Grizzlies sobrevive; Bulls assume a liderança

Vocês perceberam como a disputa entre Miami Heat e Milwaukee Bucks está sendo completamente ignorada pelas TVs? Não só no Brasil, mas nos EUA, os jogos do atual campeão da liga estão sendo jogados nos piores horários e não passam em rede nacional na TNT ou ESPN. Desrespeito? Não, acho que é excesso de respeito. Todo mundo quer assistir às séries mais disputadas e esse time do Heat é tão bom, tão bom, que ninguém crê na mínima chance de um jogo realmente disputado contra o Bucks.

Ontem o time dos veadinhos até que tentou, fez bom primeiro tempo e chegou a liderar o jogo, mas alguém realmente acreditou? A defesa do Miami Heat deu mais uma aula na noite de ontem e bastou que o time esquentasse um pouco no ataque para que disparasse na frente. Curiosamente ontem o ataque subiu de nível quando Ray Allen, Udonis Haslem e, veja só, Chris Andersen entraram em quadra. Allen quebrou o recorde histórico de número de bolas de 3 na carreira em Playoffs, Andersen fez muitas cestas em cortes para a cesta, recebendo ótimos passes e logo a diferença beirou os 20.

Mas impressionante mesmo foi a defesa. Nessas horas que eu queria acesso a vídeos e um bom computador para editá-los. A defesa do Miami Heat na noite de ontem merecia ser analisada jogada a jogada, desde as inúmeras dobras na marcação sobre Monta Ellis ou Brandon Jennings ainda longe da cesta, até toda a recuperação para que essa dobra não significasse alguém livre, terminando em todos se fechando no garrafão quando alguém tentava atacar a cesta. Coisa linda, coisa de time entrosado, treinado e com jogadores capacitados em todas as posições.

 

Em Chicago, o Bulls conseguiu vencer de novo e assumiu a liderança sobre o Brooklyn Nets. O resultado foi até surpreendente se você lembrar daquele Jogo 1, quando o Nets fez seu melhor jogo na temporada e destroçou o Bulls. Ontem o time de Tom Thibodeau fez um excelente

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3º período para abrir mais de 10 pontos de frente e carregar a vitória dali.

Mas se no Jogo 2 o Bulls tinha atacado feio e dependido muito de seus reservas, ontem a movimentação de bola foi mais fluida e as estrelas do time apareceram para jogar. Não significa que o placar ou o aproveitamento foram altos, claro, mas nossos olhos doeram menos. Carlos Boozer foi espetacular com 22 pontos e 16 rebotes, Luol Deng conseguiu 21 pontos e 10 rebotes e juntos eles conseguiram suprir o péssimo aproveitamento de 3/15 bolas de 3 pontos. O Bulls marcar só 79 num jogo não é tão surreal, é o jeito e as limitações deles, mas segurar o Nets a 76 foi fora de série.

Pelo Nets, mais uma vez Deron Williams foi empacado pela defesa exemplar de Kirk Hinrich e pela cobertura de garrafão perfeita de Joakim Noah. Sem ele para criar jogadas, o Nets ficou claramente mais limitado e dependendo dos arremessos de longa distância, que novamente não caíram: 5/21 nas bolas de 3 pontos. A pior delas foi na última jogada, quando o Nets heroicamente se recuperou no jogo, cortou a diferença para 3 pontos no minuto final e teve a bola do empate nas mãos de CJ Watson, que deu um airball. Gosto de quando uma defesa dobra a marcação no melhor arremessado adversário (no caso, Joe Johnon) e obriga ele a passar a bola. Melhor Watson arremessando sem marcação do que JJ no mano a mano.

 

No último jogo da noite, o Memphis Grizzlies tinha que vencer o Los Angeles Clippers para não ficar num buraco de 3-0, e eles conseguiram com uma atuação espetacular da dupla Zach Randolph e Marc Gasol, que tinha sido discreta nos jogos de Los Angeles. O nosso gordinho favorito, Randolph, teve 27 pontos e 11 rebotes, 6 deles ofensivos. Gasol fez 16 e pegou 8 rebotes, além da defesa que o fez merecer o prêmio de melhor defensor da temporada .

Foram 3 as chaves para essa vitória do Grizzlies: (1) Seguraram Chris Paul a míseros 8 pontos, 4 assistências e, preparem-se, 5 turnovers! Fui pesquisar e descobri que nessa temporada foi apenas a segunda vez que Paul teve mais desperdícios de bola que assistências, a outra vez foi numa derrota para o Dallas Mavericks quando ele deu 5 assistências e cometeu 7 turnovers. Na temporada passada, sua primeira pelo Clippers, também só aconteceu uma vez. É coisa rara, mermão. (2) Rebotes ofensivos, o Grizzlies pegou 17 rebotes de ataque contra apenas 5 do Clippers! O ataque do Grizzlies não é tudo isso e é nessas bolas, os Z-bounds, que eles fizeram o maior estrago. (3) Quincy Pondexter, o ala veio do banco, marcou quase todos seus 13 pontos na etapa final e fez bolas importantíssimas todas as vezes que o Clippers ameaçava cortar a vantagem para menos de 5 pontos.

Segurar Chris Paul é o mais difícil de se repetir entre esses feitos. Mike Conley defendeu bem demais ontem, mas até aí já vimos Chris Paul superar defesas espetaculares outras vezes. De qualquer forma a defesa do pick-and-roll foi muito bem feita e pode dar resultados em outros jogos. O que eles não podem se dar ao luxo de não repetir, especialmente nos jogos em casa, são os rebotes de ataque. É dentro do garrafão que esse time funciona e sem isso não tem chance contra o Clippers ou mesmo qualquer outro time.

Nuggets e Bulls vencem apesar da alimentação precária

Foi uma noite de poucos jogos e momentos tristes para a NBA. Cada uma das 3 partidas teve um momento para a gente parar, refletir e pensar sobre a miséria humana. Será que é essa a vida que queremos para nós e o mundo que queremos deixar para nossos filhos? Vocês vão entender.

O primeiro jogo da noite foi o duelo entre Derrick Rose e Dwight Howard Jimmy Butler e Arron Afflalo. O Bulls, ainda atrás de seu poder ofensivo, pegava o até então invicto Orlando Magic. Um time invicto que tem E’twaun Moore, Dequan Jones e Nikola Vucevic como titulares! E pior, Moore (17 pontos) e Vucevic (16 pontos, 10 rebotes) estão realmente jogando bem. Coisas da primeira semana da NBA.

