e essas bolinhas meio transparentes indica onde os jogadores do Raptors deveriam estar. Vocês tem noção do que é isso? Imagino que eu não seja o único a achar a coisa mais legal da galáxia.

O SportVU disponibilizou a parte visual que mostra a movimentação precisa de todos os jogadores. Os programadores do Raptors incrementaram ela com toneladas de dados e códigos complexos que eu não seria capaz de começar a explicar mesmo se tivesse eles na minha frente. Mas basicamente eles reúnem informações escolhidas pelo time (como defender um pick-and-roll, por exemplo) e somam com as características que eles deram aos adversários. Se alguém tem baixo aproveitamento de 3 pontos, os fantasminhas do Raptors podem se dar ao luxo de ficar longe, por exemplo. E o troço é tão avançado que até entende diferenças físicas. O fantasma do Kyle Lowry nunca marcaria o Amar’e Stoudemire porque o código entende a diferença de altura dos dois. A cereja do bolo? O sistema calcula o valor de cada arremesso. Em caso de um ataque perfeito do outro time, a máquina calcula qual é o melhor arremesso para se ceder. Um arremesso de meia distância do JR Smith ou Steve Novak na zona morta? Essa é fácil.

O Raptors chegou a essa tecnologia porque investe nisso e o faz há tempos. Foi um dos primeiros times a comprar o SportVU e tratou de construir algo único, novo e, principal, didático. O técnico pode participar na criação de diretrizes para o programa, indicando o que ele considera certo ou errado para os fantasmas. Já o sistema visual é o mais indicado para mostrar para qualquer jogador o que ele está fazendo certo ou errado. Ao invés de simplesmente ir e despejar dados que só o Shane Battier entende, é só mostrar e pedir pra ele copiar. Até o JaValle McGee é capaz.

Claro que não é tão simples e mágico, especialmente na defesa. O que os fantasmas mostram é que o ideal é que os cinco jogadores em quadra se movimentem ao mesmo tempo, guiados pela posição da bola e com perfeita sincronia e comunicação. A presença de todos os jogadores do lado da bola inibe qualquer jogada do adversário e é perfeita para minimizar e esconder defensores ruins. Fazer isso, além de treino, também pede ótimo preparo físico, dedicação e, como diria Tom Thiboadeau, DISCIPLINA! Os analistas do Raptors colocaram os fantasmas em outros times e basicamente só o Miami Heat conseguia fazer a defesa veloz e agressiva (e desgastante) que os fantasmas sugerem. Em parte porque são bem treinados, em parte porque é o único time capaz de colocar cinco caras insanamente atléticos na quadra ao mesmo tempo. Ou seja, outra coisa para se pensar na hora de contratar ou draftar alguém, certo?

Sportvu1

Acho que não preciso mais me estender nisso. Claramente as possibilidades do SportVU são infinitas, ainda mais com a NBA embarcando nessa, basta ver agora como cada time vai se virar e investir. Quer dizer, será que a gente vai ver? Essa abertura do Raptors foi uma raridade, basicamente a única exceção já que todos os times escondem como segredo de estado o que eles descobrem e até como eles usam estas tecnologias. O Houston Rockets de Daryl Morey nem sequer divulga quantas pessoas eles tem empregadas na área de estatísticas. Aliás eu acho que o Raptors só divulgou tudo isso para o Grantland porque o charme da coisa, os códigos, não são descritos em momento algum.

Os segredos são essenciais já que o esporte é, acima de tudo, uma competição. Mas ao mesmo tempo como ficam os torcedores atrás de tantos segredos? E os atletas, eles sabem como estão sendo julgados e analisados nos bastidores? Eles terão acesso aos dados coletados pela liga?

Vamos supor que um time descubra o valor secreto que Devin Ebanks esconde em algum lugar. O que a equipe quer é contratá-lo, antes de qualquer outro time, e pelo menor valor possível. Ebanks, por outro lado, quer saber como ele está sendo julgado para que seu agente o venda ao redor da liga pelo maior valor possível. E nós, torcedores, blogueiros, imprensa e afins queremos saber porque tem um diacho de um time contratando um cara como o Ebanks.

Isso me lembra um pouco a Fórmula 1. Certamente boa parte do que acontece no mundo mágico daqueles carros fabulosos fica longe do público. São milhares de descobertas tecnológicas, mudanças mínimas e decisivas nos carros, segredos reveladores da telemetria e a gente não vê nem um pingo. Não faz um puto de um sentido que o público fique longe de coisas decisivas, mas ao mesmo tempo as equipes perderiam sua força se seus segredos fossem revelados. A solução encontrada pela F1 foi, aos poucos, ir liberando algumas coisas. Hoje em dia, apesar de uma censura prévia, temos acesso ao rádio dos carros, por exemplo. Câmeras mostram a temperatura dos pneus e de pouco em pouco vemos coisas que antes as equipes escondiam dentro de cofres. Pouco, mas o bastante para a experiência do torcedor ser um pouco mais completa. Imagino que todos concordem que, em geral, mais informações, desde que sendo informações relevantes, deixam qualquer esporte mais interessante. Até assistir vela (!), como a última America’s Cup, foi bem legal devido a quantidade enorme de informações úteis que a transmissão oficial oferecia, desde a distância real dos barcos até a direção da correnteza. Vale citar aqui que, dizem, a Oracle investiu pesado em tecnologia avançada para realizar a virada sobre o barco da Nova Zelândia. Será que algum esporte vai escapar dos nerds?

Fiquei feliz quando a NBA fechou o contrato pelo SportVU justamente pensando nessa questão do uso das informações em transmissões, para informar o torcedor. Certamente existe o interesse em ajudar os times, em melhorar a qualidade do jogo, mas mais do que isso, a NBA quer lucros, quer um produto melhor e mais vendável, ela quer oferecer coisas aos fãs. Nos últimos anos a liga já investiu pesado em sua página de estatísticas e o resultado deve ter sido bom o bastante para que eles estejam indo mais longe no assunto.

Curiosamente este é o caminho oposto do que aconteceu no beisebol. Lá, começando pelo famoso Bill James, pessoas comuns passaram a estudar o esporte e a divulgar entre si os resultados. A MLB e seus times não levaram os Sabermetrics a sério e o espaço para eles existirem foram as revistas, livros e depois a internet. Quando os manda-chuvas chegaram nesses dados, aí já era tarde demais. O mundo online estava tomado por qualquer nova maneira de se enxergar arremessos e rebatidas. Com o basquete a coisa foi bem mais recente, e foi abraçada quase que imediatamente por quem manda na NBA. O citado Dean Oliver foi contratado pelo Seattle Supersonics apenas 2 anos após o lançamento de seu Basketball on Paper. John Hollinger, que apareceu junto de Oliver discutindo basquete no importante APBR Metrics, foi logo contratado pela ESPN e, anos atrás, pelo Memphis Grizzlies. Kevin Pelton, do Basketball Prospectus, é contratado do Indiana Pacers. Roland Beech, do idolatrado 82games.com, é funcionário registrado do Dallas Mavericks desde 2009 e um dos responsáveis por JJ Barea virar titular durante as finais de 2011.

Os sites que eles usavam para mostrar suas descobertas ainda existem, mas muitos deles hoje só oferecem dados limitados e não mais artigos completos e novas descobertas. Mesmo quando escrevem, escondem coisas. Os times pagam esses caras para descobrir inovações para eles, não para mostrar para o mundo, afinal. Este é o lado negativo da mente aberta da NBA. Os times levaram para dentro de suas paredes as mentes mais interessantes e estudiosas do jogo, deixando não só o público com menos acesso a essas informações como a eles mesmos. Oliver e Hollinger costumavam trocar ideias, hoje são rivais que não podem ficar dando dicas um para os outros. O desenvolvimento do basquete fica para trás em nome da competição. Compreensível, mas triste.

Este é outro motivo onde a NBA pode ajudar. Centralizando as informações ela pode ajudar a espalhá-las e assim desenvolver o estudo avançado e estatístico do basquete. Não sei se vão fazer isso, não sei se estão preocupados com isso, eles podem ter comprado só pra deixar as transmissões mais bonitinhas, como faz a Globo com o Brasileirão, quando o que recebemos é uma setinha comentada pelo Caio Ribeiro e a velocidade do chute do Walter Barriga. Vamos esperar, ver e torcer para o melhor.

BTPH_#20

Imagino que vocês estejam acompanhando nossos Podcasts semanais, certo? Lá estamos respondendo perguntas do Both Teams Played Hard toda santa semana. Mas decidimos não encerrar a versão escrita, a clássica. Até porque hoje foi oficializada a segunda aposentadoria do muso da seção, Rasheed Wallace. Both teams played hard, my man.

Falando em versão escrita, tenho um apelo a vocês, nobres leitores. O Formspring, que foi a casa do BTPH durante um bom tempo, faliu e vai ser fechado. Antes disso conseguimos baixar um backup de todas as nossas respostas. O porém é que elas vieram divididas em dezenas de arquivos HTML diferentes! A gente queria um jeito de juntar todas as respostas em um lugar só e assim deixar disponibilizado para todo mundo ver, pesquisar e relembrar. Que ideias vocês podem nos oferecer para resolver isso? Alguém se disponibiliza a passar 1000 dias brincando de Ctrl+C-Ctrl+V e juntar tudo num arquivo só? Aguardo ideias.

 

Rasheed Wallace

….

Décio Luiz Gazzoni Filho
Por que/como vocês escrevem tão bem?
resposta_iconDenis: Acho que escrevemos bem, o “tão” é por sua conta. Escrever é como arremessar uma bola de basquete, quanto mais você faz, melhor fica. Tem muito de mecânico e de prática na escrita, nem tudo é arte e inspiração. Os que tem a arte, a inspiração e além disso a rotina de treinamentos vira um Ray Allen da vida. Ou o David Foster Wallace. Para ser um Dostoiévski, além da prática e do talento, alguns dizem, você precisa ser epiléptico.

E tem mais, nós lemos bastante, logo temos contato com coisas boas e aprendemos o possível com eles. E não estou falando só de clássicos da literatura. Escrever bem pode acontecer em qualquer lugar, desde um manual de instruções até matérias jornalísticas. Aliás, deveriam valorizar mais quem escreve um bom manuais e guias. Quem aqui já não penou ao tentar instalar ou arrumar alguma coisa tentando seguir um tutorial online mal escrito?

Outro grande segredo para escrever minimamente bem: releia o que você escreveu. Com um mínimo de consciência e percepção dá pra sacar se aquilo faz sentido ou não. Usem a dica na redação do ENEM e coloquem uma boa receita com bacon ao invés de um nojento miojo.

 

Rodrigo Fernandes
Pq diabos a ncaa que é um torneio “vestibular” pra nba, nao utiliza as mesmas regras da nba?
Particularmente acho muito chato 48 segundos de posse de bola.
sabem se ha algum motivo pra nao implementarem as mesmas regras da nba, ou simplesmente é um foda-se a nba, nosso campeonato, nossas regras?
resposta_iconDenis: São pouquíssimos os jogadores que saem da NCAA e vão para a NBA. 60 por ano no Draft, sendo que muitos da segunda rodada não chegam a jogar e outros tantos chegam da Europa. A NCAA, portanto, não se preocupa com a preparação para a NBA, eles só querem fazer o campeonato do jeito deles. Se acontecer uma mudança, será por interesse deles, não para facilitar a transição.

 

Anonimo
Tenho um sonho de ser seguido por vocês no TT, como faz?
resposta_iconDenis: O Twitter pode ser muito divertido e um saco, dependendo de quem você segue. Então não sigo pessoas por seguir ou pra fazer média, já passei da fase de seguir outros sites meia boca de basquete só pra fazer contato. O problema disso é que quanto menos pessoas você segue, menos tem chance de conhecer contas novas que podem vir a ser boas. Mas passe aí seu Twitter e vemos no que dá. Depois disso passe a ter sonhos mais relevantes, por favor.

 

Thiago
E aí galera gostaria de saber como andam as coisas financeiramente para o blog? Melhoraram depois das mudanças?
resposta_iconDenis: A criação do Fórum não ajudou em nada. As pessoas não abraçaram ele como a gente imaginava e as visitas extras de lá não rendem mais que uma passagem de ônibus de renda dos banners. Mas as camisetas em compensação venderam bem e estão dando uma graninha legal. Nada que faça com que que a gente possa largar nossos empregos (até porque dividimos tudo que vendemos em 3: eu, Danilo e o Felipe, que desenha as camisetas), mas dois meses de camisetas nos pagaram mais que os outros 5 anos de blog.

 

Danilo, outro
Tem uma matéria no Hangtime que pra mim foi novidade: contestar arremessos é mais efetivo que pegar rebote defensivo (pra resumir toscamente, o artigo é muito mais que isso). Eu sempre achei que rebote é o ponto fundamental de uma defesa, e por extensão, de um time. Mas se eu interpretei corretamente, esse artigo destrói essa concepção que eu tinha. O que vocês acham?
resposta_iconDenis: Bem legal esse texto e toda a análise do que é mais importante na defesa. Claro que no fundo tudo é importante, ninguém vai simplesmente deixar os rebotes defensivos de lado, mas é bom deixar mostrar o que está mais ligado aos bons índices de defesa. Embora o Boston Celtics tenha sido

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o exemplo principal do texto para um time ruim nos rebotes e bom na defesa, o grande exemplo dessa temporada é o Miami Heat. Sem pivôs, eles penam nos rebotes, mas têm um time tão entrosado e atlético que são monstruosos contestando os arremessos adversários.

Para entender melhor isso é só você pensar no que acontece mais vezes. Mesmo os piores times em rebotes defensivos só deixam o adversário ganhar posses de bola extras algumas vezes. O Heat, por exemplo, cede 12 rebotes de ataque por partida. Mas em compensação está lá contestando ferozmente boa parte dos 80,8 arremessos tentados que seus adversários tentam a cada jogo, forçando os adversários a acertarem só 44% de seus chutes.

