Metade do trabalho

Na minha previsão da temporada coloquei o Los Angeles Clippers como um dos grandes favoritos ao título. Não acho que eles estejam só no grupinho da elite do Oeste, mas que tem calibre para ir a uma final da liga e brigar de igual pra igual com Indiana Pacers, Miami Heat ou qualquer outro que vier de lá. Virei motivo de chacota porque poucos dias depois de ter dito isso, o Clippers foi destruído pelo Lakers na estreia da temporada. Mas apagão a parte, o time acordou depois disso.

Com 7 vitórias e 4 derrotas o Clippers já está lá chegando em Warriors, Spurs e Blazers (quem diria!) no topo do Oeste. E isso com um dos calendários mais difíceis da liga até agora: já enfrentaram Wolves, Thunder, Heat, Rockets (duas vezes), Nets e Grizzlies. Meu palpite, portanto, ainda é prematuro, mas longe de ser piada ou sonho distante. As vitórias sobre o Rockets foram dominantes, e a sobre o Thunder simbólica e mais animadora até aqui.

Clippers1

As qualidades deste grupo são conhecidas, basicamente as mesmas desde que Chris Paul chegou ao grupo há duas temporadas. Defender o pick-and-roll deles é sempre um cobertor curto porque Paul é mestre no arremesso de meia distância, sabe infiltrar e pode achar Blake Griffin ou DeAndre Jordan em uma ponte aérea a qualquer momento.  O time também é veloz, sabe usar turnovers dos adversários para criar pontos fáceis. No fim das contas eles já estão no Top 10 em pontos de contra-ataque (8º, 19.7 pontos por jogo), em pontos no garrafão (7º, 43.5 pontos), tem o melhor ataque da NBA em pontos marcados e o segundo melhor em pontos por posse de bola.

Se tem uma coisa onde eles não são grande coisa, pelo menos ainda, é na bola de três pontos. Parte essencial de qualquer equipe (menos o Grizzlies) na atualidade, só tem 34% de acerto do Clippers na atual temporada apesar da contratação de JJ Redick. O ex-Magic acerta 37% dos arremessos dele, mas Jared Dudley (32%), Byron Mullens (30%), Matt Barnes (25%) e Chris Paul (irgh, 23%) não tem ajudado em nada apesar da fama de cada um em ser pelo menos razoável nessas bolas.

Mas pensem bem, se mesmo assim eles fazem ponto a rodo, é bom ficar esperto com os caras. Para se ter uma ideia, até em uma das jogadas menos eficientes do basquete eles estão bem. O famoso ISO, a isolação de um jogador no mano-a-mano, não costuma render muitos pontos nem para os jogadores mais talentosos, mas até nesse tipo de lance o Clippers está com bom aproveitamento: 40% dos lances acabam em pontos, 3ª melhor marca da NBA. Acho que é esse o momento que lembramos que eles tem Jamal Crawford no elenco, né?

O principal segredo para o ataque ultra eficiente é que eles tem arma para quase tudo que se pode fazer numa quadra de basquete. Chris Paul e Darren Collison sabem atacar o garrafão, eles sempre tem pelo menos dois arremessadores de 3 pontos em quadra para ocupar a marcação (apesar do aproveitamento baixo, ninguém deixa um especialista lá sem marcação) e eles fazem tudo isso com velocidade, já que o Clippers é um dos times mais jovens e atléticos da liga. Aliás a capacidade atlética do Clippers está sendo a solução para o grande problema ofensivo deles nos últimos anos, as jogadas de garrafão.

Clippers2

Já cansamos de criticar a falta de evolução de Blake Griffin. Ele é fantástico, mas é o mesmo fantástico que entrou na NBA há anos e anos atrás. Seu arremesso não melhorou tanto assim, o controle de bola não evoluiu, a defesa ainda é uma piada, o timing para os tocos nunca apareceu e por aí vai. Muito talento, faz muita diferença, mas não vemos aquele constante aprendizado que vemos em outros jovens promissores como Derrick Rose e Paul George. Em outras palavras, custa ser o milésimo jogador da história a contratar o Hakeem Olajuwon para umas aulas? Se bem que Dwight Howard e JaValle McGee não parecem exemplos de estudantes que deram certo…

Mas e se eu te contar que dados do SynergySports colocam Blake Griffin como o 9º melhor jogador desta temporada em jogadas de post-up? Sim, Griffin está no Top 10 de aproveitamento quando começa uma jogada no garrafão, de costas para a cesta. E não é que ele é como Anthony Davis, que tenta pouco a jogada, até aqui foram 38 lances em 11 partidas, com 21 acertos. 

O segredo do sucesso está nesse vídeo que eu preparei. Separei alguns de seus post-ups nos jogos contra o Memphis Grizzlies e o Brooklyn Nets.

Sacaram o segredo da coisa? É a tal semi-transição que é tão comentada pelos gringos. Não é rápido como um contra-ataque do Phoenix Suns dos bons tempos, mas é um ataque direto, veloz, que às vezes nem passa pela mão do armador, mas que visa colocar a bola no campo de ataque o mais rápido possível. Algum jogador se ocupa de garantir o rebote enquanto Griffin dispara em direção à cesta. Lá, chegando antes, é mais fácil garantir uma posição boa, próxima da cesta e sem risco de marcação dupla. Isso significa que Griffin não vai precisar ler a defesa adversária ou trabalhar muito o seu oponente, basta um ou dos movimentos rápidos e explosivos para ganhar um fácil gancho. Exclui o que ele é ruim, foca no que ele é bom.

Não sei dizer se isso é algo armado por Doc Rivers, mas isso é provável e muito bem pensado. É um jeito de aproveitar a velocidade e o poder físico absurdo de Blake Griffin sem ficar dependendo de pontes aéreas ou enterradas. Todos os times da NBA já sabem que devem impedir espaços para as passadas de Griffin a qualquer custo; todos os jogadores sabem que devem fazer uma falta dura antes de virarem o próximo Mozgov. E bastou isso para Griffin virar mais humano.

Até defendi, um tempo atrás, que de uma hora para outra, DeAndre Jordan virou mais imprescindível para o Clippers do que Griffin. Pensem bem: os dois tem o lado negativo de serem caros e terem péssimos lances-livres. Ambos são igualmente perigosos no pick-and-roll e nas pontes aéreas. Mas Jordan, apesar de suas falhas, faz mais diferença na defesa, inibe infiltrações e se posiciona (um pouquinho) melhor para os rebotes defensivos. Em jogos onde Griffin não conseguia jogar atacando a cesta como gosta, valia mais a pena jogar com vários jogadores baixos e Jordan no meio. Mas vocês devem imaginar a dor de cabeça que daria para o técnico e mesmo dentro do grupo, ficar colocando Griffin no banco em momentos decisivos. Trocá-lo então, nem pensar!

A solução era adaptar o estilo de jogo ao que Griffin sabe fazer e até aqui é isso que tem acontecido. Olhem no gráfico abaixo como Griffin está conseguindo não só bom aproveitamento, mas grande quantidade de arremessos próximos ao aro. Ainda acho que ele insiste muito em arremessos longos de dois pontos, que são péssimos e que ele não sabe fazer, mas acho que não dá pra pedir tudo de uma vez.

Griffin shotchart

Mas se algo está no caminho entre o Los Angeles Clippers e um título é a defesa.  O time é o 28º em pontos sofridos por jogo e o 29º em pontos sofridos por posse de bola. Mas o pior número, na minha opinião, é o de rebotes: 27% dos arremessos errados por seus adversários viram uma posse de bola extra devido a um rebote ofensivo.

Separei aqui um outro vídeo do jogo de ontem entre Grizzlies e Clippers, este só com rebotes ofensivos do Grizzlies que viraram cestas imediatas. Em um lance Chris Paul esquece Tony Allen embaixo da cesta e não avisa ninguém, no outro DeAndre Jordan perde de Zach Randolph mesmo chegando mil metros mais alto. Mas acho que nenhum supera o de Kosta Koufos que corre sozinho para o garrafão e não recebe um boxout sequer após o arremesso errado de Mike Miller.

O jogo foi disputadíssimo e muito bem jogado, como costumam ser entre essas duas equipes, mas também foi a quinta vitória seguida do Grizzlies sobre o Clippers se lembrarmos dos Playoffs da temporada passada. Lá, como ontem, o garrafão do Clippers, apesar de seu tamanho e poder atlético, foi esmagado e cedeu cestas importantes demais.  Grizzlies não tem bons arremessadores, o Clippers até consegue explorar isso, mas toda a defesa bem feita morre quando o rebote não é assegurado. Sei que estamos falando do Grizzlies, um dos melhores times da NBA no fundamento, mas os números mostram que os erros acontecem sempre.

Para um time ser tão ruim na defesa, existem outros problemas além do rebote. Geralmente times bons defensivos se destacam ou por forçar erros, desperdícios de bola, caso do Memphis Grizzlies; ou se destacam por proteger bem a cesta e forçar arremessos de baixo aproveitamento, caso do San Antonio Spurs. Mas o LA Clippers força poucos erros, é apenas o 22º em turnovers forçados por posse de bola; e é o 3º pior time em aproveitamento de arremesso dos adversários. Atrás só os desastrosos Washington Wizards e Detroit Pistons. Ou seja, contra o Clippers você pode ter certeza que seu time vai ter bom aproveitamento dos chutes e que pouco vai perder a bola. E não se preocupe, se por acaso o arremesso não cair de primeira, grandes chances de rebote cair na sua mão de novo. Como vencer assim?!

É difícil ensinar defesa de um dia pro outro, mas me recuso a aceitar que Blake Griffin e DeAndre Jordan, com a força e explosão que têm, não são capazes de se transforarem em uma dupla pelo menos razoável de defensores. A frente deles, Chris Paul, Matt Barnes e Jared Dudley já provaram que são ótimos defensores individuais, será que o Doc Rivers não consegue implantar alguma comunicação entre eles para que as coisas funcionem também coletivamente? Apesar da base da defesa do técnico em Boston ter sido implementada por Tom Thibodeau, quero acreditar que Rivers não ficava só lá sentado no cantinho comendo Doritos. A boa defesa dos verdes durou anos depois e era a marca do treinador, ele tem a capacidade de treinar um bom sistema defensivo e tem alguns meses para transformar esse grupo em algo mais equilibrado.

Lá na frente as coisas fluem cada vez melhor e brilham até nos dias que as bolas de longe não estão tão calibradas assim. Um pouco mais de atenção nos rebotes, de defesa, especialmente no pick-and-roll e nos passes que vivem cortando o garrafão deles, e aí sim o Los Angeles Clippers entra oficialmente na lista de candidatos ao título. Ficaremos de olho.

….