O jogo começou e se manteve disputado por 3 períodos. O Bulls sobrevivia graças a sua defesa ainda formidável, mas no ataque estavam dependendo demais do nem sempre regular Carlos Boozer (12 pontos, 8 rebotes). O problema é o eterno cobertor curto do técnico Tom Thibodeau, o time ataca melhor com Boozer e Richard Hamilton, mas os dois são os pontos fracos da defesa. Para Vucevic (Vucevic, não Hakeem Olajuwon) não continuar deitando e rolando no garrafão, Thibodeau teve que tirar seu melhor atacante para colocar Taj Gibson em quadra, Jimmy Butler e Nate Robinson (11 pontos, 6 assistências) acabaram entrando também nos lugares de Hamilton e Kirk Hinrich.

As trocas deram certo. O Bulls segurou o Magic a poucos pontos nos primeiros minutos do quarto final e aproveitou uma boa sequência de arremessos de Gibson (12 pontos) e Luol Deng (15 dos 23 pontos dele vieram no 2º tempo) para abrir 10 pontos de vantagem. Com a defesa bem montada, foi só cozinhar o placar até o final. O Magic chegou a ameaçar no final quando JJ Redick (10 pontos, 7 assistências) e Arron Afflalo (28 pontos, 3 bolas de 3) acertaram a mão, mas uma bola de 3 forçada (pra não dizer imbecil) de Glen Davis a menos de um minuto para o fim do jogo tacou a reação no lixo. O Big Baby joga com uma raça proporcional a sua circunferência, mas às vezes perde a noção. Atacou a cesta de cabeça baixa tantas vezes que saiu de quadra com apenas 7 arremessos certos em 22 tentativas e 5 tocos sofridos.

Foi aí então que aconteceu o momento triste do jogo. O Bulls vencia por 98 a 93 quando Joakim Noah sofreu falta nos segundos finais. Ele fez o primeiro chute, mas errou o segundo, o que levou a torcida a gritos desesperados. O jogo já estava ganho, claro, mas o arremesso errado não deixou o time chegar aos 100 pontos, o que significaria Big Macs de graça para todos os presentes! A torcida chiou, gritou, esperneou e então vibrou quando, na posse de bola seguinte, o Magic acabou fazendo falta em Kirk Hinrich. Mas quem diria que o Captain Kirk é um vegetariano de merda, hein? Errou os dois putos arremessos! O segundo ainda rendeu um rebote de ataque, que Noah pegou e tentou um chute desesperado de 3, mas errou. Fim de jogo, 99 a 93 e nada de hambúrgueres, alface, queijo e molho especial para a torcida.

Mas antes que você queira criticar a torcida do Bulls por gritar mais pelo Big Mac do que em qualquer outro momento do jogo (o que aconteceu mesmo!), pense que ela não é a única a fazer isso. Na partida entre Denver Nuggets e Detroit Pistons, dois dos invictos-só-que-ao-contrário da NBA, o Nuggets tinha uma promoção tentadora para seus torcedores caso o time chegasse a 110 pontos: 4 tacos e um refrigerante por 1 mísero dólar. Com o time vencendo por 105 a 95 nos minutos finais, o coro de “We Want Tacos” tomou conta do Pepsi Center. Mas os torcedores de pé não viram todas as cestas necessárias. Com os chutes de Andre Miller e Danilo Gallinari batendo no aro o resultado ficou em 109 a 97. Um ponto, como em Chicago, ficou entre os torcedores e suas veias entupidas. São as defesas da NBA na luta contra a obesidade mórbida na América.

Mas, verdade seja dita, a torcida vibrou antes do Tacogate. No começo do jogo com as bolas de 3 de Andre Iguodala (17 pontos, 10 rebotes) e Danilo Gallinari (8 pontos, 2 tocos). Depois com as enterradas e rebotes de ataque do incansável, animado e certamente sob efeito de drogas Kenneth Faried (15 pontos, 8 rebotes). Com os 3 brilhando, o Nuggets começou bem seu primeiro jogo em casa na temporada e a primeira vitória no campeonato parecia bem encaminhada. Mas Rodney Stuckey (17 pontos) resolveu voltar a jogar basquete e colocou o Pistons de volta no jogo com a ajuda do espetacular Greg Monroe (27 pontos, 10 rebotes). Nem parecia o time apático que apanhou do Lakers outro dia.

O problema é que para enfrentar o Nuggets você precisa ou de uma defesa muito boa que consiga segurar um pouco o ataque deles, ou um ataque tão bom que possa acompanhar o ritmo frenético do time de George Karl. O Pistons não tem nada disso. Com Andre Miller (8 pontos, 6 assistências) e JaVale McGee (16 pontos, 3 tocos) em quadra, o Nuggets aumentou ainda mais sua velocidade e passou por cima do Pistons nos minutos finais. Quando a movimentação de bola do Nuggets engrena, especialmente com Andre Miller ditando os comandos do ataque, não há defesa que dê conta. E não existem números que expliquem a genialidade de Miller, esse armador dos anos 60 que caiu em 2012 por alguma falha no DeLorean.

Veja que números interessantes sobre o Nuggets: Dos 9 jogadores que participaram do jogo, 6 tentaram pelo menos 10 arremessos. Ninguém chutou mais de 15 e nem menos que 5. 6 passaram dos 10 pontos no jogo; 5 conseguiram pelo menos 5 rebotes. Mas mais legais que números, teve isso também:

 

Os torcedores do Bulls ficaram sem sanduba, os do Nuggets sem Tacos. Mas os do Raptors sofreram a real tragédia do dia, tomaram uma surra do OKC Thunder de 108 a

88 e ainda viram seu melhor jogador, Kyle Lowry, sair de quadra carregado após torcer o tornozelo. Ainda não se sabe se é grave, mas qualquer jogo que ele perder é derrota automática para o Raptors. Como disse no preview de ontem, Lowry foi o único jogador da NBA a acabar a primeira semana da NBA com médias superiores a 20 pontos, 7 rebotes e 7 assistências.