O New Orleans Hornets, por outro lado, aparece em na lista dos times que menos liberam rebotes de ataque. Quantos eles deixam? 10.3. Sim, a diferença entre o Hornets, 3º, e o Heat, 21º, é de apenas 2 rebotes ofensivos por partida. Em compensação, o Hornets deixa seus adversários acertarem 47% de seus arremessos (37% dos 3 pontos) contra os já citados 44% do Miami (com 35% nos 3 pontos). E o que faz mais diferença, as duas posses de bola a mais que o Heat libera os esses 3% de aproveitamento de arremesso ao longo de um jogo inteiro com quase 90 bolas arremessadas?

 

Rafael Melles
Fala Denis, beleza? Seguinte:
O Phoenix Suns, depois da saída do Steve Nash, é um time medíocre. Dragic se salva, mas Gortat não é tão bom assim, Jermaine O’Neal é velho demais, Scola idem, Jared Dudley, Shannon Brown e PJ Tucker nem se fala. O técnico simplesmente não consegue fazer o time jogar, Haddadi não é jogador de basquete (apesar do toco que ele deu no Dwight Howard) e o Kendall Marshall é muito cru. Não souberam gastar bem o espaço salarial que o Nash deixou e o ex-armador de North Carolina, apesar de eu achar que tem futuro, por enquanto é uma decepção. O time tem uma das piores campanhas da liga e nos últimos jogos ta tomando paulada até do Wolves. Queria saber o que vocês acham, deveriam trocar alguns jogadores, demitir o técnico, draftar bem, entregar mais uma temporada pra reconstruir o time em volta de jogadores jovens como o Marshall, os Morris e mais as escolhas de draft? Ou esse time não tem jeito e tem que reconstruir TUDO mesmo? Sou torcedor fanático do Suns desde os tempos de Nash e Stoudemire, mas estou muito decepcionado. A situação é muito desesperadora? Meu time vai feder pra sempre? Todos os dias, chego na escola e meus amigos me zoam porque o Phoenix perdeu mais uma por 40 pontos de diferença. ME AJUDEM!!!
resposta_iconDenis: Não é você que precisa de ajuda, é o Phoenix Suns. Difícil começar a torcer para um time na sua época gloriosa e depois sofrer na dura reconstrução. O que você precisa entender é que o padrão da NBA é um time feder por um bom tempo antes de voltar a brigar por algo grande. Se esse tempo vai ser enorme (como o do Kings, em reconstrução desde 2004-05) depende do que o time vai fazer. Acho que começaram bem apostando no Goran Dragic e não podemos negar que Luis Scola, Jared Dudley e Marcin Gortat são, na pior das hipóteses, interessantes peças de troca. Não está tudo perdido.

 

jogador de waterpolo
Aproveitando que o Dênis falou sobre Malhação no último podcast,o que você achou da volta do glorioso Mocotó ? Te decepcionou ? Será que cabe a volta de outro personagem lendário,como Cabeção? Valeu!
resposta_iconDenis: O Mocotó voltou, mas durou muito pouco tempo. Mesmo achando ele um personagem meio chato e forçado, dava pra ter insistido mais. Mas pelo jeito isso virou marca dessa nova Malhação, eles não têm paciência pra nada. Tirar o Dinho, protagonista, no meio da história foi muito precipitado. E pior, no lugar dele colocaram um moleque mais velho,um ~motoqueiro misterioso~ envolvido com grandes quadrilhas de drogas de outras cidades. Quebraram toda uma temporada que estava sendo marcada por personagens que não eram heróis e nem vilões, mas contraditórios e confusos como reais adolescentes, para encaixar de repente uma historia fantasiosa e inverossímil. O retorno de personagens velhos pode ser um artifício legal, mas o que pesa no fim das contas é o quanto isto está de acordo com a proposta e com a cara da temporada.

 

Vïtor Augusto
Tenho 15 anos, 1.59m, baixinho, jogo de armador. Não faço muitos pontos, mais ou menos uns 6 ou 7 por jogo,sempre prefiro passar antes de chutar. Chuto bem de três e de meia distância, meto umas duas bolas todo jogo (quase nunca chuto também). Moro no Espírito Santo, meu time foi vice campeão estadual (sou titular e capitão do time), mas nunca sou convocado pras seleçoes do estado. E aí?
resposta_iconDanilo: Armador baixinho sofre demais. Vejo muito por aí, especialmente na base, essa ideia de que armador baixinho se encontra em qualquer lugar, que não vale a pena correr atrás, e que quem tem altura pode ser transformado em jogador de basquete mesmo quando não tem talento. Cansei de ir em peneiras de basquete em que os escolhidos são os mais altos, não os mais inteligentes e talentosos. Para ir parar nas seleções do estado e se destacar mesmo sendo bem mais baixinho do que o resto, é preciso mostrar algo espetacular. Vale o exemplo do Earl Boykins, que era simplesmente uma máquina inacreditável de pontuar mas que por não ser alto o bastante nunca recebeu a admiração devida e eventualmente passou a ser ignorado pela NBA. Se eu pudesse te dar um conselho, seria se focar na defesa. Você parece fazer o resto direitinho, mas se começar a se destacar como o cara que corre como um doido para marcar o adversário com total intensidade talvez deixe uma impressão mais duradoura do que se acertasse os passes e os arremessos, por mais maluco que isso pareça.

 

Taís Aguiar
O que o Mike Woodson passa na cabeça para sua careca brilhar tanto?
resposta_iconDanilo: É um suor muito específico que só surge se você tenta ensinar defesa para o Amar’e Stoudemire.

 

C#
Denis, me ajuda. Tipo, ultimamente eu venho conversando com uma menina da minha cidade, só que pela internet, vi ela cara a cara umas duas vezes só. Pelo que eu saiba ela ta afim, e queria sair cmg, mas só nós dois. O meu medo é ir e não ter assunto, ficar chato e ela não curtir… Dá uma luz, por favor
resposta_iconDenis: Leva ela no cinema. Lá dentro vocês não precisam conversar e dá pra dar uns amassos firmeza.

 

Nicolas Miau
Porque as pessoas valorizam tanto o basquete antigo e criticam tanto o atual? Para eu, NBA foi sempre bom, só acompanho à 4 anos, não sei como era antigamente…
resposta_iconDenis: Então você não sabia como era antigamente mas mesmo assim acha que sempre foi bom? Sua afirmação não faz sentido, Dr. Miau.

 

Dimitri
Caras, o que vocês acham da TelexFree? Eu estou cada vez mais cercado de “divulgadores” desse troço que tentam a todo momento me convencer que há trabalho fácil com alto rendimento. O que vocês pensam a respeito desse tipo de negócio, como Herbalife e outros?
resposta_iconDenis: É possível ganhar dinheiros com esses sistemas/esquemas do tipo TelexFree e Herbalife, mas em grande parte das vezes isso se faz nas costas de outras pessoas. Não sei exatamente como é a Herbalife, mas li que o TelexFree exige que você pague 50 dólares como “taxa de adesão” e depois deve comprar um dos kits de anúncio, que custam no mínimo 289 doletas. Exigir que você pague para trabalhar, pelo o pouco que sei, é uma prática ilegal. Mas muito do problema também está no produto: funciona? Faz sentido pelo preço cobrado? Sei que há algum tempo a Herbalife saiu do mundo do pó-mágico-que-emagrece para vender chás e até produtos de beleza, ganhando uma áurea mais respeitada, pelo menos por enquanto. Já essa TelexFree está sendo acusada de esquema pirâmide e pode ferrar muita gente. Há algumas semanas li esse texto bem didático sobre o assunto, vale a pena conferir para entender como, no fim das contas, se ganha mais dinheiro em cima de outros vendedores do que vendendo o próprio produto.

 

Marcos_Galo13
Depois do All-Star Game eu mal assisti NBA, ai pensei se vcs pudessem sugerir no podcast um TOP 5 jogos da semana, pra galera que tem LP e anima assistir reprise… Olha ai e vê… Nem são os melhores mesmo, mas os que valem a pena por algum motivo… Um ataque fluindo bem, uma defesa bem montada… Pode ser uma sugestão pela emoção, pela qualidade geral da parada (tipo um Heat x OKC) ou algumas coisas que fizeram do jogo interessante pra nos, nerds de NBA… Talvez esteja meio vago, mas eu não pensei muito sobre o assunto e estou morrendo de sono…
resposta_iconDenis: Alguém apoia a ideia? Outros League Pass Junkies como nós quer nos ajudar nas recomendações? Como estou respondendo isso no último dia da temporada, será para o ano que vem, mas pode ser uma boa.

 

José Jão
Denis, faz uma lista sobre os melhores… rá! Agora sério: o que você acha das críticas que são feitas ao Neymar pela simulações? Há um jornalista global, Márvio dos Anjos, que o defende, fundamento que o “jeitinho” faz parte da graça do espetáculo. Você concorda? (aproveita e comenta oq vc acha punição da NBA para os jogadores que usam desse tipo de artifício)
resposta_iconDenis: Eu compreendo os exageros, mas não perdoo as simulações. Tem cotoveladas que rolam dentro de um garrafão que são faltas, mas que se você não cair o juiz não vê. Mas inventar que alguém te agrediu é demais. O esporte é legal porque são dois competidores, ou equipes de competidores, tentando alcançar um objetivo em comum, a vitória, por meio de algumas regras pré-determinadas. Nos divertimos (jogando e assistindo) porque sabemos das limitações e desafios destas regras ao mesmo tempo que sabemos que só um sairá vencedor. A partir do momento que alguém deliberadamente quebra as regras para ganhar vantagem, todo o princípio do esporte é quebrado. Por que vencer a qualquer custo, quebrando regras, algo que só existe e é importante por causa dessas regras? Na vida em sociedade acho que algumas leis podem e devem ser quebradas se existir uma razão social para isso, mas a razão do esporte está nas suas regras e nos desafios que elas impõe.

 

Tomas T.
Por que exaltasamba é pagode e zeca pagodinho é samba?
resposta_iconDenis: Como já diria o sábio: RESPONDAM ESSA, ATEUS!

 

Marcola
O que o senhores pensam do Corey Brewer? O cara joga um bocado! Bate pra dentro, chuta de fora, alto pra caralho, ok na defesa…
Tem qualidade pra ser titular em alguns times, não?? No Lakers, por exemplo, na 3, pra ficar na zona morta abrindo a quadra ou cortando pra cesta pra receber passes do Nash… E sempre esteve encostando, tanto que foi de graça pro Denver com o Rudy… E Josh Smith no Bucks?? Acha possível?? Jennings, Ellis, J-Smoove, Ilyasova e Sanders seria um puta time!!
resposta_iconDenis: Eu gosto muito do Corey Brewer, mas ainda não sinto tanta firmeza em seus arremessos de 3 pontos para confiar tanto nele desse jeito que você disse. Olhe o aproveitamento dele na temporada, não é nada de especial. Mas mesmo assim ele consegue ser efetivo, é ótimo defensor, perfeito para times que jogam em velocidade. Já o Josh Smith no Bucks realmente seria legal, mas entre ele, Ellis e Jennings, os três Free Agents na próxima temporada, algum (ou todos) teriam que topar cortes significativos de salário.

 

VINICIUS SC
Fala Denis/Danilo, vocês ainda não responderam nenhuma pergunta sobre o NBA 2K no podcast, então vão duas:
-Vocês também se empolgam mais em defender do que atacar no jogo? Tipo, eu não me importo se meu ataque está mais truncado que o do Pacers, contanto que minha defesa esteja fechadinha.
-Existe um jogador que, devido a sua mecânica de arremesso, vocês não conseguem converter arremessos? Estou numa The Association com o Spurs e não tem jeito de eu pegar o tempo de arremesso do Ginobli, mesmo treinando.
resposta_iconDenis: Defender no 2k13 ficou bem mais legal que nos anteriores, mas nada me empolga mais do que atacar usando aquelas jogadas desenhadas, acho o máximo. No 2k13 eu não sofri com ninguém em especial para arremessar, mas no 2k12 eu sofri um bocado com o Nowitzki.

 

Z-Bo
Pra vcs, quem deve ser o MIP (Most Improved Player) e o DPOY(Defensive Player Of the Year)
resposta_iconDenis: NMI (Não Me Importo) e TTF (Tanto Faz)

 

Anônimo
tenho duvidas sobre a regra do travelling. isso nao foi uma andada?
resposta_iconDenis: O vídeo já chegou pra nós sem estar mais no ar. Tem como você, Anônimo, encontrá-lo de novo? Acho que a regra de andada merece uma discussão.

 

Thiago do Nação Bola
Como é o cronograma diário de um atleta da NBA? Eu digo isso porque os caras apesar de ganharem milhões de dólares por ano, estão constantemente viajando. Quanto tempo de treino por dia. Como se dá as liberações e reapresentações ? A família pode viajara junto com o grupo? Dá pra ficar um dia inteiro de folga? Depois de tudo isso, se puder faça um comparativo com o NBB baseado na sua experiência no PAULISTANO. E uma terceira perguntar. Daqui a quantos anos você prevê um técnico brasileiro na NBA e um campeão da NBA aqui no NBB?
resposta_iconDenis: Não posso dar detalhes do cronograma diário de um jogador da NBA, não sei ao certo. Mas é bem diferente dos jogadores do resto do mundo simplesmente pelo fato de jogarem muito e viajarem mais ainda. O padrão é, para dias de jogo, fazer um treino leve durante a manhã, dormir à tarde e depois chegar no ginásio pelo menos umas 2h antes do começo do jogo para preparação, conversa no vestiário e aquecimento.

Em jogos fora de casa tudo depende do tempo livre. Que horas chegaram na cidade? Que horas é o jogo? Qual o estado físico dos atletas? Mas em geral a ideia é a mesma, tentar fazer pelo menos um treino leve e análise de vídeo do adversário antes do jogo. Em dias sem jogos as coisas ficam nas mãos dos técnicos e preparadores físicos, que decidem se o time tem condição de treinar ou se precisa descansar. Uma coisa curiosa é o horário de sono dos jogadores da NBA. A liga tem como padrão nunca ligar para um jogador de tarde, por exemplo, porque é o horário que eles usam para dormir. Muitos não dormem bastante à noite seja por causa do horário do jogo, pela adrenalina ainda presente ou até porque perderam o costume de dormir cedo. Então o sono da tarde, especialmente em dias de jogo, são sagrados.