– Não sei se vocês viram no Facebook, mas estou atrás de pessoas que saibam editar vídeos. Estou conseguindo separar alguns vídeos, mas queria fazer com qualidade e com mais recursos. Quem puder ajudar é só entrar em contato.

4 jogos, 4 classificados

Essa foi uma rodada que mereceu ser assistida, não resumida. Foram 4 jogos, 4 séries encerradas e 4 partidas cheias de altos e baixos, emoções, faltas duras, jogadores nervosos e grandes jogadores fazendo grandes jogadas.

Jeff Green

A noite começou com Boston Celtics e New York Knicks se enfrentando ao mesmo tempo que o Indiana Pacers visitava o Atlanta Hawks. O roteiro para assistir esses jogos já estava feito, quem não fez assim bobeou. Explico: quem quer assistir o Pacers jogando basquete de meia quadra para cozinhar jogo? Ninguém, então bora assistir o começo da outra partida. Foi o bastante para ver o NY Knicks esmagar o Celtics com 21 a 5 logo nos primeiros minutos e então segurar os verdes a apenas 27 pontos em todo o primeiro tempo.

Enquanto o Celtics tomava um vareio histórico em casa, era hora de ir conferir como andava a partida lá em Atlanta, que normalmente só esquenta mesmo na segunda etapa. Chegar só no segundo tempo serviu também para se escapar do período mais feio dos Playoffs 2013: o segundo quarto foi vencido pelo Pacers por patéticos 16 a 9. Na série entre Nuggets e Warriors, 16 a 9 era só o primeiro minuto do jogo.  Na segunda etapa a coisa melhorou e pudermos ver o Pacers insistindo com a equipe alta que eles usaram, com sucesso, no Jogo 5. David West foi novamente bem com 21 pontos e até o errático Roy Hibbert fez grande jogo com 17 pontos e 11 rebotes. Os dois também seguraram Al Horford (15 pontos) e Josh Smith (14 pontos) a suas piores atuações ofensivas na série.

No final da partida a coisa até esquentou, o Hawks ameaçou uma reação para honrar a torcida, que, ao contrário da temporada regular, realmente compareceu ao ginásio. O time cortou a vantagem para 5 a 40 segundos do fim, o técnico Larry Drew pediu um tempo, chamou a jogada e… Josh Smith forçou um arremesso marcado de 3 pontos e tomou toco. Fim de qualquer chance de virada. Poderia ter fim mais simbólico para Josh Smith no Hawks? Realmente duvido que renovem com o ala.

Mas a maioria das pessoas nem viu esse fim de jogo do Hawks ao vivo, isso porque o script manda você não abandonar os jogos do Celtics quando eles estão tomando surra. Você só dá uma olhada nos outros jogos e volta correndo para o último quarto, quando o time-zumbi da NBA vai levantar dos mortos e tentar voltar à vida. O Celtics estava perdendo por VINTE E SEIS pontos no começo do último quarto e, de repente, naquele esquema defesa-bolas-que-inflam-a-torcida, eles fizeram 20 pontos seguidos e cortaram a diferença para 6 pontos a alguns minutos do fim da partida. O barulho da torcida fazia o ginásio do Warriors parecer uma tarde de bingo.

Mas embora essa reação tenha sido uma das coisas mais legais da temporada, um grande motivo de orgulho para os torcedores do Celtics e seus jogadores, ela não foi o bastante. Carmelo Anthony (21 pontos, 7 rebotes) respondeu com pontos de lance-livre, depois uma bola de 3 e depois com ótima defesa sobre Paul Pierce (14 pontos), que resultou em contra-ataque com a cesta mortal de JR Smith (13 pontos). Não tenho ideia de como vai ser o futuro do Celtics, mas se eles conseguirem que Rajon Rondo, Jeff Green e Avery Bradley herdem essa raça e entrega de Paul Pierce e Kevin Garnett, já está mais do que bom.

Muito dessa reação tardia do Celtics tem a ver com questões táticas. Times que não conseguem atacar o aro e vivem de arremesso sempre tem altos e baixos dentro dos jogos, mas muito também vêm da concentração da equipe. É bonito e digno de estudo a maneira com que tantas vezes esse Boston Celtics age como se fosse um corpo único, com todos os jogadores na mesma página em termos de confiança e energia, seja para bem ou para o mal. Tenho certeza que se o Knicks for longe nesses Playoffs, irão dar crédito ao aprendizado dessa série.

Destaques do jogo: Jeff Green foi o jogador mais regular do Celtics na série e ontem foi ótimo com 21 pontos e 5 rebotes. Avery Bradley finalmente reencontrou sua defesa ontem e saiu de quadra com 10 pontos e 3 roubos de bola. Pelo Knicks, partidaça de Iman Shumpert, que fez 17 pontos e pegou 6 rebotes. Shumpert já é ótimo defensor, se conseguir marcar pontos com regularidade se torna automaticamente um dos jogadores mais importantes do Knicks ao lado de Carmelo Anthony e Tyson Chandler.

 

No Oeste estava difícil saber o que assistir. Eu não me decidi e fiquei com Memphis Grizzlies x LA Clippers na TV enquanto Houston Rockets x OKC Thunder rodava no computador. Foram dois ótimos jogos, que pareceram decididos umas mil vezes antes de realmente estar.

Comecemos pelo jogo do Thunder, que finalmente conseguiu fechar a série contra o time do nosso querido Danilo. O primeiro tempo foi dominado por Kevin Martin e Reggie Jackson, a nova versão diet de James Harden e Russell Westbrook para Kevin Durant. Sabendo que Durant não tem pernas para ser gênio por 48 minutos, os dois resolveram ter confiança pela primeira vez na série e partiram para cima. Martin fez 19 de seus 25 pontos no primeiro tempo, Jackson marcou 10 de seus 17 antes do intervalo.

E não foram só os dois que pareciam mais confiantes. Serge Ibaka, Nick Collison e Thabo Sefolosha estavam jogando pra valer, não só procurando Durant. Claro que os arremessos dele não caem sempre, claro que fazem várias cagadas quando são obrigados a ir além de seus talentos, mas algumas vezes dá certo também. E isso que faltou nos últimos jogos, quando só hesitavam e tocavam de lado nem davam a chance de algo bom acontecer. Foi nesse jogo confiante e capenga que o Thunder levou uma liderança magra para a segunda etapa.

E o terceiro quarto foi uma aberração da natureza. O Houston Rockets começou fazendo 18 a 4 a abrindo vantagem de mais de 10 pontos, Chandler Parsons (25 pontos, 6 bolas de 3) estava acertando qualquer arremesso que tentava. Ele estava tão quente que o pessoal tava caindo em suas fintas até quando ameaçava arremessar a 2 metros da linha de 3 pontos. Junto de Parsons, estavam também Omer Asik (13 pontos, 13 rebotes) e James Harden (26 pontos, 7 assistências) pegando fogo.

Quando o Houston Rockets parecia que ia deslanchar e forçar um Jogo 7, o OKC Thunder surgiu das cinzas e simplesmente destruiu com a partida. Sim, Kevin Durant (27 pontos) fez parte da reação, mas deem crédito especial para o banco de reservas deles e, em especial, o imortal Derek Fisher. Sim, aquele. Depois de ameaçar aposentadoria mil vezes e enganar o Dallas Mavericks, cá está ele de novo, pelo milésimo ano seguido, acertando bolas decisivas em jogos enormes de Playoff. Foram 11 pontos, 3 bolas de 3 pontos e a melhor defesa sobre James Harden de toda a série. Sem brincadeira, deixou Sefolosha no chinelo. Forçou muitos turnovers, roubou bolas e saiu de quadra com um saldo de pontos de +32! TRINTA E DOIS! Tipo, metade da idade dele.

O Houston Rockets chegou perto da zebra, poderia ter até vencido outros jogos antes desse, mas o OKC Thunder conseguiu achar um pouco da sua identidade na hora certa. Ótimo banco de reservas e boa defesa no último quarto, vencido por 25 a 17. Isso lembra o bom Thunder do ano passado e da temporada regular deste ano.

 

Por fim, o que foi essa vitória do Memphis Grizzlies sobre o Los Angeles Clippers? Foram 33 faltas do Clippers, 26 para o Grizzlies, 47 lances-livres cobrados pelo Grizzlies, 7 faltas técnicas, 2 jogadores expulsos! Putaquemepariu, foi uma guerra.

Este foi um daqueles jogos que mostram como Playoff é algo delicado, pequeno, cheio de coisas imprevisíveis que fazem a temporada regular parecer uma bobagem maior do que já é. O Memphis Grizzlies, um dos times que menos arremessa de 3 na NBA, garantiu a vitória com os arremessos de longa distância. O Los Angeles Clippers não conseguia impôr seu ritmo no garrafão e jogou com um small ball que não tentou ao longo de todo o ano. O grande nome do ataque do Clippers foi o defensor Matt Barnes (30 pontos!), enquanto do outro lado quem comandou o time no ataque, especialmente no primeiro tempo, foi o Tony Allen (19 pontos, 7 rebotes, 5 assistências, 4 roubos), que mal sabe acertar bandejas! Isso sem contar o Blake Griffin jogando com o tornozelo destruído, Grant Hill recebendo minutos pela primeira vez na série, o Grizzlies obrigado a usar quintetos estranhos porque Gasol, Randolph e Conley tinham todos 5 faltas no meio do último quarto. Deus pai, foi um jogo daqueles.

Em entrevista após o jogo, o técnico do Clippers Vinny Del Negro explicou a estratégia do Clippers para a partida. Eles queriam tirar o jogo das mãos de Marc Gasol (10 pontos, 7 rebotes) e Zach Randolph (23 pontos, 5 rebotes). Nada deles receberem a bola, nada de rebotes ofensivos e, se recebessen, sofreriam com marcação dupla o jogo todo. Que o resto do time se matasse para batê-los, que fizessem os arremessos.

O problema é que o Grizzlies é um time com ótimos passadores e, mais importante, com caras que entendem o jogo de basquete. Percebendo as dobras nos pivôs, Tayshaun Prince e Tony Allen fizeram a festa no primeiro tempo com cortes em direção à cesta. Vinham pelo lado livre do garrafão e tinham ângulo perfeito para finalizar. Quando não existia o corte, tinha o arremesso. E aí precisamos dar crédito para jogadores que não são considerados grandes chutadores e que hoje fizeram quando mais importava: Quincy Pondexter, Jerryd Bayless e até Darrell Arthur fizeram arremessos importantíssimos sempre que o Clippers ameaçava reagir. E, claro, Mike Conley foi fantástico com 23 pontos, 7 assistências e 3 bolas de 3 pontos.

A estratégia do Los Angeles Clippers foi válida, mas mal executada. A ideia das dobras no garrafão foi boa, mas muitas vezes foi afobada e deixou linhas de passe fáceis para o Grizzlies rodar a bola. Na briga pelos rebotes o Clippers até se deu melhor, mas foram muitas faltas marcadas em bolas soltas, quando eles tentavam vencer a posse na base do atropelamento. O mesmo vale para tentativa de roubos de bola, foi muita vontade para pouca cabeça e os lances-livres acabaram matando o jogo deles.