O fato é que, de qualquer maneira, o Raptors já apanhava de uns 20 pontos quando Lowry foi ao chão. De tantos jogadores possíveis, era Thabo Sefolosha (11 pontos, uma linda assistência para Serge Ibaka) que começou o jogo inspirado. No embalo das bolas de 3 do defensor, Kevin Durant (15 pontos) e Russell Westbrook (19 pontos, 8 assistências, 1 turnover) só se dedicaram pra valer no primeiro tempo, para matar o jogo de vez. O banco fez o resto. Pelo Raptors, bom teste para o pivô novato Jonas Valanciunas, fez 18 pontos e foi batizado por Kevin Durant:

 

Fotos da Rodada

TÁ TUDO SOB CONTROLE

 

As caras do Big Baby um dia serão reconhecidas como as do Gasol

 

Com essa cena e essas roupas só faltou estarem dentro de um metrô pra virar Zorra Total

 

Bola Presa®

 

Quando perguntarem pra você o que quer dizer “Swagger”, mostre essa foto

Preview 2012/13 – Chicago Bulls

Continuamos aqui o melhor preview da temporada já escrito por um blogueiro gordo. Veja o que já foi feito até agora:

Leste: Boston CelticsCleveland CavaliersBrooklyn NetsIndiana PacersAtlanta Hawks e Washington Wizards

Oeste: Memphis GrizzliesSacramento KingsDenver NuggetsGolden State WarriorsSan Antonio Spurs e Los Angeles Clippers

Até o esperado dia 30 de Outubro, quando teremos a rodada inicial da Temporada 12/13 da NBA, todos os times terão sido analisados profundamente aqui no Bola Presa.

Nesse ano vamos repetir uma ideia de uns vários anos atrás. Ao invés de só comentar as contratações e fazer previsões, vamos brincar de extremos: O que acontecerá se der tudo certo para tal time, qual é seu teto? E o que acontecerá se der tudo errado, onde é o fundo do poço? Em outras palavras, como seria um ano de filme pornô, onde qualquer entrega de pizza vira a trepa do século? E como seria um ano de novela mexicana, onde tudo dá errado e qualquer pessoa pode ser o seu irmão perdido em busca de vingança?

Hoje é dia de falar do único time da NBA com nome de musical da Broadway, o Chicago Bulls.

Chicago Bulls

 

 

 

 

 

Falar do Chicago Bulls é lembrar que o Derrick Rose está machucado e isso me deprime. Não vou entrar no mérito das discussões subjetivas de se ele é melhor, pior ou igual a Chris Paul, Rajon Rondo ou Deron Williams, não importa. Todos estão no topo da NBA e a diferença entre eles nem é tanto técnica, mas de estilos, e o estilo de Rose é, para mim, o que mais dá gosto de assistir. Ele tem os dribles desconcertantes, as enterradas espetaculares, aprendeu a arremessar de uma hora pra outra e sabe envolver os companheiros quando precisa. Em 4 anos de carreira já foi MVP, levou o Bulls a duas melhores campanhas no Leste e fez tudo isso com um bigodinho responsa.

Acho mais do que óbvio de que o Chicago Bulls não tem chance de título sem Derrick Rose, mas o limite da equipe passa muito pela questão psicológica e motivação de seus jogadores. Usarei como exemplo para isso a temporada 2011/12: Rose disputou apenas 39 dos 66 jogos da temporada passada, nos 39 jogos que jogou o Bulls venceu 32 e perdeu 7. Sem o armador o aproveitamento foi de 18 vitórias e 9 derrotas. Certamente foram melhores com Rose, mas os 66% de aproveitamento sem ele, se carregados ao longo da temporada, seriam o bastante para deixar o time em 2º no Leste, atrás apenas do Miami Heat, que acabou a temporada 69% de vitórias.

Porém não foi isso o que se viu nos Playoffs. Derrick Rose estreou na pós-temporada com uma atuação de 23 pontos, 9 rebotes e 9 assistências, mas no último minuto machucou o joelho em uma lesão que o deixará fora das quadras até Março de 2013. A vantagem de 1-0 sobre o 8º colocado Philadelphia 76ers virou para 4-2 em favor do adversário e o Bulls virou um dos poucos times classificados em 1º a perderem logo na 1ª rodada dos Playoffs. A perda de Joakim Noah no meio da série explica parte da derrota também, claro, mas não acredito ser só isso. Uma coisa era sobreviver um período de jogos sabendo que seu melhor jogador iria voltar em breve, outra era saber que não poderiam contar com ele durante o momento mais difícil do ano. Eles sabiam que não venceriam sem Rose e o time desmoronou emocionalmente.

Relembro disso tudo porque temos uma repetição da situação nessa temporada. Se Derrick Rose realmente voltar em Março, dá tempo dele adquirir ritmo de jogo aos poucos e chegar aos Playoffs jogando bem o bastante para fazer o Bulls encarar qualquer time de igual para igual. Mas será que ele volta mesmo? Será que vale arriscar o joelho de um moleque de só 23 anos sabendo que ele não conseguirá jogar com 100% de condições? Não é melhor abrir mão dessa temporada e jogar as fichas em 2013/14? A evolução do quadro clínico de Rose e a postura da diretoria a respeito de sua volta vão definir como todo o resto do time jogará.

Se com o passar do tempo ficar decidido ou insinuado que Rose não voltará nessa temporada, pode ser o momento de usar mais o armador Marquis Teague, que deve ser o reserva de Rose pelos próximos anos. Também pode ser o momento de liberar Luol Deng, novo líder e cestinha do time, para fazer a operação no pulso que ele atrasa há mais de ano, seja pela necessidade do Bulls em tê-lo em quadra ou em nome da seleção britânica. Também será a grande chance da carreira de Jimmy Butler para mostrar serviço.

De certa forma o Bulls se preparou para uma temporada excepcional. Vários dos novos nomes do time como Nazr Mohammed (substituto de Omer Asik), Nate Robinson (Ronnie Brewer), Marco Belinelli (Kyle Korver) e Vlad Radmanovic receberam contratos de apenas um ano. Já o veterano Richard Hamilton tem um Team Option em seu contrato que permite que o Bulls o dispense após essa temporada sem pagar nenhum extra. Ou seja, eles não jogaram o time no lixo para esse ano, tem elenco para brigar com qualquer um caso Rose volte. Mas não gastaram com contratos longos caso o plano seja montar um time de título apenas na temporada que vem.

Se o time não levar a temporada a sério e dar descanso para Rose e Deng o resultado pode ser bom a longo prazo. Na temporada que vem o time teria os seus dois melhores pontuadores sem nenhuma lesão e descansados, poderia ter uma boa escolha no Draft 2013 e ainda existe a chance de trazer Nikola Mirotic, que tem simplesmente arrasado no Real Madrid e tem vínculo com o Bulls na NBA. Com o time lotado de salários estratosféricos e com poucas opções de contratação por isso, ter dois novos reforços com salários pequenos de novato seria uma mão na roda.