Aqui no Brasil falo sobre o Paulistano, que é o que conheço. O padrão aqui é realizar dois treinos por dia, um de manhã e um no fim da tarde, com pelo menos uma hora de academia antes do primeiro treino. Ao longo da temporada a intensidade e duração dos treinos pode variar de acordo com a avaliação física dos atletas. Na temporada passada, por exemplo, alguns jogadores pareciam cansados demais ao fim da temporada, então para esse ano foi decidido ter mais dias de folga e mais dias com pelo menos um treino. Tem dado certo e a condição física da equipe está boa.

 

Felipe
Senhores, gostaria que vocês, como grande conhecedores das regras de basquete, comentassem os lances que ocorreram no jogo entre Nuggets e Bulls em Chicago. Não sei como é a regra da NBA para interferência ofensiva, mas achei que os dois lances as cestas deveriam ser anuladas.

resposta_iconDenis: A interferência ofensiva segue a regra do círculo imaginário que sobe acima do aro. Se a bola estiver acima da cesta dentro dessa área, nenhum jogador pode tocá-la. Mas nesse caso do Noah eu não sei, foi uma jogada bem complicada e mesmo no replay ainda tenho dúvidas. Só seria legal se tivessem validado a cesta porque aí o Bulls teria sido o responsável por encerrar as sequências de vitória do Heat, do Knicks e também do Nuggets.

 

joao buriti
o gustavo hoffman(axo q e assim q escreve) sempre cita o bola presa qdofala de basquete na espn,vcs conhecem o cara?? conversam sobre nba com ele?
resposta_iconDenis: O Gustavo Hoffman lê o Bola Presa e falei com ele uma vez em busca de conselhos profissionais no submundo do jornalismo. Conversamos mais algumas vezes e depois de um tempo ele me convidou para umas peladas de basquete, agora nos encontramos sempre para bater uma bola. E ele joga muito!

 

Valdo
E aquelas histórias de patrocinadores nos uniformes da NBA? Nunca mais ouvi falar nada disso, será que desistiram desse crime?
resposta_iconDenis: Crime? Ser feio não é crime.

 

Thiago
Airball conta como turnover? O que são os Team Rebounds que fica lá nas estatísticas? São rebotes não identificados?
resposta_iconDenis: Airball conta como arremesso errado, não como turnover. Os Team Rebounds são uma formalidade do basquete, já que no livro sagrado das estatísticas de basquete diz que todo arremesso errado deve gerar um rebote. Arremessos que batem no aro e vão pra fora, que não são assegurados claramente por um jogador ou que resultam em falta antes de um rebote individual, são creditados como Team Rebounds.

 

Thiago
O que esse time de Houston 2008 tinha de especial pra conseguir 22 vitórias seguidas?
resposta_iconDanilo: Nada! Não é legal?
Denis: Não é piada do Danilo. Não tinha nada de especial mesmo! T-Mac já em decadência, Yao Ming se machucou no meio da sequência, Dikembe Mutombo era bisavô, Bonzi Wells era Bonzi Wells. Um time de meio de tabela que encontrou uma sequência mágica no miolo da temporada.

 

Golgaris
Tudo Boni? Depois de acabar a escola eu acabei perdendo contato com meus amigos, ajudou o fato deles curtirem pagode e eu não, e hoje eu trabalho e faço faculdade a distancia, mesmo com 17 anos, como faço para me socializar mais já que normalmente falo apenas com minha familia e o pessoal do escritório (2 pessoas). Essa falta de interação social pode ser prejudicial?
resposta_iconDenis: Antes de mais nada, espero que essa coisa do pagode seja mais do que isso. Tipo, eles só saem para ir no pagode e você não gosta do ambiente ou uma mera discordância de gosto pode ser assim tão grave? A falta de interação social pode ser boa em alguns momentos da sua vida e pode ser desastrosa em outros. Mas depende do momento e, mais ainda, da sua personalidade. Tem gente que não consegue passar um fim de semana sem sair com muitos amigos, para outros é um fardo não ter tempo só para si. Como você está se sentindo com tudo isso? Está fazendo falta de verdade? Se sim, não tem segredo, você precisa se expôr mais. Sair, buscar antigas amizades que perderam força, encontrar ambientes com pessoas que gostem o mesmo que você ou até apelar para conhecer pessoas na internet.

 

Steve Blake
Denis, você que trabalha num time do NBB, não achas que as franquias deveriam focar mais na formação e meio que parar de trazer esses americanos que não conseguem arrumar time nem na D-League? Eu particularmente acho que isso atrasa nosso basquete.
resposta_iconDenis: Na teoria isso é bonito e faz sentido, mas quando seu time está nas últimas posições do campeonato e você não acha um armador decente sequer no mercado, você faz o que? Aposta num pirralho que, talvez, daqui a 5 anos vire alguma coisa ou contrata um americano bom? Lembrando que você nem sabe se vai ter patrocínio no ano que vem, vai saber daqui 5 anos…

 

Guilherme
Um dos motivos do basquete ter se tornado o meu esporte favorito é devido as estatísticas. Aliás, cada vez menos eu acompanho futebol exatamente por isso. Quase não existem estatísticas; avançadas, então, nunca achei nada.
Essa minha obsessão por estatísticas me fez pensar na seguinte questão: qual é a forma do gráfico de acessos do blog desde o seu início? Existe o componente sazonalidade? Qual é, então, a época de mais acessos no ano? Em que ponto da curva está, no ponto mais alto ou não? A taxa de crescimento atual é a mais alta comparada à outros anos?
resposta_iconDenis: A média de visitas por dia cresce todos os anos desde que começamos com o blog. No começo o crescimento era vertiginoso, agora mais sutil. Durante a offseason a média de visitas cai, mas sempre dispara no começo da temporada seguinte. Os momentos de mais visitas são o começo da temporada e o começo dos Playoffs.

 

Guilherme
me expliquem uma coisa por favor… por que Gasol-Bynum funcionava e Gasol -D12 nao? e se pensar que o Nash sozinho quase levou o Suns pro playoffs, esse time do Lakers ainda deve subir! torcendo muito pra Lakers e Clippers nos playoffs!
resposta_iconDenis: Entrosamento. Andrew Bynum é um pivô muito inteligente e sabia perfeitamente onde se posicionar. O Dwight Howard é mais lerdo da cabeça e demorou para se encontrar, mas nas últimas semanas os dois estão em uma sintonia espetacular. Também ajudava, no passado, que Gasol estava melhor fisicamente e conseguia ser mais efetivo longe da cesta.

Os números dos emergentes

Já passamos da metade da temporada e dificilmente algumas estatísticas dos times irá mudar drasticamente até o fim do ano. Acho que é uma boa hora para destacar alguns números interessantes e curiosos de alguns times que têm chamado a atenção.

 

New York Knicks

A temporada passada do Knicks foi uma das mais doidas dos últimos anos, assim como o Los Angeles Lakers agora, parecia que tinha um assunto novo por dia, uma novela diferente por semana. Neste ano, sem muitas lesões e com o técnico Mike Woodson estabilizado, o time melhorou bastante e atualmente é 3º colocado no Leste.

Achei aqui alguns números que mostram onde o Knicks 2012-13 melhorou em relação a sua versão 2011-12.

– Com 11,7 turnovers por jogo, o Knicks é o time que menos desperdiça a bola na NBA. São incríveis 4,1 erros a menos do que no ano passado! O segundo time que mais melhorou foi o Raptors, que comete 1,8 erro a menos que no ano do locaute.

– Na temporada passada o Knicks chutou 1.538 bolas

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de 3 pontos, média de 23 por jogo. Curiosamente neste ano eles tentaram… exatamente 1.538 arremessos também. Só que ao invés de fazer isso em 66 jogos, já alcançaram a marca em 53 partidas disputadas. Com 29 arremessos de longe por jogo, lideram a categoria na NBA.

– Mas se o Knicks chuta 6 bolas a mais de 3 por jogo do que no ano passado, também acerta 3 a mais. A média está mais que boa. Com 37,4%, estão em 6º em aproveitamento de bolas de 3.

– Por fim, menos pode ser mais: as médias de rebotes, roubos e tocos do Knicks caiu em relação ao ano passado. O que não impede o fato do time ter pulado da 17ª melhor marca em defesa da NBA para a 5ª colocação.

 

Houston Rockets

Só um time se aproxima do Knicks em tentativas de arremessos de 3 pontos, é o Houston Rockets, com 28 por jogo. É outro que mudou muito em relação ao ano passado e os números provam isso.

– O Rockets aumentou em 8.5 a média de bolas de 3 tentadas por jogo! Pensa bem, são quase 9 arremessos de 3 tentados a mais por partida, é surreal. Certamente isso tem alguma coisa a ver com a média de pontos por jogo, que aumentou em 8.3, maior melhora de toda a NBA.

– Boa parte desse aumento pode receber o nome de Efeito Harden. Outro número resultante da aquisição do barbudo mais estiloso da NBA está no número de lances-livres tentados por jogo: o Rockets é o 5º time que mais tenta lance-livre por jogo, e é o que mais teve aumento de tentativas em relação ao ano passado, 5.1 a mais.

– O Rockets lidera muitas coisas para um time que é só o 8º do Oeste. Atualmente eles são o time que mais aumentaram os turnovers em relação ao ano passado (2 a mais) e assim lideram a liga em desperdícios de bola na temporada, 16,3 por jogo.

– O poder de um bom scout: dos 5 jogadores que mais aumentaram suas médias de pontos em relação a temporada passada, 3 são do Houston Rockets. O primeiro é James Harden (+9.7), seguido de Omer Asik (+7.2) e em quinto está Marcus Morris (+6.3). Morris, porém, acabou de ser trocado para o Phoenix Suns.

– Omer Asik é o segundo entre os que mais aumentaram sua média de rebotes (+6.2), só perde para o fenômeno Nikola Vucevic, o Dwight Howard dos Balcãs, que pega 6.8 rebotes a mais que no ano passado.

 

Golden State Warriors

– Ainda na onda de comparar com a temporada passada, que tal a melhora de 5.7 rebotes por jogo do Warriors? E isso com Andrew Bogut jogando uma vez a cada 6 meses. O Warriors é 3º na NBA em rebotes por jogo.

– O Warriors definitivamente está na conferência errada. Contra times do Oeste eles tem 18 vitórias em 36 jogos, 50% de aproveitamento. Contra o pobre Leste, o Warriors domina com 15 vitórias em 21 jogos.

– Da série “Números que beiram o aleatório”: o Golden State Warriors tem 23 vitórias e apenas 9 derrotas quando acertam pelo menos 80% de seus lances-livres

– O Golden State Warriors acerta 7,8 bolas de 3 pontos por jogo, enquanto sofre 7,9. A diferença é que o time treinado por Mark Jackson arremessa 4 bolas a menos (19 a 23) para conseguir o mesmo resultado. Com 39,4% de acerto, o Warriors lidera a NBA em aproveitamento de 3 pontos. Ajuda ter Stephen Curry (44% de acerto) no time.

 

Indiana Pacers

Pegadinha das estatísticas. O Pacers venceu 6 dos seus últimos 7 jogos, em todos o time teve mais assistências que o adversário. Isso reflete a incrível marca de 22 vitórias e 6 derrotas que o time tem quando consegue mais de 21 assistências. Mas qual o significado disso? O time acerta mais arremessos quando toca mais a bola ou sempre toca a bola e vence nos dias que os chutes caem, assim contando a assistência?

– De qualquer forma, o aproveitamento de arremessos do Indiana Pacers não é grande coisa faz tempo. Fora de casa eles acertam só 42% de seus arremessos, 30% nas bolas de 3 pontos. Em casa são 44% de acerto nos chutes em geral e 40% (!) de longa distância. São 98.6 pontos por jogo em casa e ridículos (a não ser que estejamos em 2004) 89.2 pontos fora de casa.

– O Indiana Pacers é um time que assusta de tão regular. Eles têm média de 23,1 pontos em primeiros quartos, 23,2 no segundo, 23,8 no terceiro e 22,8 no quarto. São também 31 vitórias e apenas 4 derrotas quando começam o último período vencendo.

 

Denver Nuggets

– O Denver Nuggets lidera a NBA com impressionantes 57 pontos dentro do garrafão por jogo. O segundo colocado, outro time que baba por contra-ataques, o Rockets, faz 11 pontos a menos! Nos últimos 3 jogos são 68 pontos no garrafão de média, incluindo SETENTA-E-OITO contra o Los Angeles Lakers.

– E embora o grupo de Kosta Koufos, Kenneth Faried e JaVale McGee não tenha ninguém que seja considerado um Kevin Garnett na defesa, eles conseguem segurar os adversários a 40,3 pontos no garrafão por jogo, 10ª melhor marca da liga.

– O trio, aí com uma singela ajuda de Andre Iguodala, também é responsável por deixar o Denver Nuggets na liderança de outra estatística de garrafão: 13,5 rebotes de ataque por jogo, 0,1 na frente do Memphis Grizzlies, que dominou essa estatística nos últimos anos na NBA.

– O Nuggets está no topo da NBA em outras estatísticas interessantes: 2º em rebotes totais, em roubos de bola, em assistências, em roubos de bola em aproveitamento de arremessos e… 29º em aproveitamento de lances-livres.

– Para os que ainda acham o Denver Nuggets fogo de palha, importante saber que o time tem 13 vitórias e apenas 6 derrotas contra os times classificados atualmente entre os 8 primeiros do Oeste. E contra o Los Angeles Lakers, hoje em 9º, eles venceram a série por 3 a 1.

…..