O plano de Del Negro de usar escalações mais baixas foi motivado, em parte, pela lesão de Blake Griffin, mas também porque eles apanharam lá dentro nos últimos jogos. Já tinha sido assim no ano passado, mas na ocasião eles puderam responder com Kenyon Martin e Reggie Evans, mas e agora? Ronny Turiaf e Ryan Hollins não tiveram o mesmo impacto. O resultado foi Lamar Odom marcando Marc Gasol, Matt Barnes em Zach Randolph e todo o problema de entrosamento desse grupo novo que citamos acima. E as experiências não pararam por aí. O melhor reserva da temporada, Jamal Crawford, nem pisou em quadra no segundo tempo, enquanto Grant Hill, que nem vinha jogando, atuou por 20 minutos. O bom Eric Bledsoe, que foi bem marcando Conley ao longo da série, ficou só 9 minutos em quadra.

Eu não sou um dos que odeiam o Del Negro, e entendo o que ele quis fazer. Grant Hill é experiente e realmente entrou bem no jogo, assim como Willie Green. Também é verdade que Crawford estava muito mal, mas com o seu time perdendo por 10 no último quarto você TEM QUE colocar na quadra um cara como ele, que é capaz de marcar pontos na velocidade da luz. Mesmo que tenha ido mal no começo do jogo ou na última partida, é nessa hora que você deve confiar no que fez o resto do ano. Vinny Del Negro é inteligente e evoluiu muito neste ano, dando mais personalidade, defesa e jogadas para esse Clippers. Mas quando chegou na hora da água bater na bunda, ele mesmo não confiou no que fez o resto do ano e tentou uma solução inovadora até demais. Não acho que veremos ele no banco do Clippers no próximo ano.

Grizzlies sobrevive; Bulls assume a liderança

Vocês perceberam como a disputa entre Miami Heat e Milwaukee Bucks está sendo completamente ignorada pelas TVs? Não só no Brasil, mas nos EUA, os jogos do atual campeão da liga estão sendo jogados nos piores horários e não passam em rede nacional na TNT ou ESPN. Desrespeito? Não, acho que é excesso de respeito. Todo mundo quer assistir às séries mais disputadas e esse time do Heat é tão bom, tão bom, que ninguém crê na mínima chance de um jogo realmente disputado contra o Bucks.

Ontem o time dos veadinhos até que tentou, fez bom primeiro tempo e chegou a liderar o jogo, mas alguém realmente acreditou? A defesa do Miami Heat deu mais uma aula na noite de ontem e bastou que o time esquentasse um pouco no ataque para que disparasse na frente. Curiosamente ontem o ataque subiu de nível quando Ray Allen, Udonis Haslem e, veja só, Chris Andersen entraram em quadra. Allen quebrou o recorde histórico de número de bolas de 3 na carreira em Playoffs, Andersen fez muitas cestas em cortes para a cesta, recebendo ótimos passes e logo a diferença beirou os 20.

Mas impressionante mesmo foi a defesa. Nessas horas que eu queria acesso a vídeos e um bom computador para editá-los. A defesa do Miami Heat na noite de ontem merecia ser analisada jogada a jogada, desde as inúmeras dobras na marcação sobre Monta Ellis ou Brandon Jennings ainda longe da cesta, até toda a recuperação para que essa dobra não significasse alguém livre, terminando em todos se fechando no garrafão quando alguém tentava atacar a cesta. Coisa linda, coisa de time entrosado, treinado e com jogadores capacitados em todas as posições.

 

Em Chicago, o Bulls conseguiu vencer de novo e assumiu a liderança sobre o Brooklyn Nets. O resultado foi até surpreendente se você lembrar daquele Jogo 1, quando o Nets fez seu melhor jogo na temporada e destroçou o Bulls. Ontem o time de Tom Thibodeau fez um excelente

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3º período para abrir mais de 10 pontos de frente e carregar a vitória dali.

Mas se no Jogo 2 o Bulls tinha atacado feio e dependido muito de seus reservas, ontem a movimentação de bola foi mais fluida e as estrelas do time apareceram para jogar. Não significa que o placar ou o aproveitamento foram altos, claro, mas nossos olhos doeram menos. Carlos Boozer foi espetacular com 22 pontos e 16 rebotes, Luol Deng conseguiu 21 pontos e 10 rebotes e juntos eles conseguiram suprir o péssimo aproveitamento de 3/15 bolas de 3 pontos. O Bulls marcar só 79 num jogo não é tão surreal, é o jeito e as limitações deles, mas segurar o Nets a 76 foi fora de série.

Pelo Nets, mais uma vez Deron Williams foi empacado pela defesa exemplar de Kirk Hinrich e pela cobertura de garrafão perfeita de Joakim Noah. Sem ele para criar jogadas, o Nets ficou claramente mais limitado e dependendo dos arremessos de longa distância, que novamente não caíram: 5/21 nas bolas de 3 pontos. A pior delas foi na última jogada, quando o Nets heroicamente se recuperou no jogo, cortou a diferença para 3 pontos no minuto final e teve a bola do empate nas mãos de CJ Watson, que deu um airball. Gosto de quando uma defesa dobra a marcação no melhor arremessado adversário (no caso, Joe Johnon) e obriga ele a passar a bola. Melhor Watson arremessando sem marcação do que JJ no mano a mano.

 

No último jogo da noite, o Memphis Grizzlies tinha que vencer o Los Angeles Clippers para não ficar num buraco de 3-0, e eles conseguiram com uma atuação espetacular da dupla Zach Randolph e Marc Gasol, que tinha sido discreta nos jogos de Los Angeles. O nosso gordinho favorito, Randolph, teve 27 pontos e 11 rebotes, 6 deles ofensivos. Gasol fez 16 e pegou 8 rebotes, além da defesa que o fez merecer o prêmio de melhor defensor da temporada .

Foram 3 as chaves para essa vitória do Grizzlies: (1) Seguraram Chris Paul a míseros 8 pontos, 4 assistências e, preparem-se, 5 turnovers! Fui pesquisar e descobri que nessa temporada foi apenas a segunda vez que Paul teve mais desperdícios de bola que assistências, a outra vez foi numa derrota para o Dallas Mavericks quando ele deu 5 assistências e cometeu 7 turnovers. Na temporada passada, sua primeira pelo Clippers, também só aconteceu uma vez. É coisa rara, mermão. (2) Rebotes ofensivos, o Grizzlies pegou 17 rebotes de ataque contra apenas 5 do Clippers! O ataque do Grizzlies não é tudo isso e é nessas bolas, os Z-bounds, que eles fizeram o maior estrago. (3) Quincy Pondexter, o ala veio do banco, marcou quase todos seus 13 pontos na etapa final e fez bolas importantíssimas todas as vezes que o Clippers ameaçava cortar a vantagem para menos de 5 pontos.

Segurar Chris Paul é o mais difícil de se repetir entre esses feitos. Mike Conley defendeu bem demais ontem, mas até aí já vimos Chris Paul superar defesas espetaculares outras vezes. De qualquer forma a defesa do pick-and-roll foi muito bem feita e pode dar resultados em outros jogos. O que eles não podem se dar ao luxo de não repetir, especialmente nos jogos em casa, são os rebotes de ataque. É dentro do garrafão que esse time funciona e sem isso não tem chance contra o Clippers ou mesmo qualquer outro time.

Times raçudos mostram raça; CP3 é deus

Rodada curta nesta segunda-feira com apenas dois jogo. E o primeiro foi também a primeira vitória de um time fora de casa nos Playoffs 2013! Desde 2004 que não haviam 8 vitórias de mandantes nos 8 primeiros jogos da pós-temporada, mas o Chicago Bulls estraga-streak tratou de dar um jeito nessa palhaçada e bater o Brooklyn Nets por 90 a 82.

Joakim Noah

Lembram que o Bulls foi o time que acabou com a sequência de 27 vitórias do Miami Heat? E que eles que acabaram com a do Knicks? E só não acabaram com a do Nuggets por uma decisão questionável dos árbitros? É só falar pra esses caras que tem uma sequência rolando que eles a destroem. Se estivessem jogando em casa, perderiam de propósito.

O Brooklyn Nets tentou começar o jogo com a mesma intensidade da partida passada, atacando a cesta e usando bastante o jogo de dupla entre Brook Lopez (21 pontos, 6 rebotes) e Deron Williams (8 pontos, 10 assistências). Mas não funcionou do mesmo jeito, os ajustes defensivos do Bulls na ajuda dos pivôs deram certo e ficou muito complicado para Williams bater para dentro. Ao invés de usar Lopez com regularidade, o time teve que se contentar com inúmeros arremessos de média e longa distância. Deron Williams não acertou seus chutes, Gerald Wallace (2 pontos, 1/7 arremessos) também não e o próprio Lopez chegou a acertar alguns arremessos de longe para conseguir se envolver no jogo. Os bons momentos do Nets se deram quando CJ Watson (10 pontos) e Joe Johnson (17 pontos, 6/18 arremessos) acertaram algumas bolas de longe.

Temos que dar muito mérito para Kirk Hinrich nessa história toda. Ele entrou em todos os momentos que Deron Williams estava em quadra e o defendeu espetacularmente bem, foi uma aula. Também méritos especiais para Joakim Noah (10 pontos, 11 rebotes, 2 tocos), que mesmo com uma lesão gravíssima no pé e obviamente com muita dor, se doou na defesa de uma maneira que só ele e pessoas que ingeriram toneladas de açúcar poderiam fazer. Pode ser feio (é, vamos falar a verdade), mas é inspirador ver a intensidade e a entrega do Chicago Bulls. Eles fazem a gente achar que jogar basquete é a coisa mais importante que um ser humano pode fazer na vida.

O Bulls fez ótimo trabalho defensivo para ficar sempre perto no placar, seja um pouquinho atrás e principalmente um pouquinho a frente. Eu achei que iam fazer só isso durante todo o jogo, mas, de repente, no terceiro período, o banco de reservas do time resolveu deslanchar: Marco Belinelli (8 pontos), Nate Robinson (11 pontos), Nazr Mohammed (8 pontos) e Taj Gibson (6 pontos) se uniram para abrir 12 pontos de vantagem e afastar de vez o Nets do jogo. Todos juntos chutaram 15/26 arremessos no jogo, contribuindo muito para os 48% de

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acerto do Bulls na partida. O Nets acertou só 35%, muito por causa do nojo que foi o terceiro período deles! Irgh!