Porém, se o Bulls quiser jogar pra valer, tem time e principalmente técnico para isso. Acho que não existem prêmios o bastante para celebrar a revolução que Tom Thiboudeau fez no Chicago Bulls. Não foi só montar uma defesa espetacular, ele já havia feito isso quando era assistente de Doc Rivers no Celtics, mas dessa vez ele fez com um time muito mais limitado. Quando o técnico chegou, Derrick Rose era um defensor medíocre, Carlos Boozer nunca foi grande coisa na defesa, Luol Deng era mediano e por aí vai. Passaram duas temporadas e Rose virou um baita defensor, Boozer só compromete se for no mano a mano contra um atacante muito bom, Luol Deng é um dos melhores defensores de perímetro da NBA e até Kyle Korver rendeu horrores no lado defensivo. Já são 2 anos com as melhores marcas da NBA inteira em qualquer estatística defensiva que você puder imaginar.

O segredo é que o time se comunica muito bem e está preparado para cada adversário, eles defendem em conjunto e sempre com ajuda, ninguém fica sozinho para ter seus defeitos individuais expostos. Com o atual elenco isso pode continuar dando certo. As pessoas tem a imagem do Marco Belinelli como arremessador que não sabe defender, cansei de ler por aí que ele irá penar no Bulls. É só porque ele é branquelo e com jeito meio desengonçado? Na temporada passada ele teve números ótimos defendendo o pick-and-roll, sofreu apenas 0,6 pontos por posse de bola, uma das melhores marcas da NBA. Também foi muito bem caçando jogadores do estilo do próprio italiano que gostam de arremessar depois de receber bloqueios. O mesmo vale para Vlad Radmanovic, que tem fama de defensor fraco, mas que dá conta do recado especialmente defendendo jogadores mais baixos.

Também faço questão de falar da volta de Kirk Hinrich para o time que o draftou em 2003. Ele tem sido o melhor jogador do Bulls na pré-temporada, defendendo horrores e organizando bem o ataque lá na frente. É verdade que seus últimos anos não tem sido grande coisa, mas acho que com o time bem estruturado do Bulls ele pode mostrar seu melhor lado e voltar a receber reconhecimento por sua defesa. Lembram quando ele entrou pro All-Defensive Team em 2006-07? Com Hinrich bem na função de Rose, com Nate Robinson pontuando do seu jeito louco vindo do banco e caso Hamilton e Deng não sofram com contusão, dá muito bem para o Bulls sobreviver na zona de Playoff até Rose voltar. O ponto é se eles querem ou acreditam que isso é possível e necessário.

 

Temporada Filme Pornô

O torcedor do Bulls sofreu muito tempo com um time ruim após a saída de Michael Jordan, é compreensível que eles não queiram jogar uma temporada no lixo. A diretoria pode abraçar a ideia e desistir desse papo de poupar Rose e Deng. Num mundo pornograficamente ideal, os dois chegariam inteiros aos Playoffs após o time segurar a barra lá pela 7ª posição do Leste durante toda a temporada. Joakim Noah e Kirk Hinrich seriam líderes dentro e fora da quadra enquanto Carlos Boozer voltaria a seus 20 pontos por jogo do tempo de Utah Jazz.

Nos Playoffs eles poderiam se vingar, dessa vez sendo a zebra que tira o mando de quadra de um time que acabou lá na frente. Será que Indiana Pacers e Boston Celtics brigariam para fugir do Bulls na primeira rodada? De qualquer forma, qualquer um poderia ser derrotado se Derrick Rose voltasse jogando metade do que sabe. Mas será que é o bastante para vencer o Miami Heat? Pois é. O Bulls tem a mesma chance de ir para a final do Leste que eu tenho de conseguir um menage à trois ainda nessa existência. É possível, é o mundo ideal, mas não apostaria nisso. Ainda acho que o melhor para o time é abrir mão dessa temporada e investir na saúde de Rose, no pulso de Luol  Deng e no Draft 2013.

 

Temporada Drama Mexicano

Não vou dizer que Rose pode voltar antes da hora e se machucar de novo. Não vou dizer. Se isso acontecer eu largo o basquete e abro um blog sobre culinária belga.

 

Top 10 – Jogadas do Bulls em 2012

Sixers perto da vitória, Steve Blake matador

Vale a pena chegar em casa 10 da noite e fazer o resumo do domingo? Não vale, mas quero fazer algo enquanto vejo de canto de olho o Spurs massacrar o pobre Jazz. Devem estar arrependidos de ter lutado tanto pelos Playoffs, não?

Bom, nesse domingo tivemos o Jogo 4 da série entre Philadelphia 76ers e Chicago Bulls. Sim, nessa ordem, com o Sixers na frente. O time de Doug Collins abriu 3 a 1 na série e podemos ter um 8º colocado batendo o 1º de uma conferência pelo 2º ano seguido. Seria apenas a 5ª vez na história e a 2ª em temporadas com locaute (!). Sem Derrick Rose desde o Jogo 2 e agora sem Joakim Noah, com o tornozelo ODENizado, o Bulls virou, como dizer… o Sixers. Assim como o Phila, o Bulls virou um time de defesa feroz, obediência tática, mas nenhuma estrela. Sem Rose e Noah durante toda uma temporada não duvido que o time tivesse campanha idêntica ao do seu adversário de ontem.

O resultado disso foi um jogo muito parelho. Omer Asik começou como pivô titular, mas suas qualidades não batiam com o que o Bulls precisava. Ele é ótimo marcando caras enormes embaixo da cesta, mas seu adversário, Spencer Hawes, é um daqueles estranhos pivôs brancos americanos que adoram chutar de longe. Tentou 11 arremessos, fez 9, boa parte deles de longe, e acabou com 22 pontos. O Bulls voltou para o jogo quando Taj Gibson (14 pontos, 12 rebotes) foi atuar ao lado de Carlos Boozer no garrafão, também melhorou quando Kyle Korver foi para quadra. E estranhamente vivemos uma era em que Korver joga minutos importantes a frente de Rip Hamilton e Ronnie Brewer por causa de sua defesa e movimentação, não pelos arremessos! Tá tudo errado.

No fim das contas o jogo foi tão disputado que só foi decidido nas posses de bola finais. E se o Sixers penou a temporada inteira em jogos apertados, o Bulls ficou sem sequer saber o que fazer sem poder entregar a bola nas mãos de Rose ou na cabeça do garrafão para Noah. O Sixers conseguiu boa movimentação de bola para cavar faltas e resolver o jogo em lances-livres, já o Bulls empacou no ataque e teve que contar apenas com jogadas forçadas de CJ Watson (17 pontos, 5/18 arremessos). Na única vez que tentaram com algum sucesso uma jogada diferente, Carlos Boozer deixou a bola escapar de suas mãos. Quando a fase é ruim…

 

No segundo jogo da rodada, o Miami Heat pegou o New York Knicks num dos jogos mais feios dessa pós-temporada. E não falo isso pelo placar baixo e defesas fortes, isso às vezes é até bem bonito, mas os dois times estavam desorganizados, errando bolas que não deveriam, sem qualquer precisão nos arremessos de 3 pontos mesmo quando ficavam sem marcação. Mais feio que o jogo só a contusão do Baron Davis, à la Shaun Livingston. Fora dos Playoffs, do próximo ano inteiro e talvez sem mais carreira na NBA. Sem Jeremy Lin, ainda machucado, podemos ver Mike Bibby sendo titular por um time relevante nos Playoffs pelo 3º ano seguido. É pouca zoeira?