Estava fuçando estatísticas em diversos sites por pura diversão e as desses 5 times me chamaram mais atenção. Escolham aí mais 5 times que faço uma 2ª edição desse post com as equipes

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que vocês estão mais interessados em conhecer estatisticamente.

Talentos esquecidos

A revolução estatística da NBA, ainda em curso, está servindo para muita coisa: às vezes nos mostra com números o que só achávamos no olhômetro, outras vezes quebra mitos e, no caminho disso, serve para dar o devido valor a jogadores que às vezes não eram apreciados como deveriam. Tenho certeza, por exemplo, que a divulgação de alguns números sobre que jogadores mais conseguiam cavar faltas de ataque foi essencial para que a imprensa americana passasse a dar mais valor a Anderson Varejão ainda na temporada retrasada.

Os plus/minus, número que mostra o saldo de pontos no time com determinado jogador ou grupo de jogadores em quadra, serviu para que caras que fazem as pequenas coisas, como Shane Battier e Kendrick Perkins passassem a receber reconhecimentos dos não tão entendidos de basquete, fãs casuais mais vidrados em ver quem marca mais pontos do que qualquer outra coisa.

Porém nem todo mundo foi salvo nessa. Ainda existem muitos jogadores com talentos pouco reconhecidos pelo público da NBA e por quem cobre o assunto na mídia. Listo aqui três talentos importantes que sinto que são esquecidos quando lemos análises basqueteiras por aí:

 

Movimentação sem a bola

Durante o auge de Reggie Miller e depois, nas suas últimas temporadas, durante seus duelos nos Playoffs contra Richard Hamilton, o assunto de jogadores que se movem sem a bola até que ganhava algum destaque. Os dois, afinal, foram dos melhores da história da liga nesse quesito. Marcar Reggie Miller era infernal não só pelas provocações, mas porque Miller era liso, rápido e não precisava de muitos décimos de segundo para passar no meio de um corta luz, receber a redonda e meter o arremesso.

Mas depois disso o assunto meio que morreu. Alguém aí ouve falar sobre como o Kevin Durant consegue passar pelos bloqueios com velocidade apesar de ser gigante? Geralmente dão mais ênfase a seu arremesso perfeito. Duro quando se tem tanto para elogiar! Mas são outros que fazem isso muito bem e ignoramos: Ben Gordon, Kyle Korver, o MVP Matt Barnes, Kevin Martin e o meu favorito, Shawn Marion.

O Matrix é o que eu mais gosto porque ele é o menos óbvio. Os outros citados são grandes arremessadores, logo seus times têm jogadas desenhadas onde todo mundo faz bloqueios até que eles fiquem livres. Isso não tira méritos dele, claro, mas é algo comum, visto com frequência. Com Marion, e também com Barnes quando ele não se posiciona para os chutes de longe, não funciona assim. Pelo contrário, eles se destacam por conseguirem criar para si situações de cesta mesmo com o resto do time nem pensando nisso. O Dallas Mavericks funciona buscando Dirk Nowitzki na cabeça do garrafão ou nas diagonais da cesta, ou com Darren Collison comandando os pick-and-rolls ou, por último, com OJ Mayo comandando o ataque. Nada é desenhado para Marion. Mas mesmo assim ele se mexe incansavelmente sem a bola, lendo a defesa adversária e sempre acaba sozinho. Aí é só esperar quem está com a bola reconhecer isso e dar o passe.

O mesmo vale para Matt Barnes, mas com o bônus de que ele joga ao lado de Chris Paul. Ele se mexe, corta para a cesta no exato momento que a defesa abre um buraco e CP3 está lá para ler tudo isso e premiar Barnes. Grandes armadores muitas vezes saem com todo o crédito por uma bela assistência, mas em boa parte dos casos a assistência não seria possível se o resto do time ficasse passivo, parado, esperando algo mágico acontecer. Os passes para pontes aéreas de Paul para Blake Griffin são difíceis e espetaculares, mas exigem que Griffin se posicione na frente de seu marcador e esteja atento. Aliás, a boa mão para a recepção de assistências difíceis é outro talento esquecido.

 

O box out

Sabe aquele bloqueio que um jogador faz no outro para impedir que ele pegue o

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rebote? É um dos grandes sacrifícios que um jogador de garrafão deve fazer e que até hoje só o modo MyPlayer do NBA 2k é que soube premiar quem é bom nisso! Nós, como todo mundo que critica basquete, adora pegar no pé de pivô que pega poucos rebotes por jogo. Já enchemos o saco de Nenê, Brook Lopez e outros por aqui por causa disso. Mas a verdade é que vários deles (não todos, é verdade) sacrificam seus números ao fazer o box out, impedindo que o pivô adversário suba para o rebote de ataque.

Um exemplo clássico disso é o New Jersey Nets que foi bi-campeão do Leste em 2002 e 2003. No ano da segunda final, Jason Kidd, o armador principal do time, tinha 6.3 rebotes de média por jogo, mesmo número do pivô Dikembe Mutombo e do ala Richard Jefferson, apenas 2 a menos que o líder do time, Kenyon Martin. O motivo não é só o ótimo tempo de bola de Jason Kidd para rebotes, mas que o time abria para que o armador pegasse a bola.

O contra-ataque era a grande arma daquele Nets e para que ele saísse o mais rápido possível era necessário que Kidd recebesse a bola o quanto antes. Nada melhor do que ele mesmo pegar a bola e já sair correndo, não é? Era comum Martin ou Mutombo segurarem no corpo os adversários enquanto Kidd corria para seus rebotes e triple-doubles. Eficiente e impossível sem um bom box out de seus companheiros. Outro exemplo? Yao Ming no Houston Rockets. Queriam uns 15 rebotes dele por jogo por causa de seu tamanho, mas ele era lento demais para pegar rebotes que pipocavam em todo garrafão, então ele passou a ser mais útil simplesmente tirando o pivô adversário do lance com um box out. Os Chuck Hayes e Juwan Howards de cada época faziam o trabalho sujo.

Hoje grandes bloqueadores de rebote ofensivo são Kendrick Perkins, Joakim Noah, David West, David Lee, Tim Duncan e também Kevin Love, que é ótimo em tirar os rebotes ofensivos do adversário e também em pegar os dele logo em seguida, uma aberração. Existe algo relacionados a rebotes que Love não saiba fazer? Abaixo Blake Griffin ensina a fazer algo que ele mesmo não fazia tão bem até essa temporada.

Adendo: o quanto é estranho que uma das fotos mais famosas da história da NBA é um simples box out?

 

Bola de 3 da Zona Morta

Não é difícil ouvir dos estudiosos do basquete que o chute de 3 da zona morta é a bola mais valiosa do jogo. Primeiro porque é a bola de 3 com melhor aproveitamento na NBA: 37% contra 34% das bolas de 3 de outras regiões da quadra. Depois porque toda bola de 3 é valiosíssima simplesmente por valer 50% a mais que qualquer bola de 2 pontos.

Mas não é só isso. Ter um bom arremessador de 3 da zona morta é, há muitos anos, parte essencial de qualquer ataque eficiente da NBA. Desde o Phoenix Suns veloz de Steve Nash até o San Antonio Spurs racional de Popovich e passando pelos triângulos de Phil Jackson, todos sabiam usar com perfeição as bolas da zona morta. Os benefícios são claros. O jogador que fica estacionado lá é um alvo fácil para passes de jogadores que atacam a cesta, o cara também é uma isca de marcação: se o defensor sai de perto dele para ajudar na marcação de quem ataca a cesta ou do pivô, deixa o arremessador livre; se gruda nele para evitar o chute, fica completamente longe de tudo que está acontecendo na quadra, sendo incapaz de ajudar na defesa de qualquer jogada.

O objetivo das bolas de 3 pontos da zona morta é esse, abrir a quadra, abrir espaços e punir os times que tentem evitar isso. Um exemplo: no caso do Phoenix Suns, o espaço no meio da quadra era importante para o pick-and-roll entre Nash e Amar’e Stoudemire, mas para o espaço existir era importante que os defensores estivessem preocupados com Joe Johnson, Raja Bell ou Jared Dudley no canto da quadra.

O San Antonio Spurs deve ser o time que melhor usa as bolas de 3 da zona morta atualmente e esse post do NBA.com tem muitos vídeos explicando como. O vídeo abaixo, do NBA Playbook também dá uma boa visão de como o Spurs tortura seus adversários com a combinação Duncan-infiltração-movimentação de bola:

 

No Court Vision Analytics tem esse post explicando a importância das bolas de 3 da zona morta e listando que jogadores foram os mais eficientes nesse tipo específico de arremesso na última temporada. O melhor foi, claro, Ray Allen, com 50% de acerto em bolas de 3 da zona morta, atrás dele vieram Courtney Lee (49% e substituto de Allen no Celtics nesse ano), Steve Novak (48%), Nick Young (48%), Chase Budinger (47%), Jamal Crawford (46%), Ryan Anderson (45%), Danny Green (44%), Jason Terry (44%) e Brandon Rush (44%).

Entre os times, interessante ver como os melhores times em bolas de 3 da zona morta na temporada passada são os considerados bons times ofensivos: Warriors, Celtics, Rockets, Magic, Thunder e Spurs. Talvez a exceção seja o Celtics, meio empacado no ataque, mas isso é o que dá ter Ray Allen na equipe. Entre os piores em arremessos de 3 da zona morta, tragédias como Raptors, Bobcats, Nets e Sixers, que na temporada passada simplesmente não tinha arremessadores de longa distância e que fez muito bem em contratar Jason Richardson e Nick Young.

Talvez os times possam ser mais cuidadosos na hora de contratar jogadores. Se eles precisam de arremessadores de 3 pontos, podem procurar mais especialistas em zona morta ao invés de jogadores que gostam de driblar antes de chutar ou os que precisam de muitos bloqueios e jogadas desenhadas para funcionar.

E embora tenha dado o exemplo da zona morta, isso vale para outros arremessos. Alguns jogadores podem não ter números gerais ótimos, mas são especialistas em determinado tipo de arremesso. Sabendo disso os times podem contratar jogadores em baixa e usá-los de maneira mais inteligente. Abaixo dados feitos pelo mesmo Court Vision Analytics sobre os melhores arremessadores da temporada 2011-12 em cada posição da quadra. Alguns resultados surpreendem… Rondo?!

 

Vocês conseguem lembrar de outro talento específico que costuma passar despercebido na análise de jogadores? Palpite aí!

As assistências (acidentais?) de Kobe Bryant

Antes da temporada começar eu fiz um post chamado “O espaço na NBA”. Não sei se vocês lembram ou se vão ter disposição de clicar no link, mas ele fala basicamente da ocupação de espaços na quadra de basquete e sobre como estão surgindo novas maneiras de analisar um jogo baseando-se na questão espacial. Não é só mais importante quantos arremessos um cara tenta por jogo e seu aproveitamento, mas de onde ele arremessa e para onde a bola vai quando erra.

 

Provavelmente o nome mais conhecido nesse meio é o de Kirk Goldsberry, pesquisador de Análise Geográfica e professor assistente na Michigan State University. Usando um software chamado SportVU, que tem diversas câmeras capturando um jogo e transformando as imagens em dados em tempo real, Goldsberry tem feito estudos sobre o espaço no basquete. O primeiro, o mais famoso até agora, é o que eu coloquei no post de setembro que mostra a direção que os rebotes tomam após arremessos errados. Porém era um trabalho incompleto, como vocês devem lembrar.

Em um post no fórum APBRMetrics, o próprio Kirk Goldsberry diz que seu estudo não é completo, mas que tem alguns pontos positivos importantes. “Esse estudo faz a gente pensar nos arremessos errados de uma nova maneira. O efeito ‘Kobe-assist’ algo que merece ser aprofundado”. A tal Kobe-Assist que Goldberry se refere é aquela jogada onde um jogador ataca a cesta atraindo os pivôs adversários, que deveriam cuidar do rebote. Aí mesmo quando a bola não cai o rebote fica fácil para o time atacante. Alguns no fórum da APBRMetrics também chamam de “Derrick-Rose-Assist”. Goldsberry diz que esse estudo não analisa a situação onde esses arremessos são tentados e que isso é uma limitação, mas obviamente é algo bem interessante e importante.

 

Pois nessa semana Goldsberry publicou no Grantland seus primeiros resultados analisando a tal Kobe-Assist. E os últimos dias na blogosfera (pior termo da história humana) basquetebolística norte-americana tem sido intensos ao discutir o assunto.

Mas mais importantes que os nomes ou os resultados é o conceito por trás do termo. Goldsberry compara o basquete com o beisebol, esporte que começou a onda de análises estatísticas avançadas. A revolução no beisebol começou quando Bill James conseguiu cortar o jogo em ações mensuráveis, percebendo que o esporte não era exatamente coletivo, mas um conjunto de atos individuais. E antes que você pense em perguntar, não, não são todos os esportes assim. No futebol, no vôlei e, claro, no basquete, as ações de um jogador estão diretamente ligadas com a do outro jogador do seu time e do adversário. A ocupação do espaço, o passe, a bobagem que cada um faz. No beisebol a interação é muito menor, a maioria das ações são do indivíduo e é possível medir a qualidade disso sem muita interferência externa.

E não podemos esquecer também que o beisebol é um jogo parado. É um esporte onde as ações começam e pouco tempo depois terminam, sendo assim mais fáceis de serem analisadas. No basquete não é assim, cada jogada repercute na próxima e na próxima e na próxima até que finalmente o jogo para devido a um tempo ou turnover. Nós costumamos contar pontos de contra-ataque por jogo e eleger os melhores times nisso, mas estamos ignorando as milhares de maneiras que pode disparar um contra-ataque. Foi via turnover (que turnover?)? Foi via rebote defensivo (causado por qual arremesso? Quem pegou o rebote?)? São variáveis demais que os números não capturam.