Acabou o primeiro tempo de Los Angeles Clippers e Memphis Grizzlies e eu me perguntei: como raios o Clippers não está vencendo esse jogo por uns 20 pontos de vantagem? Blake Griffin (21 pontos, 8 rebotes) marcou 11 só nos primeiros minutos de partida, Jamal Crawford acertou seus primeiros 6 arremessos no jogo (todos após dribles surreais e usando ângulos que não existem na nossa dimensão) e o Clippers, como no Jogo 1, continuava dominando os rebotes (18 a 13 no geral, 6 a 2 nos de ataque). Mas mesmo assim, vantagem magra de 50 a 44 para o time de Chris Paul. Tem times que simplesmente sabem como ficar lá agarrados no outro.

Bola Presa - Griffin

 

E foi assim, sem ninguém entender, que o Memphis Grizzlies sobreviveu a todas as ofensivas do Los Angeles Clippers. Como uma raça digna do Chicago Bulls misturada com uma frieza de Spurs, o time conseguiu lidar com um adversário que joga para matar seus oponentes. O Clippers vai para o toco, para o roubo de bola, para a bola de 3 que leva a diferença para dígitos duplos, para a enterrada que coloca a torcida dentro da quadra. Nenhum outro time é como o Clippers na hora de usar aquela jogada de efeito para dizer que estão mandando no jogo, mesmo que a diferença não seja tão grande assim.

Tirando um período mortal de 6 minutos sem um arremesso certo de quadra, o Grizzlies foi cavando seus pontinhos para não deixar essas jogadas de efeito os tirarem da partida, e isso não é fácil. Mas o mais interessante foi como eles conseguiram esses pontos. Fugindo da característica do time durante todo o ano, eles tentaram evitar o jogo de meia quadra, onde a força atlética de Blake Griffin, Lamar Odom, Matt Barnes e DeAndre Jordan estavam minando o poder de fogo de Zach Randolph (13 pontos, 8 rebotes) e Marc Gasol (17 pontos, 7 rebotes), e apressaram a partida. Muitos contra-ataques, muitos ataques velozes puxados por Mike Conley (28 pontos, 9 assistências) e até Tony Allen (16 pontos, 10 rebotes) acabou sendo mais envolvido, já que no ataque seu único talento está nas bandejas e enterradas (e mesmo assim ele erra um bocado de bandejas).

No começo do jogo as câmeras flagraram Vinny Del Negro dizendo “eles querem correr, deixem eles correrem com a gente, é o que queremos”. Mas no fim das contas o Clippers não soube lidar tão bem com isso e foi com bandejas de Mike Conley, contra-ataques de Darrell Arthur e Tony Allen que o Grizzlies se recuperou e empatou o jogo faltando 3 minutos para o fim da partida. Mas daí pra frente foi Chris Paul Show: 3 arremessos de meia distância seguidos para ajudar o Clippers a ficar 2 pontos na frente até que Tony Allen finalmente venceu um duelo para conseguir uma bola presa. Na jogada seguinte, pick-and-roll entre Conley e Marc Gasol para uma enterrada do espanhol que deixou tudo igual a 13.9 segundos do fim.

A jogada final vocês podem ver no vídeo. Defesa perfeita, mas um arremesso mais perfeito, na hora perfeita. Chris Paul não está no mesmo nível de nós, meros seres humanos.

 

Talentos esquecidos

A revolução estatística da NBA, ainda em curso, está servindo para muita coisa: às vezes nos mostra com números o que só achávamos no olhômetro, outras vezes quebra mitos e, no caminho disso, serve para dar o devido valor a jogadores que às vezes não eram apreciados como deveriam. Tenho certeza, por exemplo, que a divulgação de alguns números sobre que jogadores mais conseguiam cavar faltas de ataque foi essencial para que a imprensa americana passasse a dar mais valor a Anderson Varejão ainda na temporada retrasada.

Os plus/minus, número que mostra o saldo de pontos no time com determinado jogador ou grupo de jogadores em quadra, serviu para que caras que fazem as pequenas coisas, como Shane Battier e Kendrick Perkins passassem a receber reconhecimentos dos não tão entendidos de basquete, fãs casuais mais vidrados em ver quem marca mais pontos do que qualquer outra coisa.

Porém nem todo mundo foi salvo nessa. Ainda existem muitos jogadores com talentos pouco reconhecidos pelo público da NBA e por quem cobre o assunto na mídia. Listo aqui três talentos importantes que sinto que são esquecidos quando lemos análises basqueteiras por aí:

 

Movimentação sem a bola

Durante o auge de Reggie Miller e depois, nas suas últimas temporadas, durante seus duelos nos Playoffs contra Richard Hamilton, o assunto de jogadores que se movem sem a bola até que ganhava algum destaque. Os dois, afinal, foram dos melhores da história da liga nesse quesito. Marcar Reggie Miller era infernal não só pelas provocações, mas porque Miller era liso, rápido e não precisava de muitos décimos de segundo para passar no meio de um corta luz, receber a redonda e meter o arremesso.

Mas depois disso o assunto meio que morreu. Alguém aí ouve falar sobre como o Kevin Durant consegue passar pelos bloqueios com velocidade apesar de ser gigante? Geralmente dão mais ênfase a seu arremesso perfeito. Duro quando se tem tanto para elogiar! Mas são outros que fazem isso muito bem e ignoramos: Ben Gordon, Kyle Korver, o MVP Matt Barnes, Kevin Martin e o meu favorito, Shawn Marion.

O Matrix é o que eu mais gosto porque ele é o menos óbvio. Os outros citados são grandes arremessadores, logo seus times têm jogadas desenhadas onde todo mundo faz bloqueios até que eles fiquem livres. Isso não tira méritos dele, claro, mas é algo comum, visto com frequência. Com Marion, e também com Barnes quando ele não se posiciona para os chutes de longe, não funciona assim. Pelo contrário, eles se destacam por conseguirem criar para si situações de cesta mesmo com o resto do time nem pensando nisso. O Dallas Mavericks funciona buscando Dirk Nowitzki na cabeça do garrafão ou nas diagonais da cesta, ou com Darren Collison comandando os pick-and-rolls ou, por último, com OJ Mayo comandando o ataque. Nada é desenhado para Marion. Mas mesmo assim ele se mexe incansavelmente sem a bola, lendo a defesa adversária e sempre acaba sozinho. Aí é só esperar quem está com a bola reconhecer isso e dar o passe.

O mesmo vale para Matt Barnes, mas com o bônus de que ele joga ao lado de Chris Paul. Ele se mexe, corta para a cesta no exato momento que a defesa abre um buraco e CP3 está lá para ler tudo isso e premiar Barnes. Grandes armadores muitas vezes saem com todo o crédito por uma bela assistência, mas em boa parte dos casos a assistência não seria possível se o resto do time ficasse passivo, parado, esperando algo mágico acontecer. Os passes para pontes aéreas de Paul para Blake Griffin são difíceis e espetaculares, mas exigem que Griffin se posicione na frente de seu marcador e esteja atento. Aliás, a boa mão para a recepção de assistências difíceis é outro talento esquecido.

 

O box out

Sabe aquele bloqueio que um jogador faz no outro para impedir que ele pegue o

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rebote? É um dos grandes sacrifícios que um jogador de garrafão deve fazer e que até hoje só o modo MyPlayer do NBA 2k é que soube premiar quem é bom nisso! Nós, como todo mundo que critica basquete, adora pegar no pé de pivô que pega poucos rebotes por jogo. Já enchemos o saco de Nenê, Brook Lopez e outros por aqui por causa disso. Mas a verdade é que vários deles (não todos, é verdade) sacrificam seus números ao fazer o box out, impedindo que o pivô adversário suba para o rebote de ataque.

Um exemplo clássico disso é o New Jersey Nets que foi bi-campeão do Leste em 2002 e 2003. No ano da segunda final, Jason Kidd, o armador principal do time, tinha 6.3 rebotes de média por jogo, mesmo número do pivô Dikembe Mutombo e do ala Richard Jefferson, apenas 2 a menos que o líder do time, Kenyon Martin. O motivo não é só o ótimo tempo de bola de Jason Kidd para rebotes, mas que o time abria para que o armador pegasse a bola.

O contra-ataque era a grande arma daquele Nets e para que ele saísse o mais rápido possível era necessário que Kidd recebesse a bola o quanto antes. Nada melhor do que ele mesmo pegar a bola e já sair correndo, não é? Era comum Martin ou Mutombo segurarem no corpo os adversários enquanto Kidd corria para seus rebotes e triple-doubles. Eficiente e impossível sem um bom box out de seus companheiros. Outro exemplo? Yao Ming no Houston Rockets. Queriam uns 15 rebotes dele por jogo por causa de seu tamanho, mas ele era lento demais para pegar rebotes que pipocavam em todo garrafão, então ele passou a ser mais útil simplesmente tirando o pivô adversário do lance com um box out. Os Chuck Hayes e Juwan Howards de cada época faziam o trabalho sujo.

Hoje grandes bloqueadores de rebote ofensivo são Kendrick Perkins, Joakim Noah, David West, David Lee, Tim Duncan e também Kevin Love, que é ótimo em tirar os rebotes ofensivos do adversário e também em pegar os dele logo em seguida, uma aberração. Existe algo relacionados a rebotes que Love não saiba fazer? Abaixo Blake Griffin ensina a fazer algo que ele mesmo não fazia tão bem até essa temporada.

Adendo: o quanto é estranho que uma das fotos mais famosas da história da NBA é um simples box out?

 

Bola de 3 da Zona Morta

Não é difícil ouvir dos estudiosos do basquete que o chute de 3 da zona morta é a bola mais valiosa do jogo. Primeiro porque é a bola de 3 com melhor aproveitamento na NBA: 37% contra 34% das bolas de 3 de outras regiões da quadra. Depois porque toda bola de 3 é valiosíssima simplesmente por valer 50% a mais que qualquer bola de 2 pontos.

Mas não é só isso. Ter um bom arremessador de 3 da zona morta é, há muitos anos, parte essencial de qualquer ataque eficiente da NBA. Desde o Phoenix Suns veloz de Steve Nash até o San Antonio Spurs racional de Popovich e passando pelos triângulos de Phil Jackson, todos sabiam usar com perfeição as bolas da zona morta. Os benefícios são claros. O jogador que fica estacionado lá é um alvo fácil para passes de jogadores que atacam a cesta, o cara também é uma isca de marcação: se o defensor sai de perto dele para ajudar na marcação de quem ataca a cesta ou do pivô, deixa o arremessador livre; se gruda nele para evitar o chute, fica completamente longe de tudo que está acontecendo na quadra, sendo incapaz de ajudar na defesa de qualquer jogada.

O objetivo das bolas de 3 pontos da zona morta é esse, abrir a quadra, abrir espaços e punir os times que tentem evitar isso. Um exemplo: no caso do Phoenix Suns, o espaço no meio da quadra era importante para o pick-and-roll entre Nash e Amar’e Stoudemire, mas para o espaço existir era importante que os defensores estivessem preocupados com Joe Johnson, Raja Bell ou Jared Dudley no canto da quadra.