O jogo foi salvo pelo seu final. O eterno Mike Bibby acertou uma bola de 3 e colocou o Knicks na frente, logo LeBron James (27 pontos) acertou uma bola de 3 em uma jogada bem legal que o Heat copiou do Boston Celtics e empatou o jogo. Pra não ficar barato Melo foi lá e fez a sua também. No ataque seguinte do Knicks, Anthony tentou jogada igual e o juiz deu uma falta de Shane Battier no chute de longa distância. A cara de Melo durante o arremesso, lamentando o erro, deda que não foi nada. Como a bola não mente, Melo errou 2 dos 3 lances-livres, deixando a vantagem em 4. Foi então que o amarelão LeBron James deu um giro lindo, sofreu falta de Tyson Chandler e fez uma bandeja-gancho de esquerda. Muito amarelão. Por fim, após Amar’e Stoudemire (20 pontos) acertar apenas 1 de 2 lances-livres, o Heat teve a chance de empatar ou virar na última bola. Dwyane Wade (22 pontos) tentou infiltrar, mas ótima cobertura de Landry Fields o forçou a recuar, tentar uma bola de 3 pontos e errar. UFA! Teremos um jogo 5.

Eu imaginava que a série seria mais apertada porque imaginava o Knicks jogando assim sempre. Carmelo Anthony inspirado (fez 40 pontos ontem!), Amar’e Stoudemire fazendo com a mão inteira o que fez ontem com a mão esfacelada e defesa impedindo as infiltrações do Heat no último período. Tudo isso com o Knicks superior nas bolas de longa distância. Quando aconteceu o Knicks venceu, mas foi tão pouco até agora que é difícil imaginar a série indo muito longe. O que, claro, não impediu o Twitter de pérolas do tipo “Agora é só ganhar lá em Miami, garantir mais um jogo em casa e teremos um jogo 7 épico”. Aham, uma vitória suada no último segundo do time que tem o Bibby titular nos enche de esperança!

 

No jogo seguinte, uma surpresa. O que diabos Al Horford estava fazendo em quadra?! Eu não fico lendo os jornais de Atlanta pra me manter informado, mas isso era esperado? De qualquer forma, não adiantou muito. Ele foi até que bem (12 pontos, 5 rebotes em 20 minutos) pra alguém que não deveria ter conseguido voltar de contusão nessa temporada, mas o Celtics deu uma surra logo de cara e matou a parada. Josh Smith e Al Horford meia bomba não são páreos para um Paul Pierce (24 pontos) com espírito de Playoff. Rajon Rondo (20 pontos e 16 assistências) também foi bem, e não só numericamente dessa vez, que fique claro. 101 a 79 na lavada do dia.

No último jogo, emoção até altas horas da madrugada com Serginho Groisman e Los Angeles Lakers e Denver Nuggets. Mas no fim deu o óbvio, o previsível: O Lakers venceu com uma bola de 3 decisiva de Steve Blake. Quantas vezes isso já não aconteceu, certo? Apesar do Lakers ter comandado o ritmo e velocidade do jogo por boa parte dos 48 minutos, o Nuggets estava conseguindo se manter perto. Eventualmente puxavam seus contra-ataques, Danilo Gallinari (20 pontos) finalmente fez um bom o jogo e Andre Miller (15 pontos) deixou o ataque de meia-quadra deles mais decente.

Mas no fim da partida o Lakers ganhou por ter menos ansiedade e mais precisão. Primeiro, quando o Nuggets perdia por 2 pontos a 1:06 do fim, Gallinari poderia ter virado com uma bola de 3 pontos, mas pisou na linha e só empatou. Logo depois o mesmo Gallinari tentou cavar uma falta idiota em um bloqueio de Pau Gasol, os juízes não marcaram, o Lakers movimentou muito bem a bola e com um defensor fazendo o Valdívia no chão, não demorou até alguém ficar livre: Ramon Sessions (12 pontos) de 3 abriu vantagem. Na jogada seguinte Andre Miller poderia ter conseguido uma importante cesta, mas na pressa acabou indo atrás do rebote ofensivo muito cedo e encostou na bola quando ela ainda estava sobre o aro. Interferência ofensiva e bola do Lakers, que matou o jogo na jogada seguinte: Kobe infiltrou, a defesa fechou e ele encontrou Blake (10 pontos) livre para matar de 3 pontos.

Esse fim de jogo perfeito do Lakers mostra duas coisas: (1) O time é melhor quando arma jogadas do que quando só isola Kobe (22 pontos, 6 assistências) e espera milagres. (2) A defesa espera milagres de Kobe e por isso vai dar toda a atenção do mundo para ele, quem tiver esse espaço precisa aproveitar. Ontem Sessions e Blake foram precisos, mas ao longo da temporada jogadas semelhantes aconteceram e só amassaram o aro. Nessa série mesmo não lembro quantas vezes a defesa fechou toda em cima de Kobe ou Bynum e Matt Barnes, livre, era incapaz de acertar um arremesso simples. Posso meter medo na torcida do Lakers e dizer que eles dependem de uma boa série de Steve Blake para bater o Thunder? É isso, falei.

Nos dois jogos em Denver o Nuggets mostrou como tinha um estilo que poderia bater o Lakers. O time é destruidor nos contra-ataques e a dupla Kenneth Faried e JaVale McGee pode incomodar muito o garrafão adversário. Se não são melhores, basta alguns tocos e bons rebotes para que Ty Lawson agradeça enquanto corre como um desesperado. Eu apenas esperava que no ataque de meia quadra Danilo Gallinari e Al Harrington pudessem fazer mais estragos, se isso acontecesse acho que a zebra seria possível. Com 3-1 contra não dá mais.