No caso desse novo estudo de Goldsberry o que está sendo analisado é o resultado de um arremesso errado. Costumamos contar apenas se um cara acerta ou erra um chute, pegamos os dois resultados e contabilizamos seu aproveitamento. Com o passar dos anos, e falei disso no post anterior sobre o tema, começou-se a contar também o local que cada um tenta esse arremesso. Um exemplo: Dwyane Wade tem 49% de aproveitamento de seus arremessos nessa temporada. Nada de ganhar menção honrosa, mas um número ótimo para um jogador que não é pivô. Mas e se a gente cavar mais esse buraco? Descobriremos que ele tem impressionantes 76% de acerto em bolas “at the rim” como bandejas e enterradas, o que o coloca entre os melhores da NBA na categoria. Porém nos arremessos de meia distância ele tem aproveitamento de cerca de 30%, número ruim mesmo considerando que a NBA é péssima em chutes desse tipo. E durante um jogo, Wade tenta em média 5.4 arremessos “at the rim” contra 4.4 de meia distância. Não parece uma boa

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escolha.

A média boa de Wade é a soma de excelência em um tipo de arremesso contra a mediocridade em outro. O que esse tipo de análise permite é o técnico chegar no ouvido de Wade e falar pra ele treinar mais o jogo de meia distância ou, o que acho mais provável, evitar esse arremesso. Mais vale tentar forçar uma infiltração, mesmo que difícil e marcada, do que se contentar com esse arremesso que não é seu forte. Ou o técnico pode ver essa informação e redesenhar algumas de suas jogadas, procurando evitar situações onde Wade seja forçado a arremessar de onde não gosta. A interpretação desse dado é que vai mostrar a qualidade de técnico e jogador no fim das contas.

Mas isso tudo é o pré-arremesso. Às vezes não dá pra evitar, Wade ficou livre de meia distância e achou melhor chutar. E o que acontece quando ela erra esse chute? É aí que o novo estudo de Goldsberry entra. O que o professor defende é

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que não podemos picotar um jogo de basquete em situações isoladas e temos que considerar suas consequências. Sim, Wade erra muito de meia distância, mas o que raios acontece depois desses? Rebotes de defesa? De ataque? Contra-ataque dos adversários?

Talvez meu exemplo tenha sido cruel, afinal Wade não é citado no texto de Goldsberry e vamos morrer na dúvida das consequências de seus arremessos. Mas, novamente, o importante é o conceito. O que o professor tenta calcular aqui é quantas vezes um arremesso errado pode não ser ruim para o time que o tentou. Quantas vezes esses arremessos perdidos tornaram-se ou uma nova posse de bola, com 24 segundos novinhos para uma nova tentativa de ataque, ou dois pontos fáceis do jogador que pegou o rebote ofensivo. Quando um jogador marca os pontos é contabilizada uma Kobe-Assist para quem errou o arremesso.

Por que esse nome? Fácil. Nas últimas duas temporadas, Kobe Bryant somou 200 Kobe-Assists, disparado o líder da NBA. Nessa temporada, contando os jogos até dia 30 de Novembro, Kobe havia errado 146 arremessos, dos quais 50 viraram rebotes ofensivos e 22 deles pontos imediatos do reboteiro. Embora ele lidere o geral das duas últimas temporadas, nesse ano Dion Waiters e Carmelo Anthony estão na sua frente.

Antes que comecem a jogar as pedras, já aviso todos os poréns desse conceito. Não é à toa que os jogadores que são parceiros de Dwight Howard, Tyson Chandler e Anderson Varejão estejam nessa lista, claro que muito do mérito da Kobe-Assist está no cara que está embaixo da cesta para pegar a bola errada. Mas isso é natural, não vamos tirar crédito de alguém que dá 10 assistências tradicionais por jogo só porque ele joga ao lado de grandes arremessadores. O importante de notar aqui é que esses jogadores sabem quando arremessar. O exemplo de Goldsberry no texto é simples e perfeito. Um arremesso de meia distância em um contra-ataque é horrível, o mesmo arremesso quando o seu pivô está numa posição favorável para o rebote, é um ótimo chute.

Já vi muito o Kobe jogar e posso dizer que confiança nunca falta pra ele, mesmo nos dias em que ele não acerta um mísero arremesso sem marcação e até deveria perder um pouco de confiança e se acalmar um pouco. Mas se não hesitar já é marca registrada, ela fica ainda mais clara quando ele percebe um pivô bem colocado no garrafão. Podem reparar, acontecia com Andrew Bynum e acontece agora com Dwight Howard, se Kobe vê o seu pivô mais próximo da cesta que o adversário ele manda bala, ignorando a marcação sobre ele. Nessa temporada 15% dos arremessos de Kobe viraram rebote ofensivo, maior porcentagem da NBA.

Mas o número mais impressionante de Kobe são em suas infiltrações. Citando diretamente o texto do Grantland: “De cada 100 infiltrações de Kobe, 59 são cesta, 41 são erros. Desses 41, 22 viram rebotes do Lakers. Isso quer dizer que 80% das infiltrações de Kobe se tornam imediatamente pontos ou uma nova posse de bola”. E legal que a combinação não é automática. James Harden adora infiltrar, o tipo de jogada que mais rende rebote de ataque, e tem ao seu lado o pivô Omer Asik, terceiro em rebotes na NBA, mas mesmo assim apenas 8% dos erros do barbudo viram cesta.

Não sei se um dia o autor vai liberar todos os dados da temporada, mas certamente existem inúmeros bons casos a serem estudados. O citado Dion Waiters tem bons rebotes não em suas infiltrações, mas nas bolas de 3 pontos. Já Derrick Rose teve, na temporada passada, muitos rebotes em arremessos de meia distância. Já o Wolves praticamente não tem rebote quando Kevin Love sai para chutar de 3 pontos, quanto ele tem que acertar para o risco valer a pena?

O resultado desse estudo não é para dizer que o Kobe Bryant é bom até errando. Calma lá. Mas serve de bom argumento para quem defende que existem erros piores que outros, que nem todo arremesso errado é um arremesso ruim, além de ser um bom argumento para Tyson Chandler, Anderson Varejão e Reggie Evans usarem em suas próximas negociações de contrato. A média da NBA é de 44% de acerto em todos os arremessos de um jogo, saber o que acontece com os 56% que não caem parece algo essencial para entender um jogo tão dinâmico.

O espaço na NBA

Um dos nossos últimos posts foi sobre as posições no basquete, estão lembrados? Nele falamos de um novo programa de computador que definiu novas posições para o basquete de acordo com características dos jogadores e o que eles acrescentam às equipes. Foi um modo novo de abordar um assunto que geralmente foi definido por questões físicas: o armador baixinho, o pivô gigante. Mas essa é apenas uma das dezenas de inovações tecnológicas que estão tentando mudar o basquete.

Intensidade eterna de Kevin Love finalmente comprovada

Há algumas temporadas que surgiu, por exemplo, o SynergySports uma empresa que faz análise do jogo em vídeo e transforma as imagens em estatísticas. O produto primeiro foi desenvolvido para equipes, depois imprensa e hoje qualquer um pode acessar (pagando, claro!) dados complexos de como jogadores e equipes atuam. Você pode assistir, por exemplo, todas as jogadas de pick-and-roll que o Steve Nash comandou na temporada passada. A sequência de vídeos vai demorar uma eternidade para acabar, é claro, mas dá pra aprender muito. E você ainda pode filtrar essas jogadas por erros e acertos. Dá pra compilar todos os turnovers do Kobe Bryant em jogadas de isolação só para você usar na sua próxima discussão de Twitter.

O legal do Synergy é a combinação de números com vídeo. Primeiro você pode ver os dados gerais, como porcentagem das vezes que certo jogador ou time executa determinada jogada, depois pode ver o aproveitamento (em pontos por posse de bola) dessa jogada. Com isso feito é possível analisar os detalhes por vídeo. Uma coisa é saber que o San Antonio Spurs não defende bem o pick-and-roll, outra é ver em vídeo todas as vezes que isso deu errado para poder explicar os números ruins. Ou uma coisa é ver o alto aproveitamento do Ray Allen em spot-up shots, aqueles arremessos onde o cara só recebe a bola e chuta, mas só o nível de acerto não explica como as jogadas para isso acontecer são criadas.

É difícil exportar vídeos do Synergy para serem vistos aqui no blog. Mas vocês podem acessar o site deles e usar um pouco da versão gratuita. Também achei no YouTube algo parecido, é uma compilação de spot-up shots do Steve Novak na temporada passada pelo Knicks. É basicamente isso que você vê quando clica para ver os acertos de um jogador, uma sequência padronizada de jogadas:

Essa combinação de vídeo com números surgiu para cobrir um buraco na análise do basquete que a estatística não cobria, o espaço da quadra. Por exemplo: O Rebound Rate é um ótimo número para substituir a velha média de rebotes por jogo na análise desse fundamento. Ele calcula, baseado no número de posses de bola do time e dos minutos que cada jogador fica em quadra, quantos porcento dos rebotes disponíveis esse jogador consegue agarrar. O cara pode ser ruim e passar poucos minutos em quadra, mas quando joga pode ser responsável por assegurar 60% dos rebotes que surgiram enquanto ele estava lá dentro. É um ótimo número para ranquear bons reboteiros e que pode ajudar um técnico a saber quem deixar em quadra dependendo do que ele quer. Mas é possível transformar outros jogadores em reboteiros melhores só com isso? Não. Você só aponta para o Amar’e Stoudemire e diz “Você é ruim”.

A primeira alternativa para cobrir esse assunto do espaço na quadra foram os shot charts. Aqueles já antigos e tradicionais desenhos que mostram o aproveitamento de um jogador ou time de cada lugar da quadra. Atualmente o site que faz melhor trabalho com esses números é o Vorped. Eles tem dados de todos os jogadores nas últimas temporadas e estes podem ser filtrados por jogo, por temporada ou até por quarto. Aliás, vamos usar uns dados deles e ver se vocês conhecem seus ídolos. Tentem descobrir, sem colar, quem são os responsáveis pelos arremessos das imagens 1 e 2. Valendo!

    

Adivinharam? Mas estava tão fácil! A primeira imagem mostra os locais de arremesso de LeBron James em 4º períodos durante toda a temporada regular passada. A segunda imagem tem o mesmo filtro, mas é de Kobe Bryant. A primeira constatação é óbvia: Kobe Bryant é uma metralhadora. Ele arremessa muito mais que LeBron (e qualquer outro jogador) em últimos períodos. Por outro lado, com LeBron podemos ver como ele concentra seus chutes no lado esquerdo da quadra. Que é, como mostra o próprio Vorped, o lado onde ele tem melhor aproveitamento. Isso é muito curioso porque no começo de sua carreira os marcadores de LeBron davam, na cara dura, o lado esquerdo para ele jogar. LeBron chegou na NBA dominando, era assustador, mas tinha defeitos e um deles era atacar a cesta batendo a bola com a mão esquerda. Forçaram tanto ele a jogar desse lado que agora é sua zona de conforto, onde acerta mais chutes e onde um marcador deve impedir ele de ir em um 4º período.

Mas os shot charts exibem uma limitação, eles analisam apenas os arremessos. Não falam como foram criados, em que momento da jogada foram tentados e não vão alem do chute. Não identificam rebotes, não dão conta de assistências ou qualquer outra coisa. São úteis, mas apenas para uma função muito específica.

Pensando em dar um passo a mais nessa análise espacial do basquete, uma empresa americana chamada STATS,LLC criou um sistema chamado SportVU que monitora qualquer quadra ou campo de jogo com 19 câmeras. Depois de capturadas as imagens o sistema deles consegue monitorar, arquivar e transformar em estatísticas as movimentações dos dois times, da bola e até dos árbitros. Identificando quem é cada jogador só pelo número em sua camiseta, coisa do século XXI mesmo. Lembram no Campeonato Paulista (não sei como foi nos outros Estaduais Brasil afora) que a Globo começou a mostrar quantos quilômetros cada jogador correu e um mapa de calor indicando em que parte do campo eles haviam passado mais tempo? A Globo contratou a STATS para fazer esse serviço. No basquete eles fazem a mesma coisa e 10 equipes da NBA no ano passado contrataram a STATS para testar esse programa: Wolves, Knicks, Rockets, Warriors, Thunder, Spurs, Celtics, Bucks, Raptors e Wizards.

Alguns resultados usando o SportVU começam a aparecer. Um deles é de Kirk Goldsberry, pesquisador de Análise Geográfica e professor assistente na Michigan State University. Ele usou a análise espacial em vídeo da SportVU para criar um mapa que mostra onde caíram os rebotes da NBA na temporada passada de acordo com a posição dos arremessos.

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Esse gráfico confirma com precisão gritante o que Dennis Rodman dizia sobre os rebotes caírem sempre no lado oposto de onde foram arremessados. Tá bom que isso é uma coisa que a gente já sabe faz um tempo, mas nunca é demais ter a confirmação estatística e tão detalhada. Sem contar que achávamos que muitas coisas eram verdade e depois descobrimos que eram só lenda, sempre bom ter apoio de outras áreas.

Em um post no fórum APBRMetrics, o próprio Kirk Goldsberry diz que seu estudo não é completo, mas que tem alguns pontos positivos importantes. “Esse estudo faz a gente pensar nos arremessos errados de uma nova maneira. O efeito ‘Kobe-assist’ algo que merece ser aprofundado”. A tal Kobe-Assist que Goldberry se refere é aquela jogada onde um jogador ataca a cesta atraindo os pivôs adversários, que deveriam cuidar do rebote. Aí mesmo quando a bola não cai o rebote fica fácil para o time atacante. Alguns no fórum da APBRMetrics também chamam de “Derrick-Rose-Assist”. Goldsberry diz que esse estudo não analisa a situação onde esses arremessos são tentados e que isso é uma limitação, mas obviamente é algo bem interessante e importante.

Outro gráfico que Goldsberry fez usando o SportVU dá mais detalhes sobre aproveitamento e localização dos arremessos no último ano:

 

 

É muito legal ver os pontos em branco, são basicamente pontos da quadra ignorados pelos jogadores da NBA, considerados ruins e de baixo aproveitamento. Em compensação, além da área próxima à cesta é possível ver como o arremesso de 3 da zona morta é o mais valioso de toda a liga: Seu aproveitamento em porcentagem é quase igual aos arremessos de média distância e valem 50% mais.