O San Antonio Spurs deve ser o time que melhor usa as bolas de 3 da zona morta atualmente e esse post do NBA.com tem muitos vídeos explicando como. O vídeo abaixo, do NBA Playbook também dá uma boa visão de como o Spurs tortura seus adversários com a combinação Duncan-infiltração-movimentação de bola:

 

No Court Vision Analytics tem esse post explicando a importância das bolas de 3 da zona morta e listando que jogadores foram os mais eficientes nesse tipo específico de arremesso na última temporada. O melhor foi, claro, Ray Allen, com 50% de acerto em bolas de 3 da zona morta, atrás dele vieram Courtney Lee (49% e substituto de Allen no Celtics nesse ano), Steve Novak (48%), Nick Young (48%), Chase Budinger (47%), Jamal Crawford (46%), Ryan Anderson (45%), Danny Green (44%), Jason Terry (44%) e Brandon Rush (44%).

Entre os times, interessante ver como os melhores times em bolas de 3 da zona morta na temporada passada são os considerados bons times ofensivos: Warriors, Celtics, Rockets, Magic, Thunder e Spurs. Talvez a exceção seja o Celtics, meio empacado no ataque, mas isso é o que dá ter Ray Allen na equipe. Entre os piores em arremessos de 3 da zona morta, tragédias como Raptors, Bobcats, Nets e Sixers, que na temporada passada simplesmente não tinha arremessadores de longa distância e que fez muito bem em contratar Jason Richardson e Nick Young.

Talvez os times possam ser mais cuidadosos na hora de contratar jogadores. Se eles precisam de arremessadores de 3 pontos, podem procurar mais especialistas em zona morta ao invés de jogadores que gostam de driblar antes de chutar ou os que precisam de muitos bloqueios e jogadas desenhadas para funcionar.

E embora tenha dado o exemplo da zona morta, isso vale para outros arremessos. Alguns jogadores podem não ter números gerais ótimos, mas são especialistas em determinado tipo de arremesso. Sabendo disso os times podem contratar jogadores em baixa e usá-los de maneira mais inteligente. Abaixo dados feitos pelo mesmo Court Vision Analytics sobre os melhores arremessadores da temporada 2011-12 em cada posição da quadra. Alguns resultados surpreendem… Rondo?!

 

Vocês conseguem lembrar de outro talento específico que costuma passar despercebido na análise de jogadores? Palpite aí!

Hora de reconhecer Vinny Del Negro

Essa é a coluna que entrou no ar ontem no Extratime. Escreverei lá toda quarta-feira e o texto aparecerá aqui no dia seguinte

O Los Angeles Clippers, líder do Oeste (vivi para escrever isso), venceu suas duas últimas partidas. Nada de mais para um time que já ganhou 17 seguidas nessa temporada, certo? Sim, mas é que essas tiveram um gosto especial: ambas fora de casa, em noites consecutivas, uma contra os Grizzlies, segunda melhor defesa da NBA, e outra contra os Rockets, um dos melhores ataques. As duas vitórias, acreditem, sem Chris Paul precisar jogar um minutinho sequer.

O sucesso do Clippers mesmo sem seu melhor jogador e candidato a MVP da temporada se dá pelo entrosamento da equipe, pelo melhor banco de reservas da temporada, pela facilidade de pontuar que tem o genial Jamal Crawford, pelo garrafão atlético e até pela temporada irretocável de Matt Barnes, que por pouco não começou o campeonato desempregado. Mas não vamos esquecer também que quem juntou tudo isso foi o técnico Vinny Del Negro, agora em seu terceiro ano no comando dos Clippers. Por que tanta gente está hesitando em dar crédito para ele ou mesmo em considerá-lo como candidato sério a técnico do ano?

Os trabalhos do treinador na NBA foram bons, mas longe de serem espetaculares. Em dois anos no Chicago Bulls fez campanhas idênticas de 41 vitórias e 41 derrotas nas suas duas temporadas, sendo eliminado na primeira rodada dos Playoffs. Parecia bom na hora, mas pegou mal quando Tom Thibodeau chegou no ano seguinte e com um elenco parecido (e mais

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Carlos Boozer, diga-se de passagem) conquistou a melhor campanha de toda a NBA. Enquanto isso, Del Negro foi para o Clippers e não conseguiu organizar um time que transbordava talento.

Este começo de carreira cheio de “poderia ter sido melhor” manchou a imagem de Del Negro especialmente entre torcedores e comentaristas norte-americanos. Apesar de ele não ter feito nada de genial em seus primeiros quatro anos como técnico, eram só seus primeiros anos! E Del Negro, apresar da carreira sólida como armador, nem tinha experiência como assistente técnico quando assumiu o Bulls. Era alguém aprendendo e que evoluiu diante de nós, que agora não queremos aceitar.

O Los Angeles Clippers tem o quinto melhor ataque da NBA se contarmos pontos por posse de bola, e podemos creditar, sim, muita coisa disso ao Chris Paul. Ele tira o time de buracos, acha jogadores livres e raramente desperdiça a bola. Mas a movimentação do time sem a bola, que evoluiu horrores em relação ao ano passado, e a execução do ataque mesmo quando Paul está fora é crédito de Del Negro, que deu uma identidade a esse time. Reparem como agora sempre tem alguém na zona morta para abrir a quadra, como esse cara sempre se movimenta junto com Chris Paul para manter as linhas de passe aberta e como Blake Griffin está mais bem posicionado e não querendo enterrar a cada posse de bola. Outro mérito de Del Negro é reconhecer quando alguns jogadores estão mal para tirá-los do jogo. Quando o adversário sabe se impôr sobre o gigante DeAndre Jordan, é comum ver um time mais baixo com garrafão de Griffin e Lamar Odom.

E tem também a defesa, hoje a quarta melhor da liga, que nem se compara com a da temporada passada. Del Negro melhorou, aprendeu e hoje está usando a capacidade atlética de seus jogadores a favor do time. Se na temporada passada eles se perdiam quando defendiam o pick-and-roll, hoje viraram especialistas em dobrar a marcação sobre o armador que comanda a jogada, forçando-o a erros, passes contestados e, logo, contra-ataques, onde os Clippers são mortais. Ninguém dobra tanto a marcação e nem com tanta qualidade como os Clippers nessa temporada.

O ataque não depende mais de só um jogador, lá atrás o time defende em grupo, se comunicando e com entrosamento. O elenco é profundo e tem rotação definida, com jogadores que se complementam jogando juntos. O que mais Vinny Del Negro pode fazer para nos conquistar? Joguei essa pergunta no Twitter outro dia e me responderam que “falta ele ser campeão”. É, enquanto a gente julgar técnico só pelo resultado final do campeonato vai faltar isso. Mas do jeito que os Clippers estão jogando, isso pode mudar em breve.

Matt Barnes MVP; Clark e Sacre não impedem derrota do Lakers

Tem algum time mais difícil de se bater do que o Los Angeles Clippers? Nessa temporada, não. Ontem o Dallas Mavericks fez tudo o que um time deve fazer para bater o Clippers: não perderam bolas tolas, não cederam contra-ataques, rodaram a bola sem parar, evitaram as marcações duplas constantes que a defesa do Clippers tenta sempre que alguém segura a bola. Também evitaram qualquer ponte aérea e defenderam bem o pick-and-roll. Até a marcação mano a mano do novato Jae Crowder sobre Jamal Crawford (11 pontos) foi impecável.

O resultado disso tudo, claro, foi uma vitória do Clippers. O Mavs ficou bem no jogo mesmo quando seus arremessos não caiam graças a essa estratégia inteligente e à boa execução. Aí no 3º período eles dispararam quando Darren Collison (22 pontos, 6 assistências), OJ Mayo (17 pontos) e Shawn Marion (11 pontos, 7 rebotes) passaram a pontuar. Mas aí veio o Clippers…

Pode estar dando tudo errado com eles nessa temporada, que mesmo assim Chris Paul (19 pontos, 16 assistências) não perde a calma e começa a criar boas jogadas atrás de boas jogadas. Geralmente ele começa com aquelas meias-infiltrações onde ele para para um arremesso curto a alguns passos da cesta. Depois usa a atenção magnética que atrai com isso e começa a disparar passes preciso. Algumas assistências para Matt Barnes (19 pontos, 5 bolas de 3 pontos) depois e eles retomaram a liderança. Disse isso em um post semana passada e repito, Matt Barnes é, muitas vezes, o melhor jogador do Clippers. Sem zoeira e sem exagero. E muitas vezes, como ontem, só não é melhor que Chris Paul. E eu sei como é absurdo dizer isso, mas é verdade.

Com bolas nowitzkianas de Dirk Nowitzki, o Mavs até ficou no jogo, mas alguns arremessos errados e depois dois rebotes ofensivos de Caron Butler (11 pontos) o Clippers conseguiu sua 13ª vitória seguida em casa.

 

O que dizer sobre o jogo entre LA Lakers e San Antonio Spurs? Dois dias atrás eu comentei como estava chato já o Lakers jogar como lixo por 3 quartos pra, de repente, resolver que podem defender e atacar sem turnovers por míseros 12 minutos, que se mostram bons o bastante só para perder por pouco. O Lakers tem tantos desses jogos que se recupera para perder por pouco que é, hoje, o único time a não ir para os Playoffs entre os que tem saldo positivo de pontos. Por outro lado, Spurs sendo Spurs: 24 pontos de Tony Parker, defesa espetacular de Kawhi Leonard (11 pontos) sobre Kobe Bryant (27 pontos) e só os 18 turnovers que foram uma aberração que deixaram o Lakers no jogo. Aquele passe do Parker para o lateral sem ninguém no último minuto foi um tipo de erro raríssimo de ver em San Antonio.

E vocês viram que o Tiago Splitter teve 14 pontos e 14 rebotes, né? Logo… COM DUPLO-DUPLO DE SPLITTER, SPURS DERROTAM OS LAKERS EM CASA.#BOLAPRESANAGRANDEMÍDIA

Até podemos considerar que o Lakers teve uma vitória moral. Estavam sem Dwight Howard, Pau Gasol e Jordan Hill, machucados e perderam por apenas 108 a 105 para o time mais bem organizado da NBA. O time teve apelar para Robert Sacre, a última escolha do Draft 2012, e Earl Clark, o novo Boris Diaw de Mike D’Antoni: jogou de pivô, ala e marcou de Splitter a Ginóbili. Acabou com 22 pontos, 13 rebotes e fez o técnico do Lakers dizer “ele me fez parecer um idiota por nunca o colocar na quadra”. Fez mesmo.