Knicks, desfalcado, vence o Magic

O New York Knicks tinha tudo para perder na noite de ontem. Eles descobriram que Amar’e Stoudemire, com um problema nas costas, pode ficar entre 2 a 4 semanas parado, também estavam sem Jeremy Lin, com dores no joelho. Para piorar, o adversário era o Orlando Magic. Mas não é que acabou dando tudo certo? Pela segunda vez na temporada Dwight Howard foi anulado pelo Tyson Chandler e teve uma noite péssima, foram só 12 pontos, 6 turnovers e impressionantes 5 rebotes. No último jogo entre os dois times em NY o Superman teve 8 pontos e 10 rebotes.

Sem Dwight Howard inspirado as coisas se complicaram para o Magic, que ainda cometeu 18 desperdícios de bola contra apenas 11 do Knicks. O time do técnico Mike Woodson liderou o jogo inteiro, mas foi com o 33 a 18 do 3º quarto que o jogo morreu de vez. Tanto que Carmelo Anthony, cestinha e melhor jogador da noite com 25 pontos em 26 minutos nem atuou no último quarto. Com dores, ele provavelmente só jogou porque o time já estava bem desfalcado. Mas quero dar muito destaque para Iman Shumpert, o novato fez 25 pontos, seu máximo na carreira, mas se destacou mesmo na marcação. Segundo o técnico Woodson, Shumpert “muda completamente o jogo no setor defensivo”, ele fez ótimo trabalho segurando os jogadores de perímetro do Magic para que eles não conseguissem infiltrar no garrafão do Knicks. Sem

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infiltração é menos espaço aberto para Howard e as bolas de 3 pontos. Estratégia simples, mas que exige um defensor de altíssimo nível para executá-la.

O New York Knicks continua jogando bem sob a tutela de Mike Woodson, mas a perda de Stoudemire é muito preocupante. Tudo se encaminha cada vez mais para um time muito defensivo com foco ofensivo no Carmelo Anthony, o que é tipo a 9ª vez que o Knicks muda de cara nessa temporada (que é curta!). Até queria fazer uma análise do Knicks, mas eles mudam tudo a cada semana. Coisa de doido assim como essa estatística do Orlando Magic: Eles já tiveram 4 derrotas por mais de 20 pontos e uma por 31 pontos nessa temporada, mas nenhuma para times com melhor recorde que eles. De todos os times com campanha melhor que o Magic, a única derrota grande foi uma de 15 pontos para o Lakers.

Para finalizar o assunto Knicks/Magic, o melhor da noite: A presença da modelo-e-atriz Kate Upton. Uau! Nota 9 na escala de 0 a Alinne Moraes.

Ontem tivemos poucos jogos disputados, mas alguns enganam no placar. O Phoenix Suns foi até Los Angeles pegar o Clippers e saiu com derrota de 103 a 86, mas a verdade é que até o minuto final do 3º período o jogo estava muito parelho e disputado. O Suns desse ano consegue se manter em alguns jogos mesmo quando seu ataque não funciona, foi assim que o jogo estava pau a pau mesmo com eles acertando só 19% nas bolas de 3 pontos e 37% dos seus arremessos. Mas aí passaram a errar mais (4 dos 11 turnovers do time foram no último quarto) e a falhar na defesa de transição, deixando que seus arremessos errados virassem ataques rápidos para o Clippers. Era tudo o que eles queriam. Chris Paul só precisa de uma defesa um pouco desorganizada para começar a achar pessoas livres, pontes aéreas e espaços para infiltração. Virou um massacre. Também não ajudou que Steve Nash, com dores nas costas, parecia lento e pouco atacava a cesta. Ele poderia ter quebrado o recorde da NBA de mais assistências de um jogador que não marcou pontos, mas uma falta técnica em Bobby Simmons levou Nash à linha do lance-livre: 1 ponto e 15 assistências para o vovô.

Nunca dói assistir um pouco de Blake Griffin (27 pontos, 14 rebotes, 5 assistências) em ação, né?

Outro jogo que a vantagem final não condiz com a partida foi no duelo entre Utah Jazz e Boston Celtics. O time da torcida mais chata da NBA ficou no jogo até o final, mas no último período não teve força ofensiva para superar a sempre apertada defesa dos verdinhos e acabou perdendo por 94 a 82. Os principais pontuadores de perímetro do Jazz, CJ Miles, Devin Harris e Alec Burks somaram 17 pontos em 5/23 arremessos! Pelo Celtics, 23 pontos de Kevin Garnett (que se estranhou com Al Jefferson durante a partida e jogou muito bem depois disso) e 20 para Paul Pierce. Mas nada supera as lindas e fantásticas 14 assistências de Rajon Rondo. Vale ver o resumo do jogo pelos passes de Rondo, especialmente dois deles para Brandon Bass, e também pelos 2 tocos que Gordon Hayward conseguiu numa mesma jogada! Ele é tão pirralho que mesmo estando no seu segundo ano é chamado de “rookie” pelo narrador. Coitado… mas vai ser ótimo jogador quando for adulto!

Vários jogos entre times que provavelmente não veremos nos playoffs: O Wolves teve 40 pontos e 19 rebotes de Kevin Love para bater o Charlotte Bobcats por apenas 88 a 83. Love já tem 469 pontos e 211 rebotes só nesse mês de Março, a última vez que um jogador conseguiu tantos pontos e rebotes num mesmo mês foi Shaq em Março de 2001. Em Cleveland o Cavs continua na má fase e perdeu pra o Pistons por 87 a 75 com 29 pontos do ainda vivo Tayshaun Prince. No Oeste o jogo que ninguém assistiu foi a vitória do pobre New Orleans Hornets por 102 a 87 sobre o Golden State Warriors, que teve 28 pontos e 7 rebotes de David Lee. Será que um dia ele joga num time decente ou vai ser um Antawn Jamison/Shareef Abur-Rahim/Mike Dunleavy que está sempre preso a times medíocres?

O San Antonio Spurs continua voando baixo. Enfrentaram o Kings nessa quarta-feira e deixaram o time da Califórnia correr como queriam, o Spurs de hoje não se incomoda de jogar com times rápidos porque também sabe vencer na velocidade. Meteram 117 a 112 em um jogo bem disputado. Pelo Kings Tyreke Evans foi muito mal, é uma das grandes decepções da temporada, e Marcus Thornton saiu de quadra depois de bater a cabeça em uma disputa de bola. Sobrou para o novato-anão-homônimo-de-outro-anão Isaiah Thomas fazer 28 pontos e 10 assistências para deixar seu time no jogo. O quanto é estranho que hoje em dia dois dos melhores novatos do Oeste sejam Thomas e Chandler Parsons, duas escolhas de 2ª rodada? Thomas, inclusive, foi a última de todos, levado na 60ª escolha.