Uma outra coisa confirmada aqui é que o aproveitamento dos arremessos é levemente melhor no lado direito (LeBron é exceção), mas, por incrível que pareça, isso não quer dizer que os times tentem mais arremessos do lado direito da quadra. Também não dá pra ignorar que a melhor liga de basquete do mundo beirou os 35% de aproveitamento em todos os arremessos fora aqueles colados à cesta. Esse ano de locaute teve números piores que a média dos últimos anos, mas mesmo assim é algo preocupante. O arremesso de meia distância é, como gostam de dizer os caras da velha guarda, uma arte perdida.

(FOTO)

Mas o uso do SportVU vai muito além desses mapas. Muito mesmo. Em alguns dados divulgados no site da empresa para demonstrar o produto eles dão detalhes muito reveladores sobre o Kevin Durant. Sabiam que ele tem aproveitamento de 40% nos seus arremessos quando bate a bola mais de 5 vezes antes do chute? E que esse número sobre para para 55% quando ele só pega a bola e arremessa? Será que devemos reclamar tanto assim de ter o Russell Westbrook comandando o ataque enquanto Kevin Durant fica longe da bola só tentando ficar livre?

Dos 10 times que usaram esse produto, poucos divulgaram resultados. Um dos que mais falou sobre a experiência foi o Wolves, que até fez um especial dizendo detalhes sobre a instalação das câmeras especiais no topo do Target Center e falando sobre o sistema. Reproduzo aqui o que Brian Kopp, vice presidente da STATS,LLC disse ao site do Wolves.

“A primeira coisa analisada são as que podemos fazer só vendo o jogo. Quantas vezes tal jogador toca na bola em determinada área da quadra? Qual sua eficiência na cabeça do garrafão ou perto da cesta? Você poderia contar essas coisas manualmente, mas seria um saco. Depois tem a questão dos rebotes, com nosso sistema podemos contar quantos rebotes são pegos por um jogador sozinho, quantos são com outros jogadores em volta, além de medir a movimentação dos jogadores em bloqueios que evitam que o adversário pegue o rebote. Por fim temos a análise física, podemos medir a velocidade e espaço coberto por um jogador, podendo até afirmar quando ele cansou”. (Aqui estão a Parte 2 e Parte 3 do especial do Wolves)

Uma das conclusões mais interessantes da análise do time de Minnesota foi que Kevin Love está nos níveis “max” ou “sprint” (algo como “arranque” em português) de velocidade com mais frequência que qualquer outro jogador analisado pelo sistema em qualquer time. Ou seja, Love pode não ser o cara mais atlético da NBA, mas ninguém se esforça mais do que ele em quadra. Isso deixou orgulhoso o técnico do time, Rick Adelman, mas também preocupado. Correr mais e jogar no limite aumenta o risco de contusões. A análise pode ser um jeito de dedar preguiçosos, mas também pode servir para avisar um jogador quando ele pode maneirar.

 

O grande desafio para quem tem esse sistema é descobrir o que é útil e o que não é, porque o que não falta é material novo. Sabia que agora eles conseguem medir a altura de cada arremesso e descobrir quais são os mais precisos? E que dá pra ver a variação de altura entre os arremessos certos e errados de cada jogador? Caras como Ray Allen, Kevin Martin e Chase Budinger arremessam exatamente na mesma altura seja em erros ou acertos, já Jamal Crawford arremessa cada hora de um jeito. E o prêmio Derek Fisher de arremesso mais alto não vai para Derek Fisher, mas para Ersan Ilyasova, que deixa a bola a 4,7 metros do chão no ponto máximo do arco de seu chute. Coisa de doido saber de tudo isso!

Mas dá pra conseguir coisas mais relevantes do que isso. Por exemplo, analisaram resultados de infiltração rumo à cesta. Pegaram todos os jogadores que tiveram pelo menos 40 infiltrações começadas a pelo menos 6 metros da cesta computadas pelas câmeras (vale lembrar que não foram filmados todos os jogos da última temporada, só os dentro dos ginásios dos times que compraram o serviço) e foram ver os melhores aproveitamentos. O líder foi Carmelo Anthony, o Knicks conseguiu 1.66 pontos por posse de bola (número fantástico!) em toda posse que teve uma penetração de Melo. Seu aproveitamento de arremesso nessa jogada foi um comum 57%, mas ele conseguiu sofrer faltas em 1/4 das tentativas. Em outras palavras, mesmo que Melo seja apenas comum no aproveitamento direto de suas infiltrações, o Knicks rende melhor quando ele faz isso. Seja pelo rebote de ataque, seja pelo passe que ele dá depois da infiltração ou pela defesa quebrada pelo ataque.

Lindo isso, não? Mas se eras assim tão bom, Carmelo Anthony, por que o ataque do Knicks não foi bem na temporada passada? Simples, ele infiltrou dessa maneira apenas 3.1 vezes por partida. Embora Anthony seja famoso por seu arremesso de meia distância, o Knicks foi um time melhor quando ele atacou a cesta. Outra coisa, a análise pelas câmeras mostra que Anthony foi muito mais eficiente do que Amar’e Stoudemire nas posses de bola onde eles recebiam a bola na cabeça do garrafão, posição característica dos alas de força, a posição 4. Mais do que nunca fica óbvio que o Knicks funciona melhor que Melo nessa posição fazendo uma dupla falsa de garrafão com Tyson Chandler. O lugar de Amar’e nesse time? Deveria ser reserva.

Claro que a interpretação é sempre nossa no fim das contas. Lendo esses mesmos dados o Mike Woodson pode ter uma ideia completamente diferente sobre o seu Knicks. Assim como o Rick Adelman que vai decidir como lidar com a energia eterna do Kevin Love. Mas isso pode definir uma época diferente para os técnicos, se antes eles eram considerados especiais por enxergarem coisas que os outros não viam, hoje os melhores vão ser os que tomarem as melhores decisões em relação ao que todo mundo vê, contabiliza, filma, analisa, coloca em planilha e transforma em estatística.

BTPH_#13

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Pergunta da Rodada

Chukwudiebere Maduabum
Estou lendo os posts antigos do Bola Presa e isso influencia as 2 primeiras perguntas, então vamos lá:
1- Eu não sei se mais pra frente vai rolar um post falando do porque do fim do ‘desconhecido do mês’, mas se não tiver, porque parou e essa temporada não rola de voltar não? É muito boa!! Ainda mais vendo depois!!

2- Nesse post o Danilo fala que não tem stats pra provar, mas por análise ele fala que o Spurs é o melhor time defendendo pick n’ rolls… Como tá a lista de melhores defensores de pick n’ rolls hoje? E quão bom é o Spurs defendo pick n’ rolls?

3- Tava viajando aqui e pensei numa coisa…
Se os times tivessem direito a oferecer o máximo apenas pra um jogador e de 85%-90% do máximo que o respectivo jogador possa receber, e daí ninguém pode passar de 80%, a liga ficaria mais equilibrada ou não faria tanta diferença?
2 exemplos: 1º O Kobe recebe o máximo, então o D12 não poderia renovar pelo máximo, e não sei qtos % do máximo o Gasol recebe, mas dependo o Howard teria que baixar muito o salário pra continuar no Lakers.
2º O Big Three de Miami assinou por um contrato baixo, não impediria a formação do trio…

4– Peguei a fórmula de posses no Basket-Refs e queria saber o que o resultado oferece mais ou menos (tipo, o resultado é do jogo ou de cada time, em que eu posso usar ele) e se vc tem o nº de posses de uma determinada partida da NBA e me passsar pra eu ver se estou fazendo certo… E depois, se tiver de bobs, podia fazer um post falando dessas stats ai do Bskt-Reference, falando quais dão pra fazer com o Boxscore normal de um jogo…

Denis: (1) Sei lá porque parou, mas necessitava uma boa dose de pesquisa e horas gastas nos confins da internet. Mas acho que vou tentar voltar nessa temporada, um post por mês não mata ninguém. Vou começar a pesquisar uns jogadores pouco conhecidos que tenham histórias legais. De qualquer forma, legal demais que tem gente que fica fuçando nossos posts antigos!

(2) Ixi, isso é de 2008, na época não tinham números sobre pick-and-roll mesmo. Mas curioso que na temporada passada o Spurs foi um dos piores times (o pior dos Playoffs) defendendo essa jogada. Na temporada passada o Boston Celtics foi o melhor time defendendo o pick-and-roll quando a bola era finalizada pelo jogador que conduz a bola (35% de aproveitamento, 0.7 pontos por posse de bola). Já o pick-and-roll quando finalizado pelo jogador que fez o bloqueio foi melhor defendido pelo NY Knicks (44% de aproveitamento, 0.87 pontos por posse de bola). Tudo segundo dados do SynergySports.

(3) Nessa regra era capaz de jogadores se reunirem e então decidir que todos topariam só 90% do máximo, formando assim outros Big 3, Fab 4 ou qualquer outra combinação de grandes estrelas. Disse isso mil vezes e repito: A NBA é uma liga disputada e competitiva e não faz sentido querer inventar mais mil regras para forçar a barra. E se jogadores bons quiserem jogar juntos eles vão dar um jeito, sempre foi assim e ainda bem que eles tem esse direito de escolha.

(4) O número de posses de bola é de cada time. Acho que se você gosta das estatísticas avançadas descritas no Basketball-Reference a melhor coisa que você pode fazer é acompanhar as rodadas pelo Boxscore do HoopData. Lá eles mostram o número de posses de bola de cada jogo e detalhes avançados de rebote (Rebound Rate), arremessos (TrueShooting%), distância dos arremessos tentados, Usage Rate e todas essas coisas. Esse aqui é o do último jogo da Final, por exemplo.

 

 

Pedro1!!1
O que vocês acham do humor de caras como Rafinha Bastos e Danilo Gentili? Vocês acham que fazer piadas sobre loiras burras e portugueses burros nos dá o direito de fazer piadas sobre negros ou piadas sobre o holocausto? Essa visão de humor faz sentido pra vocês?
Denis: Acho que existe uma pressão surreal sobre os comediantes de hoje em dia. Muito por culpa deles, claro, que querem abraçar o mundo. Eles aparecem na TV trocentas vezes por dia, fazem stand-up, aparecem em comerciais, soltam vídeos na internet e querem atualizar Twitter e Facebook o tempo todo. Simplesmente é impossível ser engraçado o tempo inteiro, não dá. E aí no desespero, por falta de opção, acabam soltando algumas piadas ruins e outras excessivamente preconceituosas e forçadas. Eventualmente dá no saco. Sobre ofender alguns grupos, tem dois lados: Por um alguém sempre vai se ofender, se tem uma enfermeira de personagem no Zorra Total lá vai a Associação Brasileiras de Enfermeiras reclamar e ameaçar processo. Mas por outro lado tem momentos que não precisam forçar a barra, algumas piadas são tão ofensivas que as pessoas comentam só por ser polêmica e não por ser engraçada. Alguns humoristas tem essa veia artística de querer chocar mais do que fazer rir. É um direito deles e pode ser legal, mas eventualmente vai dar merda.

 

Matheus Sales
Na offseason passada vi um de vcs dizendo que iam começar a acompanhar NFL por causa do medo de um locaute na época… Queria saber se começaram á acompanhar mesmo, se gostaram da liga, time preferido, QB favorito ou ainda é bem melhor ir baixando jogos antigos da NBA?
Denis: Não consegui ver NFL. Tem uns jogos legais, uns momentos históricos interessantes e entendo quem goste. Mas mesmo assim não sobrevivo a um jogo inteiro, eita coisa enrolada. Prefiro muito mais os documentários que volta e meia passam falando sobre jogos famosos do passado.

 

thiago batista
Qual o orçamento que vc considera ideal para que as equipes de basquete do brasil evoluam 3vzs mais o seu basquetebol ? peço numero em milhoes. Vc acha que a entrada de times popularmente do futebol como palmeiras e sport, podem dar o up que faltava no basquete nacional? envie tbm pra terminar por favor uma lista dos 10 campeonatos de basquete mais fortes do mundo. PS: Se a NCAA superar algum campeonato ou D-league, inclua tbm. Forte Abraço admiro mto vcs!!
Denis: A pergunta é engraçada por você colocar basquete do Brasil e milhões na mesma frase. Quase ninguém no Brasil alcança essas cifras em patrocínios ou investimentos. Para o basquete evoluir 3 vezes mais são necessários melhores times de base (mais espalhados pelo Brasil, não só em SP de preferência) e muito mais campeonatos das categorias menores. Isso significaria revelar mais e melhores jogadores. Com esses jogadores formados aí tem o desafio de fazer a transição para o profissional, que acho que é o maior problema do basquete brasileiro atualmente. Hoje, quem consegue vai melhorar no exterior, mas a maioria aqui fica mofando como reserva de qualquer time mediano. Com 20 anos não jogam mais a Sub-19 (juvenil) e nem tem jogo ainda pra entrar na rotação de um time adulto. É nessa faixa etária que muita gente desiste, vai fazer faculdade, trabalhar com outra coisa e deixa o basquete de lado.

Essa categoria intermediária é o que o Brasil

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mais precisa. Com isso poderá ter melhores jogadores e, consequentemente, melhores campeonatos e resultados. Talvez essa faixa intermediária seja o lugar ideal para formar novos técnicos também, atualmente parece que não existem 15 bons técnicos para preencher todo o NBB. Sobre times de futebol, não creio que eles sejam tão necessários assim. O basquete cresceria com investimento e torcida. Os times de futebol podem oferecer isso, mas não tem que ser eles de qualquer jeito. Existem muitos exemplos por aí de times sem ligação alguma com time de futebol que fidelizou uma torcida apenas pela combinação de bons resultados e organização.