Em Boston, boa vitória do Celtics sobre o Phoenix Suns por 87 a 79. Novamente o banco do Celtics apareceu para o jogo e, repito, eles viram um time de verdade quando não dependem só de Rondo, Pierce e Garnett. Ontem foi dia do novato Jared Sullinger (12 pontos, 16 rebotes) e especialmente de Jeff Green, cestinha do time com 14 pontos. Ontem foi aniversário de 1 ano da cirurgia que Green fez no coração e que quase encerrou sua carreira. Vejam as duas enterradas seguidas do Green no 2º período e reparem na comemoração do Jason Terry (que depois ele repetiu no pedido de tempo seguinte) abrindo o peito em referência a cirurgia de Green. Muito foda!

E sobre o Phoenix Suns: que tal Michael Beasley reserva, jogando 5 minutos em um time que nem deve ir para os Playoffs? Triste a decadência dele. Nunca foi espetacular, mas só piora.

O Scott Skiles não é mais técnico do Bucks. Nem foi mandado embora, chegou em acordo mútuo com a diretoria para dar o fora. Diziam que ele não gostava do elenco, que por sua vez não gostava dele. Skiles é bom, mas tem prazo de validade. O cara é pentelho demais. Foram 4 derrotas seguidas antes dele sair, agora duas vitória seguidas desde que foi embora. Ontem bateram o Chicago Bulls por 104 a 96 com 35 pontos de Brandon Jennings, um dos poucos que parecia admirar realmente Skiles. O Bulls continua bem no Leste, mas não é estranho que eles tenham melhor campanha fora de casa (9v, 5d) do que em casa (10v, 9d)?

No resto da rodada, 3ª vitória seguida do New Orleans Hornets, dessa vez 88 a 79 sobre o Houston Rockets. Segurar aquele ataque fulminante do Rockets a 79 pontos? Vocês estão começando a me impressionar, Hornets. E o quanto é bizarro que o Greivis Vásquez (17 pontos, 11 assistências) é o melhor jogador de uma franquia da NBA? Em Oklahoma City, Ricky Rubio voltou para enfrentar o Thunder, mas Kevin Love ficará fora por quase 2 meses. Temporada zoada do Wolves, que apanhou de 106 a 86 com 26 pontos de Kevin Durant. Fechando o dia, boas vitórias de times fracos do Leste. O Cavs conseguiu bater o Hawks com 33 pontos (todos lindos, sempre) de Kyrie Irving e o Raptors (sem Valanciunas, Bargnani e Terrence Ross) bateu o Sixers, que está numa fase terrível, especialmente fora de casa.

Querem saber como foi Bobcats e Jazz? Só conferir o vídeo abaixo:

Talvez o melhor jogo da rodada tenha sido Memphis Grizzlies e Golden State Warriors, que também é um bom palpite para confronto de primeira rodada dos Playoffs. O Grizzlies, melhor defesa do campeonato, segurou a artilharia do Warriors a apenas 7 bolas de 3 pontos e medianos 46% de acerto dos arremessos. Mas talvez o segredo mesmo tenha sido parar David Lee (14 pontos, 6/14 arremessos) no garrafão, onde o Grizzlies dominou com Zach Randolph (19 pontos, 12 rebotes) e Marc Gasol (12 pontos, 9 rebotes, 5 assistências). Todos os titulares do Grizz chutaram pelo menos 11 bolas e no máximo 19, todos marcaram entre 10 e 19 pontos. Esse time é legal demais, o Detroit Pistons dessa década.

No nosso fórum (já viram ele, né?) chegamos a propôr uma troca entre esse time alinhado do Grizzlies com o Los Angeles Lakers, tudo porque o nome de Rudy Gay não para de pipocar nos muito confiáveis sites de rumores gringos. O que vocês acham? Eu que sugeri, mas nem acho que o Grizzlies deveria topar. Mas não deixem de ver outros tópicos do fórum como a possível volta do Seattle Supersonics às custas da morte do Sacramento Kings, uma discussão sobre o novato Kendall Marshall e um tópico para falar do nosso queridíssimo Novo Basquete Brasil.

 

Top 10 da Rodada (RUBIO!!!!!!!!)

 

Fotos da Rodada

Fotos que fazem sentido: pra que?

 

SPLITTER NÃO CONSEGUE SEGURAR A BOLA CONTRA PIVÔS RUINS DO LAKERS E SPURS VENCEM EM CASA

 

Marcin Gortat, mas pode chamar de Kerlon Foca

 

Bola Presa

 

Elton Brand sabe como inovar na defesa

Grizzlies e Clippers derrotam os finalistas

A rodada da quarta-feira foi daquelas para passar um recado. Muito se falou de Los Angeles Lakers, San Antonio Spurs e OKC Thunder como os favoritos do Oeste antes da temporada começar. Não sem razão, claro, existiam motivos para esse favoritismo, mas o LA Clippers e o Memphis Grizzlies não gostaram do pelotão intermediário. Ambos são dois dos times mais quentes da NBA no momento e coroaram essa fase com vitórias sobre os finalistas do ano passado: o Grizzlies bateu o Thunder, em Oklahoma City, por 107 a 97. O Clippers venceu o Heat por 107 a 100.

O Memphis Grizzlies tem agora 6 vitórias e 1 derrota na temporada. A derrota foi na estreia justamente para o Clippers, seu nêmesis na última temporada. Depois disso passaram o rodo em todo mundo, incluindo Miami Heat e agora Thunder. No jogo de ontem apanharam de 30 a 20 no primeiro quarto, mas souberam tomar o controle do jogo após um 2º período arrasador. Depois que assumiram a frente do placar a gente só assistiu Rudy Gay (28 pontos) trocar cestas com Kevin Durant (34 pontos, 10 rebotes) até o fim do jogo. A dupla Durant e Westbrook (17 pontos, 13 assistências) está jogando bem como sempre, mas ambos somaram 8 turnovers no jogo. Estão errando muito e em momentos péssimos da partida. Falo sobre o Thunder o que falei do Spurs ontem, estão vencendo e jogando bem, mas ainda não chegaram nem perto do que mostraram na temporada passada.

Pelo Grizzlies, méritos eternos para eles por estarem jogando tão bem mesmo depois de terem perdido OJ Mayo. A equipe continua esmagando todo mundo nos rebotes ofensivos, mas a troca de bolas melhorou muito nessa temporada e um dos motivos é como o time está jogando mais aberto. Marc Gasol sai ainda mais do garrafão para dar passes precisos (4.7 assistências por jogo, melhor da liga entre os pivôs) e Rudy Gay e Quincy Pondexter tem ajudado com bolas de média e longa distância que faltavam ao time. O elenco do Grizzlies está a uma contusão de foder com tudo, mas enquanto estiverem inteiros vão continuar arrasando com favoritos.

No resumo do jogo, prestem atenção na jogada em que Gasol simplesmente destrói Kendrick Perkins no garrafão. É muita técnica para o Homem-de-Tijolo defender.

 

Se o começo do Grizzlies é impressionante, o do Clippers não fica muito atrás. São 6 vitórias e 2 derrotas. Nas vitórias já bateram Grizzlies, Lakers, Spurs, Hawks e Heat. Nada mal! As derrotas que são curiosas, uma para o Cavs no dia em que Dion Waiters não errava um arremessos sequer, e outra contra o Warriors, quando Steph Curry cavou uma falta de ataque de Chris Paul no último segundo.

O Clippers tem o 4º melhor ataque da NBA até agora e a 10ª melhor defesa. Alguém achou que um time de Vinny Del Negro chegaria nesse ponto de qualidade? E eles tem feito isso de maneira organizada, como se tivessem um técnico de verdade. Vamos dar todo o crédito ao Chris Paul só para não admitir que o VDN esteja fazendo um bom trabalho.

No jogo de ontem o Clippers tomou vantagem dos altos e baixos do Heat. Em um momento do 3º período onde o time de LeBron James (30 pontos, 7 assistências) não conseguia acertar nada, Chris Paul (16 pontos, 10 assistências) e Blake Griffin (20 pontos, 14 rebotes) tomaram conta do jogo. Aí no começo do último quarto Eric Bledsoe (12 pontos em 17 minutos) deu show e abriu 15 de vantagem. Mas o grande momento de Bledsoe foi quando ele deu um toco à lá Dwyane Wade em… Dwyane Wade. Quantas vezes não vimos o armador do Heat subir para tocos em enterradas de pivôs enormes? A idade chega e agora ele que tá sendo rejeitado.

Muitos outros jogos na rodada. O Indiana Pacers venceu o último período do jogo contra o Milwaukee Bucks por 32 a 17 só para assim perder o jogo por “””apenas””” 99 a 85. Pois é, a vantagem chegou a ser de uns quase 100 pontos, ou isso era o que parecia na hora. O resumo do jogo é um show de “ohs” e “ahs” com as bandejas de Brandon Jennings e Monta Ellis. Em Boston, o Celtics continua sem convencer, mas venceu o Jazz em jogo disputado e apertado, 98 a 93. Em Dallas, o Mavs contou com 25 pontos de OJ Mayo para manter o Wizards como o único time sem vitórias na NBA. O Pistons? Ah, eles saíram dessa. Venceram o Philadelphia 76ers por 94 a 76 fora de casa. O Sixers tem 4 vitórias e 4 derrotas na temporada, mas só 1 vitória e 3 derrotas em casa. Ontem acertaram só 29% de seus arremessos. Pelo Pistons, 19 pontos e 18 rebotes do ótimo Greg Monroe, e legal ver o ótimo novato Kyle Singler (16 pontos, 4 rebotes) como titular. Ele tem sido ótimo até agora!

Jogo bem interessante entre Houston Rockets e New Orleans Hornets. Sabiam que o Rockets é o time que menos tenta arremessos longos de 2 pontos na temporada? Isso que dá ter um nerd de estatísticas como General Manager. Ontem eles usaram seu jogo de infiltrações e bolas de 3 para vencer por 100 a 96, mas quase que perderam quando Greivis Vásquez (24 pontos, 9 assistências) começou a acertar bolas como se estivesse no NBA Jam. James Harden fez 30 pontos, mas o herói foi Chandler Parsons (13 pontos, 10 rebotes) que fez o arremesso da vitória, um fade away dificílimo, no minuto final.

Fechando a rodada, três jogos decididos no final. Em Oakland, um rebote ofensivo a 22 segundos do fim do novato Harrison Barnes (19 pontos, 13 rebotes) em seu melhor jogo da curta carreira, garantiu a vitória do Warriors sobre o Hawks por 92 a 88. Se não fosse ele, Lou Williams (18 pontos) poderia ter continuado seu ótimo 4º período e empatado o jogo. O Bulls bateu o Suns por 112 a 106 com 28 pontos e 14 rebotes de Carlos Boozer, mas só conseguiram na prorrogação, depois do Suns fazer um ótimo 4º período e empatar um jogo que parecia perdido. Algum time tem mais altos e baixos durante um jogo que o Suns nesse começo de temporada? É o humor de Michael Beasley influenciando o time inteiro.