Pelo Spurs um novato de 1ª rodada, Kawhi Leonard, fez ótimo jogo com 19 pontos e 9 rebotes, foi 1 de 5 jogadores em dígitos duplos, liderados pelos 20 de Manu Ginóbili e os 18 de Tim Duncan. O pivô com cara de bunda disse após a partida que está se sentindo bem fisicamente mesmo depois da maratona de 5 jogos em 6 noites. O Spurs venceu todas da sequência: Mavs e Sixers em casa, Hornets, Suns e agora Kings fora de San Antonio. Impressionante.

Sabe aquela vitória importante sobre um time difícil, aquela que todo mundo diz que tem um valor a mais pela força do adversário? Esse ponto extra é perdido quando logo depois o time é derrotado por um timeco? Porque o Indiana Pacers vinha de vitória maiúscula sobre o Miami Heat, mas ontem perdeu (feio) do New Jersey Nets. Já o Nuggets havia derrotado o todo-poderoso Chicago Bulls na segunda-feira e ontem perdeu para o Toronto Raptors. Não importa que Deron Williams fez 30 pontos pelo Nets e Bargnani 26 pelo Raptors, ninguém vai levar esses times a sério nos playoffs enquanto eles entregarem jogos ridículos assim. Aliás foi exatamente o que David West disse ontem após o jogo. Seu Pacers só levou vantagem mesmo nas porradas: Tirou Jordan Williams do jogo com uma cotovelada na cabeça e Shelden Williams com um dedo no olho! Se queriam vencer tinham que ter tirado outro Williams da parada.

Fechando o dia, um jogo do próprio Todo-Poderoso Bulls. Pela milésima vez na temporada Derrick Rose não jogou, mas e daí? Quem precisa do seu melhor jogador e atual MVP da NBA para ter a melhor campanha da liga? O Bulls pegou o Atlanta Hawks, segurou o ataque deles abaixo dos 20 pontos nos 3 últimos quartos e os mataram. Venceram por 98 a 77. Foi a 5ª vez na temporada que Luol Deng (22 pontos) e Carlos Boozer (20) passaram dos 20 pontos no mesmo jogo, o time nunca perdeu quando isso aconteceu.

Top 10 da Rodada

 

Fotos da Rodada

Anthony Tolliver entra no grupo de Tim Tebow, Jeremy Lin e é um atleta de Cristo. Chamem o Marcelinho Carioca!

 

Que porra acabou de acontecer comigo?!

 

Ou o Cousins é péssimo fotologger ou tá só bravo mesmo

 

A única foto da temporada onde Tony Parker parece alto

 

Tesão ver o Warriors jogar, Curry?

 

-Não jogo mais. Não jogo.

 

Garnett tenta matar CJ Miles com o cotovelo

 

E Hayward com a bunda

 

Profissão perigo

 

Thunder/Wolves histórico, Raptors troca camuflado por amarelo

Ontem não consegui publicar o Resumo da Rodada. Aí ficou aquela dúvida, coloco alguma coisa da sexta no resumo do sábado ou ignoro e sigo em frente? Eu seguiria em frente se na sexta não tivesse acontecido um dos jogos mais malucos e legais da temporada. Então é hora de mini-resumo da sexta (vou ignorar alguns jogos) e do resumo do sábado. Beleza? Beleza.

Sexta-feira

O grande motivo de eu estar escrevendo sobre a sexta-feira é o Oklahoma City Thunder e sua habilidade de estar presente em jogos espetaculares. Lembra da prorrogação dupla do ano passado contra o Grizzlies? Eles repetiram a dose em qualidade, prorrogações e cestas decisivas. Só perderam em timing, poderiam ter esperado pela segunda rodada dos playoffs de novo. O jogo foi contra o Minnesota Timberwolves e teve de tudo. O Wolves começou pegando fogo e chegou a abrir 13, o Thunder em um certo momento tomou conta do jogo e abriu 7. Nenhum dos dois times tinha muita ideia de como parar seu adversário e o jogo foi um show ofensivo, ou um terror defensivo, depende se você quer elogiar ou criticar.

O Thunder começou perdido na defesa por causa da escalação do Wolves. Sem Nikola Pekovic ou Darko Milicic, machucados, o técnico Rick Adelman optou por mais uma vez usar Kevin Love como pivô, embora ele tivesse rendido muito pouco na posição na última partida. A diferença é que dessa vez ele foi escalado como pivô, mas continuou jogando como ala, circulando mais longe da cesta. Sem mobilidade ou velocidade, Kendrick Perkins não conseguiu acompanhar Love no perímetro e o ala do Wolves começou a partida pegando fogo: Com 5 minutos de jogo ele já tinha 3 bolas de 3 pontos e 11 pontos.

O small ball do Wolves, junto com a incapacidade de Perkins e Ibaka de pararem Love forçou o Thunder a jogar com quatro jogadores abertos também: Russell Westbrook, Thabo Sefolosha (depois Derek Fisher), James Harden e Kevin Durant, e Nick Collison como pivô defendendo Love. Essa formação vocês devem conhecer, é o que para o Thunder quer dizer “Foda-se a defesa, faremos 200 pontos se preciso”. Explico: O Thunder não tinha ideia de como defender JJ Barea. Ele sendo marcado pelo Fisher? Funcionou TÃO bem para o Lakers nos últimos playoffs que eu ainda tenho pesadelos com aqueles jogos. Kevin Durant marcando Anthony Tolliver? Pode parecer estranho, mas foi patético. Westbrook marcando qualquer um? Não está afim. Collison marcando Love? Esforçado, mas não o bastante. Mas o contrário também era assim, ninguém no Wolves chega perto de conseguir incomodar um pouquinho o Durant, Westbrook ou Harden. Virou pelada de alto nível.

Com o placar já bem alto e os times trocando cestas, chegamos ao fim do último quarto. Com poucos segundos restando no cronômetro Russell Westbrook tenta salvar uma bola que iria para fora, mas ao colocá-la na quadra a dá nas mãos de JJ Barea, que empata o jogo. Logo depois Kevin Durant acerta uma bola de 3 pontos de muito longe para dar a liderança para o Thunder a 3 segundos do fim. Mas a 1 segundo Kevin Love solta uma bola de 3 sobre Westbrook e sai gritando “Na sua cara, na sua cara” para o ex-companheiro de UCLA. Prorrogação. Lá parecia que o Wolves iria ganhar. Com o jogo empatado a 58 segundos para o fim, JJ Barea (sim, aquele anão) pegou seu único rebote ofensivo no jogo e em seguida deu uma assistência para Tolliver, que fez a cesta e sofreu a falta de Durant. Na jogada seguinte, em um rebote espirrado, Barea deu um tapa/soco/assistência na bola que virou enterrada de Tolliver, 5 pontos de vantagem a 46 segundos do final da partida. Mas aí entrou o talento bruto do Thunder atropelando tudo. Russell Westbrook primeiro acertou uma cesta caindo para trás, com marcação dupla na cara dele. E após uma andada de Love, Kevin Durant meteu uma bola de 3 pontos na zona morta, ignorando a marcação. Jogo mais uma vez empatado, segunda prorrogação.