Por fim, os 10 melhores campeonatos do mundo? Difícil, não é minha praia. Mas considerando investimento, times fortes e representantes em campeonatos continentais dá pra colocar as ligas da Espanha, Itália, Lituânia, Turquia, Grécia e Rússia como as melhores da Europa. A da China está crescendo, mesmo sem nunca ter visto um jogo de lá eu chutaria que ainda não alcançou um Top 10 mundial, embora o investimento seja para isso. Ainda na Ásia eu sei que a liga das Filipinas investe bastante em jogadores gringos, mas não sei se o resultado é decente. Nas Américas a Argentina tem alguns poucos times absurdamente fortes, mas dizem que o campeonato não é tão equilibrado. No México o campeonato nacional está crescendo horrores nos últimos anos, vale a pena ficar de olho para daqui uns anos. A D-League acho complicada porque os times mudam muito, jogadores vão embora de repente. Não sei se tem times tão bons assim, mas certamente tem ótimos jogadores. Já a NCAA é outra categoria, outra faixa etária, difícil comparar.

 

Alcindo
O Varejão já fechou 8 temporadas pelo Cavs, ele é querido pela torcida, tem aquela coisa dá raça e tem médias decentes, vocês acham que seria possível ele ter a camisa aposentada ? (Não pelo talento em si, mas pela conexão dele com o time e torcedores)
Denis: Acho que existe uma chance disso acontecer sim. Alguns times são bem chatos com suas homenagens, como o Lakers, que só aposenta camisas de jogadores muito acima da média. Outros, como o Boston Celtics, premiam caras menos espetaculares, mas acabam favorecendo os que ganharam alguma coisa. Atualmente no Cavs eles tem aposentadas os números 7 (Bingo Smith), 22 (Larry Nance), 25 (Mark Price), 34 (Austin Carr), 42 (Nate Thurmond) e 43 (Brad Daugherty). Na lista tem lendas de lendas da NBA como Nate Thrumond até caras que nunca foram a um All-Star Game como Bingo Smith. Em comum só o fato de terem passado quase uma década em Cleveland. Se o Varejão coroar sua passagem por lá com mais algumas idas aos Playoffs, ganhar mais reconhecimento com indicações ao time de defesa da temporada e continuar sendo tão querido pela torcida ele tem boas chances de ser imortalizado por lá. Bônus se por acaso ele acabar se aposentando em Cleveland, caras de carreiras longas e que só jogam por um time são cada vez mais raros.

 

José
Entao caras é o seguinte… namoro com uma garota da minha idade faz mais de 2 anos, gosto muito dela, muito mesmo, e ela acho ate mais que eu pelo que ela demonstra. Mas tipo ela nao é qualquer uma, é aquela garota especial sabe?! Diferente das outras. Aquela mulher pra casar (obviamente, nao quero fazer isso em pelo menos 10 anos). Nosso relacionamento é daqueles diferentes, é especial, esta muito longe de ser do tipo superficial, e eu amo isso. Tenho 16 anos, e, obviamente, tenho muita coisa pela frente ainda. O problema é que as outras meninas me deixam louco cara… Sou mais ou menos de aparencia e até bom de papo, tipo se eu quiser eu sei que uma hora ou outra eu fico com quem eu quero… Obviamente, nao aquela deusa né, mas as que eu fico me mordendo de vontade eu sei pego, e, detalhe, moro sozinho e ae fica muito facil… Porém nao queria nem pensar nisso, minha namorada faz tudo e mais pra mim, é muito dedicada, me ama demais e tals… Mas porra, eu tenho só 16… Sei que tinha que aproveitar essa idade e, digamos, iniciar a vida sexual de varias garotas qe eu fico me mordendo, e isso seria maravilhoso para mim né (pra qualquer homem). Mas por outro lado quero ser fiel a ela, e fico triste de pensar isso. Nao sei o que fazer, tem horas qe fico louco pra chamar a meninada aki em casa e aproveitar esse tempo(tudo escondido, claro, nao quero terminar o namoro) mas em outras fico puto comigo mesmo por querer isso e nao levar em consideracao o que ela faz e pensa de mim. Me ajudem a tomar uma decisao! Obrigado
Denis: Antes de mais nada… você mora sozinho com 16 anos?! Caralho! Você é um personagem da Malhação? A verdade é que você perdeu, amigo. Você quer duas coisas que entram em conflito, então já vá se acostumando com a sensação de derrota para o resto da vida. Se você resolver tacar o puteiro, vai aproveitar muito, pegar um monte de mulher mas aí vai (1) viver com culpa e com medo de ser pego o tempo inteiro ou (2) ser descoberto e passar a vida pensando que perdeu uma garota especial. Se você se comportar vai (1) envelhecer ao lado dessa garota e pensar que sua vida sexual foi limitada ou (2) ela vai terminar com você daqui uns anos e você vai achar que ser bonzinho não serviu pra nada.

 

conecrew420
O que estão achando da novela Avenida Brasil?
vcs farão algum artigo sobre as paraolímpiadas?
Por que vcs tem essas fotos do Rashard Lewis?
Quem joga no Pan-americano?
Denis: (1) Melhor novela da história. Se não estragar no final entra no seleto grupo de A Favorita e Roque Santeiro. (2) Não, dessa vez não tem cobertura paralímpica como em 2008. (3) Se você confundiu Rasheed Wallace com Rashard Lewis está bloqueado do Bola Presa. (4) Atletas nascidos no continente americano.

 

Thales
A Microsoft jogou no ralo o Paint. Vocês vão conseguir viver com isso ???
Denis: Perturbador. Mas parece simpático o resultado! Xingam a Microsoft quando ela insiste nas coisas de sempre, xingam quando tentam mudar. Eles tem que inovar e arriscar mesmo, vai que um dia até acertam até no Internet Explorer. O importante mesmo é o Wordpad nunca morrer, esse é meu xodó.

 

Pedro
Pooo, posta ai sobre o Princeton Offense, to ansioso aqui… Falaram que iam postar e agora venho todo dia aqui checar pra ver se saiu e nada 😦
Denis: Calma, mano! Já estou fazendo, mas não fica pronto assim do nada.

 

André
Qual o contrato máximo que pode ser oferecido na NBA hoje???
Denis: Nas atuais regras do novo CBA assinado na ano passado, o contrato máximo da NBA é de 25% do Teto Salarial para jogadores nos seus primeiros 6 anos de NBA, 30% do Teto para jogadores entre 6 e 10 anos de liga e 35% do teto salarial para jogadores com mais de 10 anos de experiência. Nessa temporada isso significa que o primeiro ano de um contrato máximo para um jogador com mais de 10 anos de NBA seria de 19 milhões de dólares.

 

FM
Qual a diferença entre Salary Cap e Luxury Tax Level?
Denis: Salary Cap é o teto salarial da NBA. Porém a NBA é boazinha e os times podem ultrapassar um pouco esse teto sem precisar pagar multas (apenas recebem algumas poucas restrições). Quando o time ultrapassa esse segundo limite, o Luxury Tax, o time paga multas para cada dólar gasto a mais.

 

Pedro Orcino
Olhando umas estatisticas na Basketball reference sobre as estatisticas dos “Finals MVP” me chamou MUITO a atenção como Wes Unseld conseguiu esse importante prêmio com números de 9 PPG e 11.7 RPG. Voces sabem exlicar isso?
Denis: O Wes Unseld era um daqueles caras que não mostravam tudo nas estatísticas. Ele era o líder do time, capitão, ótimo reboteiro e que tinha ótimo passe para puxar contra-ataques logo após pegar o rebote. Ele também foi quem marcou o ótimo Jack Sikma, bom pivô do Sonics na final. Outro motivo foi que o outro candidato a MVP, o Elvin Hayes, cometeu alguns erros críticos durante os Playoffs, como sair com 6 faltas com 10 minutos restantes para o fim do Jogo 7. Quem assistiu a Final de 78 afirma que Unseld foi mesmo o melhor jogador em quadra.

 

Alysson Elias
A pergunta que não quer calar, o Danilo morreu???
Denis: Toda semana essa pergunta… Eu já disse que sim e vocês insistem em repetir. Dá pra respeitar meu luto?

 

Antônio
Seguinte, eu to com uma dúvida cruel. Uns dias atrás eu fui pro aniversário de uma amiga e encontrei uma mina que era muito minha amiga, mas eu disse que gostava dela e ela reagiu muito mal, a gente mal se fala agora. Ela tava com o atual namorado e sempre que eu vejo ela fico muito puto e frustrado de nunca ter pegado ela. Ela chegou e ficou trocando ideia com amigos em comum e eu não tinha pra onde correr. Daí comecei a puxar papo com uma guria muito gata que eu não conhecia, ela era irmã da aniversariante e mora em outra cidade, e passei a me interessar pela guria, mas ela era muito gata! A gente ficou conversando quase a festa inteira, já que eu não queria encontrar meus amigos que estavam junto com a guria que eu gostava e do namorado dela. Tive várias oportunidades de chegar na irmã da aniversariante mas quando tava criando coragem minha carona falou que ia embora. Essa guria tava mesmo afim de mim? Tipo, eu até me garanto, mas ela era muito gata. Ela tava dando mole ou só tava sendo simpática? Já que ela não conhecia quase ninguém na festa, só a irmã. A gente dançou e ficamos bebendo no mesmo copo! Eu dei mole ou não?
Denis: Bom, como dizer? Er… sim, você vacilou grandão. Porque o único jeito de saber se ela tava te dando mole ou sendo simpática era tentando alguma coisa! Você morreu na dúvida e nem teve a chance sempre deliciosa de fazer ciúme na outra garota por estar pegando uma outra muito gata. E eu entendo o sentimento, às vezes uma garota muito bonita intimida, parece pegadinha, mas você já tinha feito o mais difícil que era quebrar o gelo e passado toda a festa de papinho. Da próxima vez vai pra cima da irmãzinha e deixa essa mala sem alça que tá namorando de lado.

 

Guilherme
Vocês já receberam alguma proposta pra levar o Blog pra um portal como aconteceu com o Bala na Cesta? Se não, vocês aceitariam?
Denis: Não recebi, mas claro que aceitaria. Qual o problema em receber para fazer o que já fazemos aqui?

 

Giant
Pra vcs diga três músicas boas para jogar basquete
Denis: Pronto, acabei de dizer pra mim três músicas.

 

Alinne Moraes
Estou linsongeada por tudo que ja fizeram por e queria agradecer todo o carinho que vocês tem por mim.Obrigado a vocês Denis e Danilo são os fans que fazem agente querer trabalhar estou muito feliz em saber que sou muito adimirada. Mais uma vez obrigado.
Denis: Eu realmente espero que a Alinne Moraes saiba escrever “lisonjeada”, “admirada”, “a gente”, “fãs” e que escreva “obrigada” ao invés de “obrigado”. Bola Presa S2 Linne

 

Agente FBI … ops.. JOHN
Onde vcs pegam as fotos que vcs postam? Jogam no google e pegam qualquer uma ou vão em sites específicos? Existem problema de direitos autorais? Pergunto isso pq sempre tive curiosidade e acho as fotos que vcs botam mt picas (as legendas entao, nao preciso nem falar). ABS
Denis: Olá, Agente. Todas as fotos do Resumo da Rodada eu pego no Yahoo! e nos detalhes da imagem tem autor e veículo. As outras eu digito no Google e fico rolando e rolando a página até achar algo interessante. Acho que cometo crimes de direitos autorais fazendo isso, mas ninguém me prendeu até agora. As legendas saem da minha cabeça mesmo, não tem Gina Indelicada kibando nada.

 

Fábio Carvalho
Vi recentemente o filme Unguardable, que conta a história do Chris Herren (ex-nuggets e celtics). Como nunca tinha ouvido falar nele, fui procurar vídeos no youtube e só achei o famoso arremesso sem um dos tênis contra os Lakers e nada mais. Enfim, como nao consegui achar muita (até porque acho que nao jogou nem duas temporadas completas), a pergunta é: vocês lembram dele jogando em 2000 e 2001? Era apenas mais um jogador “mediano”? Ou o que mais impressionava mesmo era ele sequer conseguir ficar em pé depois de tanta droga? Vi que ele nao teve grandes “stats” e era até bem baixo (6-2) para a NBA. Abs!
Denis: Não vi esse documentário sobre o Chris Herren, é bom? Lembro pouco dele, não era das coisas mais fáceis ver jogo do Nuggets em 2000. Mas aquele time não era muito bom, se ele não ficava nem 15 minutos em quadra é porque não tava jogando grande coisa. Mas a carreira dele já estava zoada na faculdade, quando se envolveu com cocaína e heroína, deu até muita sorte de ter sido escolhido no Draft. Era difícil que se recuperasse justamente quando ficou mais rico e famoso.

 

Danilo Pedrosa
Curry, Thompson, Barnes, Lee, Bogut – Com Landry, J.Jack, Rush, Biendris, R. Jeferson…Dá pra acreditar pelo menos em playoffs ou tô sendo mto otimista com o Warriors?
Denis: O time é muito bom no papel, mas não são assim todos os times do Warriors nos últimos anos? O problema deles já foi entrosamento, defesa, contusões ou tudo isso misturado. Se Mark Jackson organizar esse time e se Stephen Curry e Andrew Bogut não se machucarem eles podem surpreender.

 

G. Rodrigues
O que esperar do Bulls nessa temp. sem D.Rose? E por que nenhuma grande estrela quer jogar em Chicago?? Sera que eles tem medo de não serem a grande estrela do time (ja que o posto é do Rose) e nunca serão a Estrela maior da franquia, ja que não tem como superar MJ #23? Vlw é admiro muito o trabalho de vocês (ou seu no caso, ja que o Denis não anda postando rs).
Denis: Pô, só eu posto e ainda tenho que ler que não ando postando. Tá difícil assim, mano! O Bulls não tem espaço para assinar novos jogadores, o espaço salarial está todo comprometido com Derrick Rose, Carlos Boozer, Joakim Noah e Luol Deng, então uma estrela só poderia ir lá ganhando salário de mixaria (mais do que eu e você juntos nos próximos 10 ano). O argumento de não ser o maior da franquia não cola tanto, as pessoas vão para o Lakers mesmo sabendo que não serão maiores que Kobe na atualidade e nem que Magic Johnson na história.