E o que dizer sobre o Charlotte Bobcats? Já passaram 7 jogos e eles tem mais vitórias que derrotas! Como explicar? Onde está seu deus agora? Venceram 3 jogos seguidos e ontem bateram o Wolves com uma bola de Kemba Walker sobre Alex Shved no último segundo. Inexplicável.

 

Top 10 da Rodada

 

Fotos da Rodada

Apanhar da bola nem sempre é só uma expressão

 

Essa cena é do Rocky 3 ou 4?

 

Chris QWOP

 

Pescotapa do Haslem

 

Cavanha diabólica do Gortat ou barba aparada do Boozer?
Sou mais um bom e velho bigode do Adam Morrison

 

O homem sem face…

 

…que sabe ser um cuzão quando quer

 

-Foi na bola, professor!

 

Harden chuta traseiros; Lillard e Davis honram os novatos

Na análise da rodada que fiz ontem, disse que não conseguia ver o James Harden logo em seu primeiro jogo conseguir se entrosar com o resto do time. Claro que ele marcaria seus pontos simplesmente por ser muito bom, mas jogar com o resto do grupo e fazer aquele bando de moleques vencer o Detroit Pistons fora de casa? Não parecia provável. E sei que o Pistons não é tudo isso, mas como lembrei no Preview deles, tiveram 50% de aproveitamento dos jogos nos últimos 3 meses da temporada passada, é um time em evolução.

Errei feio. Subestimei o talento de Harden de criar jogadas para os outros e de ser um dos jogadores mais mortais da NBA no pick-and-roll. Ele fez nada menos do que 37 pontos, 12 assistências e 4 roubos de bola. O jogo realmente não foi fácil, mas Harden fez as cestas quando o time precisava, incluindo uma no final da partida onde deu aquele seu tradicional drible baixinho, cortou a defesa, sofreu a falta e fez os pontos. Repito: 37 pontos! Foi o primeiro jogador da história da NBA a conseguir mais de 30 pontos e 10 assistências em sua estreia por uma franquia. O Rockets venceu a partida por 105 a 96.

Apesar da boa defesa de Omer Asik (12 pontos, 9 rebotes e 2 tocos) em Greg Monroe (14 pontos, 8 rebotes e 4 assistências), o Pistons dominou boa parte da partida e vencia por 83 a 72 no começo do último quarto. Foi quando Harden esquentou de vez e seus passes viraram cestas de Asik, Parsons e especialmente Carlos Delfino (15 pontos), que acertou 5 das 6 bolas de 3 que tentou. E vocês lembram que disse que a presença de Harden poderia ser boa para Jeremy Lin? O armador jogou muito bem, fez 12 pontos, deu 8 assistências e roubou 4 bolas. Se as pessoas estivessem esperando os números do ano passado, querendo que ele fosse o franchise player, poderia soar pouco, mas como assistente de James Harden tá mais que perfeito.

E fechando sobre o Houston Rockets: O time venceu o Pistons por 23 (!) pontos nos 35 minutos de Jeremy Lin em quadra. Nos 13 minutos de Toney Douglas na armação, o Rockets tomou -14. E os dois não dividiram nunca a quadra, foi simples assim, ótimos com Lin armando, horripilantes com Douglas. Por que eles dispensaram o Shaun Livingston mesmo?

E não foi só Harden que estreou bem. Alguns novatos fizeram o primeiro jogo da carreira deles e não passaram vergonha. Anthony Davis não teve vida fácil ao estrear contra Tim Duncan, mas fez bonito. O monocelha saiu de seu primeiro jogo oficial na NBA com 21 pontos e 7 rebotes, 8 desses pontos vieram nos emocionantes minutos finais da partida, quando Davis atacou a cesta, sofreu faltas e foi perfeito da linha do lance-livre. O jogo

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até parecia bem encaminhado quando Davis fez 2 desses lances e deixou seu time na frente por 91 a 87 a pouco mais de 2 minutos do fim do jogo. Mas então Gregg Popovich fez sua mágica: pediu tempo e o time voltou executando com perfeição a mesma jogada, um corte de Boris Diaw para a cabeça do garrafão que encontrava Tim Duncan (24 pontos, 11 rebotes e 3 tocos) embaixo da cesta. Duncan estava sendo marcado pela frente durante boa parte do 4º período e a simples solução rendeu 7 pontos seguidos do eterno poker face do Spurs.

Mas o jogo ainda não estava acabado. Anthony Davis, de novo com assistência de Greivis Vásquez (8 pontos, 13 assistências), conseguiu uma ponte aérea e mais lances-livres para colocar de novo o Hornets na frente. Então, faltando 46 segundos para o fim da partida, Kawhi Leonard (19 pontos, 7 rebotes) achou Tony Parker (23 pontos, 6 assistências) na linha dos 3 pontos após intensa movimentação de bola e o francês matou a partida. Depois disso o Hornets tentou empatar com bolas de Vásquez e Ryan Anderson (11 pontos), mas nada feito, 99 a 95 para o Spurs.

O único novato a superar Anthony Davis foi o Damian Lillard. O armador do Blazers se tornou ontem apenas o 3º jogador da história a fazer pelo menos 20 pontos e 10 assistências sem seu primeiro jogo de NBA. Ele conseguiu 23 pontos e 11 assistências, entrando no seleto grupo que tinha Oscar Robertson e Isiah Thomas. Mas Lillard nem foi o cestinha de seu time, Nicolas Batum fez 26 pontos na vitória de 106 a 96 sobre o Los Angeles Lakers. O jogo foi bastante aberto e com ótimo aproveitamento, os dois times passaram dos 50% em arremessos de quadra, dos 40% em 3 pontos e dos 80% em lances-livres! Até Dwight Howard estava acertando lances-livres, aliás parece que ele passou a noite fazendo só isso. Tentou 19 vezes, acertou 15 e saiu de quadra com 33 pontos e 14 rebotes. Kobe Bryant veio logo atrás com 30 pontos.

Agora se os dois times arremessaram tão bem em geral, como o Blazers chegou a liderar por 20 pontos de diferença no último quarto? E como venceu por 116 a 106? Tudo se explica pelos 24 turnovers do LA Lakers! VINTE-E-QUATRO. Já estava ruim quando Steve Nash (4 assistências em 16 minutos) estava em quadra, piorou quando ele saiu machucado após trombada com Lillard. Kobe teve 7 turnovers, alguns bisonhos como não conseguir segurar um passe simples, sem marcação, e Metta World Peace, apesar da ótima defesa em Batum, cometeu 6. Os erros contribuíram para os 19 pontos de contra-ataque do veloz Blazers, que foi mortal com Batum, Lillard e Wes Matthews (22 pontos) na transição. Outra coisa: entra ano, sai ano e o banco do Lakers é um lixo. O jogo se perdeu quando o Blazers já vencia por 5 pontos e os reservas entraram em quadra para os 2 minutos finais do 3º período. Bastou para Sasha Pavlovic (pois é) fazer uma cesta, tomar falta, errar o lance-livre, pegar o próprio rebote, fazer outra cesta e depois ainda meter uma de 3 pontos. Do nada o jogo ficou fora de mão.

Em Toronto o Indiana Pacers sobreviveu sem Danny Granger e bateu o Toronto Raptors por 90 a 88. George Hill (8 pontos, 7 assistências) fez a cesta da vitória a 2 segundos do fim do jogo e coroou uma sequência de 16 a 4 que o Pacers usou para virar o jogo no final. O Raptors foi muito melhor durante uns 44 minutos, mas não é a primeira vez que o time de Frank Vogel vence jogando feio. Outros destaques foram David West (25 pontos), Paul George (14 pontos, 15 rebotes) e, pelo Raptors, Jonas Valanciunas (12 pontos, 10 rebotes) e Kyle Lowry (21 pontos, 7 rebotes, 8 assistências e 5 roubos). Saudades eternas do Lowry no meu time de fantasy.

O resto da rodada ainda teve o Philadelphia 76ers vencendo o Denver Nuggets por 84 a 75 na volta de Andre Iguodala (11 pontos, 4 assistências) a Phila. Como previsto, o Sixers defendeu demais e frustrou o Nuggets a noite toda. É extremamente prazeroso ver o Sixers expôr o pior das equipes. A outra defesa destruidora da NBA, a do Bulls, frustrou o Sacramento Kings e venceu por 93 a 87 em um jogo feio. Joakim Noah liderou a parada com 23 pontos, 10 rebotes, 5 assistências e 3 roubos. Em Salt Lake City o Jazz venceu o 3º período por 37 a 13 para arrasar com o Dallas Mavericks, 113 a 94. Ótimas atuações de Paul Millsap (13 pontos, 15 rebotes) e Marvin Williams (21 pontos).

Fechando a noite, dois duelos emocionantes no Oeste dos EUA. Primeiro o Phoenix Suns recebeu o Golden State Warriors em um jogo estranho. Quer uma situação que resuma essa bizarrice? Stephen Curry teve 2 lances-livres para matar o jogo nos últimos segundos, era só ele fazer que a diferença iria para 4 e já era. Curry tem aproveitamento de 90% na carreira. Errou os dois. Por sorte o Suns não conseguiu dar um último arremesso a tempo de empatar, ficou em 87 a 85.. E nem foi o pior momento de Curry no jogo, ele acertou apenas 2 dos 14 arremessos que tentou! Na análise de ontem disse que apostaria no Warriors se Curry e Bogut jogassem, erro duplo meu. Primeiro porque achei que eles não iam jogar e por isso apostei no Suns, depois porque eles ganharam apesar dos dois. Bogut (8 pontos, 6 rebotes) foi discreto e jogou apenas 18 minutos. Pelo Suns, uma estreia para esquecer apesar dos 17 pontos e 7 assistências de Goran Dragic.

O outro confronto legal do Oeste foi Memphis Grizzlies e Los Angeles Clippers. Incrível como uma série de Playoff cria uma rivalidade do absoluto nada. Foi o jogo mais brigado da noite, o mais físico e o que teve mais provocações. No fim das contas o Clippers venceu por 101 a 92 simplesmente porque o mundo é injusto. O Grizzlies rala, se esforço, faz uma defesa que simplesmente não poderia ser melhor (deus, como amo o Tony Allen), e o que acontece? Chris Paul (12 pontos, 12 assistências) usa magia negra para que tudo o que ele faça dê certo e Jamal Crawford (29 pontos) acerta arremessos que, como diria o sábio Galvão Bueno, a física não permite. É o sobrenatural vencendo o time ralador, trabalhador de classe média que paga impostos exorbitantes. Injusto. Mas precisamos, urgente, de uma nova série de Playoff entre esses dois times.