 

Rodrigo_BoladoNBA
Eae galera do bola presa gostaria que voces fizessem um post faldn ode como era a NBA na epoca que voces começaram a ver e mande um abraçao pra comunidade do Orkut NBA Basketball
Denis: A NBA era pior do que é hoje e mais difícil de acompanhar, só melhorou. Abraço para a comunidade do Ork… ainda existe Orkut?! Ainda bem! Parabéns aos resistentes.

 

Bruno Lins
Qual o sentido da regra dos 3 segundos no garrafão? não sei porque criar uma regra dessa…
Denis: A regra impede que um pivô fique lá parado embaixo da cesta o tempo inteiro. O jogo teria menos movimentação, menos velocidade, menos bandejas e menos enterradas se tivesse sempre um gigante parado lá.

 

Yuri
Algum pivô draftado apenas pelo potencial físico (Hasheem Thabeet, Kwame Brown etc) já virou realmente um superstar na liga?
Denis: Dwight Howard serve?

 

Pergunta bônus recebida minutos antes da publicação
Anônimo
A minha tia, perguntou por que quando ejaculam na boca dela o gosto demora pra sair? E o gosto é doce ou salgado?
Denis: Dos grandes momentos da TV brasileira

E como sempre, a chatinha do Altas Horas dá a resposta padrão pra qualquer pergunta: “Pode ser que sim, pode ser que não, mas usem camisinha”. Até sexo querem deixar chato! Especialista mais fajuta da história. Em resumo o gosto varia de acordo com a alimentação, gordura corporal, idade e até quanto tempo o homem não goza. E é forte e espesso, por isso que fica tanto tempo o gosto na boca. De qualquer forma, a lista abaixo é a melhor resposta para o tema que achei na interwebs:
– os europeus, geralmente têm o esperma mais azedo;
– africanos lembra levemente o mel;
– asiáticos, sem gosto algum;
– norte-americanos, lembra ketchup com vinagre
e o esperma brasileiro, ah, este sim, é uma deliciosa salada universal, um gosto moreno de safadeza que desce rebolando, e logo após o esôfago já deixou saudade.

Encerramos por aqui.

A concentração de títulos e estrelas na NBA

Durante o locaute que quase cancelou a temporada 2011-12 da NBA, uma das maiores discussões foi em torno da competitividade da liga. Muita gente dizia que eram sempre os mesmos times lutando pelo título, outros questionavam não o fato de serem as mesmas equipes, mas de serem poucas as com chances reais de título a cada ano. O assunto ficou um pouco em baixa quando a temporada começou, mas voltou à tona quando as maiores contratações da offseason foram dos times que já estavam fortes: Jason Terry, Courtney Lee e Jeff Green reforçaram o Boston Celtics, Ray Allen e Rashard Lewis foram para o Miami Heat, já o Lakers fez a rapa e ficou com Steve Nash e Dwight Howard.

Já toquei nesse assunto há algum tempo, mas vou repetir e me aprofundar. Será que é tão estranho ter poucos times realmente favoritos ao título? Para essa temporada coloco Miami Heat e Boston Celtics como favoritos ao Leste e San Antonio Spurs, OKC Thunder e Los Angeles Lakers no Oeste. São 5 candidatos ao campeonato, que seriam 6 se Derrick Rose estivesse inteiro para liderar seu Chicago Bulls. Os 6 times seriam 20% de toda a NBA, acho que um número bem razoável de candidatos reais ao título.

Vendo isso penso em quantos campeonatos no mundo, em qualquer esporte, tem 20% de suas equipes com chances de vencer o torneio. No futebol europeu isso não existe! Desde a Premier League da Inglaterra, a  mais assistida ao redor do mundo, até o Cameponato Espanhol e a Bundesliga da Alemanha, todos tem até menos times que a NBA e nem assim tem 5 favoritos óbvios. E, mais importante, isso não deixa os campeonatos mais chatos ou menos divertidos. E não é só no futebol, o tênis nunca foi tão previsível (são os mesmos 4 semi-finalistas em todo Grand Slam) e mesmo assim tem audiência recorde na sua história. Uma teoria do livro Soccernomics, ótima obra de Stefan Szymanski e Simon Kuper, diz que as pessoas gostam de assistir um campeonato sabendo quem é quem, que time é bom e qual é ruim, qual é a zebra e quem é o saco de pancadas. Uma coisa onde tudo pode acontecer é randômico demais para as pessoas se envolverem. Eu tive mais certeza que essa teoria tinha uma boa base quando os nossos Brasileirões por aqui ficavam muito disputados e as pessoas diziam que “ninguém quer ganhar o título” ou que era “nivelado por baixo”. Podemos afirmar o contrário, mas amamos os super times (nem que seja para torcer contra).

Então a NBA até tem um número razoável de times favoritos (pelo menos a ponto de não ser uma disputa entre dois times como tem sido o Campeonato Espanhol), mas não é tão aberto que deixa as pessoas confusas e sem saber o que esperar. Mas se isso foi resolvido, como está a questão dos times fortes ficarem cada vez mais fortes? Era isso que tantas franquias pequenas queriam resolver no locaute e que não parece ter dado muito certo diante das contratações realizadas nos últimos meses.

Um dos problemas é que os jogadores cada vez mais querem ser campeões. Sei que isso soa ridículo, todo mundo sempre quis, mas hoje parece ser uma cobrança ainda mais exagerada. Acho que pesa o fato de que jogadores fora do comum como Charles Barkley, Patrick Ewing e Karl Malone ficarem marcados para sempre não como jogadores ótimos, mas como jogadores-ótimos-que-nunca-foram-campeões. Na era das listas de melhores em tudo, sempre pesa os títulos e os jogadores ficam preocupados com o legado que vão deixar. Quer dizer, tem muito jogador preocupado só em conseguir um contrato no próximo ano, mas as super estrelas querem o título e para isso nada melhor do que se juntar a uma equipe que já é forte. Apenas regras fortíssimas, ditaduras, poderiam impedir jogadores sem contrato a ir para onde ele bem entender e isso não vai acontecer tão cedo.

Mas aí chegamos em outro ponto, esses tais “times fortes” que os jogadores correm atrás para serem campeões são sempre os mesmos? Para saber disso fiz um levantamento sobre as finais de conferência do Leste e do Oeste nos últimos 20 anos. Será que varia muito no Top 4 de cada temporada?

No Leste foram 11 times diferentes disputando as finais de conferência nos últimos 20 anos: Pacers (6 vezes), Pistons (6), Heat (6), Bulls (5), Knicks (4), Celtics (4), Magic (3), Cavs (2), Nets (2), Sixers (1) e Bucks (1). Ou seja, dos 15 times que hoje disputam o Leste, somente 4 nunca alcançaram uma final de Conferência. E entre os times que mais vezes chegaram longe estão 3 times de mercados considerados pequenos ou médios, Indianapolis, Detroit e Miami.

No Oeste foram também 11 times diferentes que alcançaram as finais de conferência nas últimas 20 temporadas: Lakers (8 vezes), Spurs (7), Jazz (5), Suns (4), Mavericks (3), Rockets (3), Sonics/Thunder (3), Blazers (2), Wolves (1), Kings (1) e Nuggets (1). Para isso considerei oficialmente o Thunder uma continuação do Sonics, mas de qualquer forma a mudança seria mínima. Aqui a mesma coisa, dos 15 times que disputam o Oeste, somente 4 não chegaram a essa etapa afunilada da competição. E apesar do domínio do Lakers, em seguida aparecem dois mercados minúsculos, os de San Antonio e o de Salt Lake City. O papo de que só time rico que tem chance é uma balela se analisarmos os últimos 20 anos da liga.

Quem não chegou no Oeste foram os historicamente mal administrados Clippers e Warriors, o New Orleans Hornets e o Memphis Grizzlies. Todos, porém, já tiveram bons times e alcançaram as semi-finais de Conferência mais de uma vez. O Grizzlies deve ganhar um pequeno desconto nessa conta porque só entrou na NBA em 1995, pouco depois do início da nossa contagem. No Leste não chegaram em finais o Raptors (que entrou em 95 também), Hawks (o rei da 2ª rodada dos Playoffs), Wizards e o caçula da NBA, o Charlotte Bobcats, que só existe desde a temporada 2004/05.

 

Acho que esses dados já dizem muita coisa. Cada conferência tem times que tem sucesso mais constante que outros, mas parece ser muito mais um misto de competência (montar boas equipes, fazer boas trocas) e sorte (conseguir um cara fantástico no Draft) do que uma regra desleal do campeonato. Se o Bucks chegou só uma vez em finais do Leste é muito mais porque Michael Redd e Andrew Bogut não conseguiram se manter saudáveis do que por injustiça da NBA. E de todas as estrelas dos Lakers nos últimos anos só uma foi adquirida no sistema “Venha para Los Angeles, somos espetaculares”, Shaquille O’Neal. O resto foi via Draft ou em trocas que qualquer outro time poderia ter feito.

A impressão que tenho é que, especialmente com as regras do Draft e do teto salarial, a NBA se preocupa até demais e mais do que qualquer outra liga em dar chances iguais a todas suas 30 franquias. Um exemplo em números: O Boston Celtics tem 21 títulos de conferência Leste, mas apenas 5 desde que o Salary Cap foi criado na temporada 1984-85. E isso contando o tri-campeonato que conseguiram logo depois da criação do teto salarial, quando tiveram algumas regalias (como a Bird Exception batizada assim porque foi usada primeiro com Larry Bird) que permitiu a manutenção daquele excelente time. Se isso é desleal, o que seria justo? Distribuir as estrelas igualmente entre os times?

Isso traz um novo assunto. Será que hoje, com as modinhas de Big 3 e Fab Four, as estrelas da NBA estão concentradas em menos equipes do que antigamente? Vamos descobrir, mas para isso precisamos antes descobrir o que são “estrelas”. Para essa lista eu decidi não usar números de All-Star Game, já que muitos jogadores vão para a partida da estrelas por votos populares que nem sempre traduzem quem são os melhores em quadra e que valorizam os times que tem mais torcida, os de mercado grande. Usarei então os All-NBA Teams, os 3 times votados por jornalistas norte-americanos com os melhores jogadores em cada posição. É como uma votação de MVP dividida por posições. Será que hoje são mais jogadores de mesmo time na lista? Vamos considerar as últimas 20 temporadas.

92/93 – 15 jogadores de 12 times diferentes
93/94 – 15 jogadores de 13 times diferentes
94/95 – 15 jogadores de 9 times diferentes
95/96 – 11 times diferentes
96/97 – 12 times diferentes
97/98 – 12 times diferentes
98/99 – 12 times diferentes
99/00 – 13 times diferentes
00/01 – 12 times diferentes
01/02 – 12 times diferentes
02/03 – 13 times diferentes
03/04 – 13 times diferentes
04/05 – 12 times diferentes (Único Trio de um mesmo time – Nash/Marion/Stoudemire do Suns)
05/06– 12 times diferentes
06/07 – 13 times diferentes
07/08 – 10 times diferentes
08/09 – 13 times diferentes
09/10 – 13 times diferentes
10/11 – 13 times diferentes
11/12 – 10 times diferentes

Nos últimos 5 anos, por duas vezes a NBA alcançou um mínimo de apenas 10 times compartilhando os 15 melhores jogadores da temporada, sendo a última vez nessa temporada que acabou em Junho. Mas nos anos entre essas marcas foram sempre 13 times, número que mais se repetiu ao longo dos últimos 20 anos de NBA.  Podemos até viver uma época onde essa concentração de estrelas seja mais comum que no passado, mas não parece algo tão alarmante assim. Pelo menos por enquanto. Veremos a partir da temporada 12/13 se o número se normaliza e volta aos 12 ou 13 ou se a média de 10 times vai continuar.

Temos que levar em conta também que esses votos levam muito em consideração a campanha de um time na temporada. Por melhor que fosse o Monta Ellis, por exemplo, em muitos anos de sua carreira, ele nunca ganhou muitos votos para os All-NBA Teams porque não se classificava para os Playoffs. Então acho até que existe pouca concentração de jogadores do mesmo time nessas listas de All-NBA se pensarmos que é muito raro um jogador que não se classificou para a pós-temporada entrar no resultado final. De qualquer forma, a própria definição de “estrelas” ou simplesmente “ótimos jogadores” deixa difícil a gente definir se hoje essa concentração é muito maior que no passado.

 

A comparação dos números com a opinião de alguns torcedores e críticos me leva à conclusão simples de que a memória das pessoas é curta. A concentração de estrelas em Boston chamou a atenção pelo jeito que foi feita, tudo de uma vez, mas grandes trios sempre existiram, com um pouco mais ou menos de talento, entrosamento e resultados. O Sacramento Kings de 2002 teve Chris Webber e Peja Stojakovic no ápice de suas carreiras, ao lado de Mike Bibby na sua melhor forma e Vlade Divac ainda muito bom. O Mavericks da mesma época tinha o excelente trio ofensivo de Steve Nash, Michael Finley e Dirk Nowitzki. Nos anos 90 o Rockets juntou nada mais do que Hakeem Olajuwon, Charles Barkley e Clyde Drexler no mesmo time! Teve o Lakers de 2004 com Gary Payton, Kobe Bryant, Karl Malone e Shaquille O’Neal também. E sabe o que todos esses times tem em comum? Não ganharam porcaria nenhuma de título juntos.  Ou seja, não é garantia de nada.

E tem outro lado, alguém aqui preferia que Michael Jordan, Scottie Pippen e Dennis Rodman nunca tivessem jogado juntos? Ou que Larry Bird, Robert Parish e Kevin McHale se espalhassem por times médios da NBA durante os anos 80? Não consigo acreditar que a NBA tivesse sido melhor dessa forma. Se por algum acaso a concentração crescer ainda mais e for mantida por anos, o que eu não apostaria, as reclamações podem fazer um pouco mais de sentido. Por enquanto é só reação desesperada de pessoas com memória curta.