Os destaques do jogo incluem Lamar Odom (horrível no ataque, 4 tocos na defesa), Zach Randolph (15 pontos, 16 rebotes), Rudy Gay (25 pontos, 7 rebotes) e DeAndre Jordan (12 pontos e NOVE turnovers).

 

Fotos da Rodada

Dança contemporânea do Pistons para marcar Lin
É muito amor! S2(500) Days of Griffin
Aquela olhadinha marota que todo homem sabe dar

 

O que fazer depois de cometer 9 turnovers?Imitar Karl Malone
Sem piadas, essa foto só ficou muito boa

 

Já essa merece todas as piadas que vocês conseguirem fazer… valendo!

Preview 2012/13 – Los Angeles Clippers

Continuamos aqui o melhor preview da temporada já escrito por um blogueiro gordo. Veja o que já foi feito até agora:

Leste: Boston CelticsCleveland CavaliersBrooklyn NetsIndiana PacersAtlanta Hawks e Washington Wizards

Oeste: Memphis GrizzliesSacramento KingsDenver NuggetsGolden State Warriors e San Antonio Spurs

Até o esperado dia 30 de Outubro, quando teremos a rodada inicial da Temporada 12/13 da NBA, todos os times terão sido analisados profundamente aqui no Bola Presa.

Nesse ano vamos repetir uma ideia de uns vários anos atrás. Ao invés de só comentar as contratações e fazer previsões, vamos brincar de extremos: O que acontecerá se der tudo certo para tal time, qual é seu teto? E o que acontecerá se der tudo errado, onde é o fundo do poço? Em outras palavras, como seria um ano de filme pornô, onde qualquer entrega de pizza vira a trepa do século? E como seria um ano de novela mexicana, onde tudo dá errado e qualquer pessoa pode ser o seu irmão perdido em busca de vingança?

Hoje é dia de falar do time que luta para deixar de ser o mais zicado e perdedor da história da NBA, o Los Angeles Clippers.

Los Angeles Clippers

 

 

 

 

 

Quando se acompanha um esporte por muito tempo a gente acaba vendo umas coisas estranhas. O Eddy Curry e o Raymond Felton estão em forma, o Zach Randolph é parte essencial de um time realmente vencedor, o Grant Hill não se machuca mais, o LeBron James foi frio e regular durante toda uma pós-temporada e, por fim, o Los Angeles Clippers é um timaço!  Ainda não chegamos no ponto de ver um time do Cuca ser campeão brasileiro como pareceu durante uns meses, mas sim, coisas estranhas acontecem no esporte.

Embora o time titular seja idêntico ao do ano passado, apenas com Chauncey Billups recuperando a posição que perdeu ao machucar o joelho no meio do campeonato, o banco de reservas é absolutamente novo do começo ao fim. Alguns jogadores não devem acrescentar muita coisa de novo, apenas fazem o que um jogador que saiu fazia antes. Jamal Crawford é o pontuador que vem do banco arremessar milhares de bolas de 3 pontos, exatamente o que faziam Nick Young e Mo Williams. Aliás Mo Williams foi ótimo na temporada passada e ganhou uns jogos por conta própria, pode fazer muita falta se Crawford repetir a temporada péssima que fez pelo Blazers. Daremos um desconto porque nada e nem ninguém deu muito certo em Portland no último ano.

Matt Barnes tem o papel de especialista em defesa, função que era de Kenyon Martin. Sim, eu sei que na teoria eles são de posições diferentes, mas na prática K-Mart entrava mais para defender jogadores de perímetro do que de garrafão. E Barnes pelo menos consegue oferecer algum arremesso no ataque, pode acabar sendo mais útil. Grant Hill, o veteraníssimo, arrisca sua saúde ao sair do único time que o deixou saudável na carreira, o Phoenix Suns, para ir para o buraco negro de joelhos e tornozelos, o Clippers. Mas vai que a estrela do Chris Paul é grande assim, né? Se ele não se machucar, tem tudo para ajudar bastante. Nos últimos anos Hill se tornou um ótimo defensor individual e tem um jogo de meia distância que ninguém mais tem nesse time. Arremessos precisos que podem ser bons para desafogar o garrafão adversário.

Tem também a volta de Lamar Odom, que começou sua carreira de NBA no Los Angeles Clippers da época em que ter um elenco ótimo não significava nada para essa franquia amaldiçoada. Odom volta agora quando eles até vão para os Playoffs, deve estranhar. A questão é que o ala é meio imprevisível. Isso ficou claro na temporada passada quando ele foi tão a contra gosto para Dallas que o Mavericks chutou o cara para fora do elenco em troca de nada. Mas mesmo nos tempos de Lakers ele tinha uns dias onde mal participava do jogo, parecendo estar no mundo da lua. O grupo fechado e o foco pelo título até faziam ele render um pouco mais nos Playoffs, mas ele precisa de gente em volta dele o tempo todo para que não se perca. A liderança de Chris Paul será testada com Lamar Odom e o sucesso do ala pode fazer muita diferença em confrontos contra Lakers, Thunder e Spurs no futuro.

Mas se as novas adições podem compensar as saídas, dá pra fazer o time melhorar também? O Clippers da temporada passada foi o 4º melhor ataque da NBA em pontos por posse de bola, mas apenas a 18ª defesa. E impressionante que conseguiu ter um ataque tão bom mesmo acertando apenas 67% de seus lances-livres, segunda pior marca do campeonato. Cortesia em especial da dupla de garrafão DeAndre Jordan e Blake Griffin. Mas com Chris Paul no elenco tudo fica mais fácil: o Clippers foi Top 10 em aproveitamento de arremessos de 2 pontos, de 3 pontos e o segundo time que menos desperdiçava posses de bola por partida. Não exagero quando digo que todos esses números estão nas costas de CP3. Poucos caras conseguem concentrar o jogo em suas mãos e envolver todos os outros jogadores ao mesmo tempo, por mais contraditório que isso soe, e Chris Paul é um deles.

É possível que por aí vocês leiam previews do Clippers que enfatizem a falta de técnica da dupla de garrafão Griffin e Jordan. Isso é verdade, seria bom se eles melhorassem, mas que fique claro que o time faz muitos pontos mesmo assim, não focaria nesses defeitos individuais. Problema mesmo é a defesa e isso ficou claro na série contra o San Antonio Spurs. Foi só o time de Tim Duncan rodar a bola com paciência que sempre aparecia um jogador livre para um arremesso fácil. Contra times que gostam de jogar no mano a mano o Clippers até se vira pela capacidade física e raça do time, mas em conjunto eles defendem muito mal. Sem contar que o time vira um corredor para bandejas assim que DeAndre Jordan senta no banco para descansar. Mas sabe quem é que que deveria arrumar a defesa? O técnico Vinny Del Negro. Droga…

Atualmente nenhum técnico deve escutar tantas críticas na imprensa americana como Del Negro. Isso não impediu o Clippers de renovar o contrato dele, claro. Vamos ficar para sempre pensando onde o time poderia chegar com um técnico melhor. Não que Del Negro seja péssimo, ele comandou um bom time na temporada passada e foi duas vezes com o Bulls para os Playoffs em 2009 e 2010. Mas foi só Tom Thibodeau chegar em Chicago para treinar um elenco parecido pra todo mundo ver a diferença entre um técnico bom e um fora de série. Ou seja, Del Negro não vai estragar esse time, mas é difícil acreditar que ele vai ter alguma sacada que faça o Clippers superar taticamente seus adversários.

Sabe como Scott Brooks às vezes tira uma jogada da cartola e isso rende cestas fáceis para o Thunder? Especialmente depois de um pedido de tempo? Ou como Thibodeau consegue fazer um time com Carlos Boozer virar potência defensiva? Ou como Erik Spoelstra resolve usar LeBron James de armador e ala de força ao mesmo tempo? Não espere isso de Del Negro, ele faz o básico e está nas mãos dos jogadores qualquer superação.

 

Temporada Filme Pornô

Com um banco de reservas profundo como esse, dá pra esperar o Clippers jogando bem mesmo nas sequências mais complicadas da temporada. E pelo time titular repetido, entrosamento para o começo de temporada regular não vai faltar. Aliás, o time é veterano e não deve demorar para aprender o jeito de jogar, ainda mais sendo comandados por Chris Paul. Minha aposta é que o Clippers vai ser um dos times que começará a temporada voando!

Mas para a temporada ser pornograficamente boa, eles irão precisar que Blake Griffin, que perdeu as Olimpíadas por lesão no joelho, fique inteiro. Com a saída de Reggie Evans as opções para garrafão estão mais magras e eles vão precisar do Sr. Top 10. Se ele resolver acrescentar umas jogadas a mais para o seu arsenal, só para variar a repetição de saltar por cima de homens enormes, melhor. Tudo isso é, senão provável, muito possível.

O Clippers pode muito bem ameaçar o trio de Spurs, Thunder e Lakers na temporada regular, mas mesmo que isso não aconteça, podem muito bem acabar em 4º lugar no Oeste e ter mando de quadra logo na primeira rodada. Depois disso que tal um confronto de 7 jogos todinho no Staples Center contra o Lakers? Uma série de igual para igual contra o rival da cidade parece ser o ápice para esse time. Porém uma vitória no derby já seria uma zebra.

 

Temporada Drama Mexicano

O Oeste não é pouca zoeira, mano. Você quer defender mal e ficar lá em cima? Só sendo o Phoenix Suns e olhe lá! No ano passado o Clippers não aguentou o ritmo e aos poucos foi caindo até o 5º lugar. Nos Playoffs precisou da virada mais improvável que já vi em um jogo de basquete para tirar aquele Jogo 1 do Memphis Grizzlies, o que acabou sendo decisivo para a classificação para a semi-final de conferência.

Em uma temporada dramática eles continuam na metade mais Bobcats das defesas da NBA. Com experiência e com Chris Paul, o Clippers pode até chegar longe de novo, mas dá pra imaginar eles passando por algum dos melhores times com aqueles lá atrás? E por favor, não me entendam mal quando falo de buracos lá atrás. E em uma série longa e difícil, alguém acha que o Vinny Del Negro vai ter uma ideia inovadora que vai dar um nó em Gregg Popovich? O time é bom, mas sonhar com título talvez esteja um pouco longe.

Existe potencial também para uma temporada desastrosa no departamento médico. O estilo de jogo de Blake Griffin é perigoso e seu joelho já falhou antes, Chauncey Billups e Grant Hill são vovôs e já tiveram algumas contusões sérias ao longo da carreira. Caron Butler até que durou na temporada passada, mas já não tem o físico de antes da contusão de 2 anos atrás. Só vamos torcer que se for para o Clippers feder, que não seja por contusões, é um dos times que mais dá show na NBA.

 

Top 10 – Melhores jogadas do Clippers em 2012