No segundo tempo extra o Wolves estava exausto, cometeu erros e não conseguiu fazer pontos na transição. Mas o Thunder? Westbrook estava correndo como se tivesse acabado de se aquecer! Fez pontos em contra-ataque como se não houvesse amanhã. O Thunder como um todo acertou 7/8 arremessos na segunda prorrogação e não deu mais chances no jogo mais maluco da temporada: 149 a 140. 

Vamos às estatísticas? Essa parte é impressionante: Anthony Tolliver teve 23 pontos pelo Wolves, James Harden 25 pelo Thunder. Eles não chegaram perto de ser destaque de seus times. Kevin Love quebrou o recorde de 47 pontos de Kevin Garnett e com 51 é o maior cestinha do Wolves em um jogo em toda a história do time. Também pegou 14 rebotes e acertou 7 bolas de 3 pontos. Russell Westbrook conseguiu 45 pontos e 6 assistências, Kevin Durant teve 40 pontos e 17 rebotes. Foi a segunda vez na temporada que a dupla passou de 40 no mesmo jogo! Antes dessa temporada a última vez que dois caras do mesmo time alcançaram 40 na mesma partida havia sido em 1996 com Michael Jordan e Scottie Pippen. Por fim, JJ Barea teve um triple-double. Sim, o primeiro triple-double da história dos anões. 25 pontos, 10 rebotes e 14 assistências. Como Barea pegou 10 rebotes? Eu vi o jogo e não sei começar a explicar. Um jogo para a história, vale a pena ver todo o resumo.

Falei de sexta-feira só para falar desse jogo, não espere mais muita coisa. Nos outros jogos os destaques foram a primeira derrota de Mike Woodson no comando do Knicks, para o Raptors, em um jogo em que deu tudo errado desde o começo. O San Antonio Spurs teve Boris Diaw em quadra e mesmo sem armador algum no elenco, Tony Parker machucado e Gary Neal não conta, derrotaram com autoridade o Dallas Mavericks. O Sixers voltou a jogar bem e atropelou o Celtics, já o Lakers, mesmo com jogos mais ou menos de Kobe e Gasol, passou pelo Blazers liderados pelos 28 pontos de Andrew Bynum. No único duelo entre times de conferências diferentes, vitória apertada e emocionante do Phoenix Suns sobre o Indiana Pacers, que quase teve Paul George pegando o próprio rebote do lance-livre para empatar o jogo no último segundo!

 

Sábado

O jogo mais emocionante do sábado à noite foi o duelo entre Toronto Raptors e Chicago Bulls. O líder do Leste venceu e o Raptors deve estar pensando até agora em como eles perderam essa mamata. Punição do deus fashion por terem usado aquele uniforme camuflado no outro dia? Espero que sim, assim como espero que ele puna toda mulher que usa calça boyfriend, não aceito! O Bulls estava sem Derrick Rose, de novo, e ainda no 2º quarto viram Joakim Noah tomar duas faltas técnicas e ser expulso. Como Rip Hamilton está machucado também, era o Raptors contra só 2 titulares do Bulls.

Foi o bastante para o Raptors dominar os rebotes (58 a 44) e ter melhor aproveitamento de arremessos (44% a 39%), mas com o dobro de erros (18 a 9) não conseguiu vencer. Chances não faltaram. Estavam vencendo quando deixaram CJ Watson (23 pontos, 10 rebotes) livre para um arremesso de 3 a 3 minutos do fim do jogo. Estavam também na frente quando Calderón imitou Westbrook e salvou uma bola que ia para fora e deu nas mãos do mesmo Watson, que fez a bandeja. E sabe quem fez outro arremesso de 3 sem marcação no último minuto? CJ Watson. O Raptors ainda passou na frente com linda ponte aérea de José Calderón (20 pontos, 10 assistências) para Amir Johnson, mas logo depois fizeram falta em (um doce pra quem acertar) Watson, que fez 1/2 lances-livres e empatou o jogo. Com a última posse de bolas em mãos, o Raptors teve 4 chances para vencer! Primeiro na bandeja de James Johnson, bloqueada por Omer Asik, depois em um arremesso de Andrea Bargnani, aí no rebote ofensivo de Gary Forbes e, finalmente, em novo arremesso do italiano Bargnani, que parecia certeiro mas bateu no aro duas vezes antes de cair fora. Prorrogação.

No tempo extra, placar baixo e jogo empatado até Amir Johnson acertar um lance-livre a 15 segundos do fim. Aí o Bulls foi para a vitória com bandeja de Luol Deng (23 pontos, 10 rebotes), mas tomou toco de Johnson. Gary Forbes pegou o rebote, sofreu e falta e aí entregou a rapadura: errou os 2 lances-livres. Mais uma chance para o Bulls, que viu CJ Watson ser muito bem marcado e tentar um arremesso que poucos acertariam. Deu airball. Mas é um ariball contra o Raptors. Então Luol Deng pegou a bola do lado do aro e a soltou a um milésimo de segundo antes do estouro do cronômetro, acertando e vencendo o jogo por 102-101. A bola de Deng está no vídeo abaixo.

Se faz o Raptors se sentir melhor, deveria ter sido marcada uma falta de Carlos Boozer (24 pontos, 10 rebotes)  nesse último lance, já que ele empurra o Gary Forbes e o tira de uma posição onde poderia ter tirado o rebote de Deng. Isso não apaga as mil chances e erros do Raptors, mas foi bem injusto.

Outro jogo com prorrogação foi o duelo entre Houston Rockets e Dallas Mavericks. O jogo foi importantíssimo. Entre o Mavs, 5º do Oeste, e o Rockets, 9º, existem um monte de times praticamente empatados. Uma ou duas vitórias colocam uma equipe lá em cima ou fora dos playoffs, os confrontos diretos podem fazer diferença também. Sabendo disso os dois times jogaram pesado. O Rockets apelou nas bolas de longa distância e 3 de seus titulares (Parsons, Lee e Dragic) tentaram 7 bolas de 3 pontos cada! O Mavs ficou na segurança de passar o último período todo revezando entre arremessos difíceis do Jason Terry (24 pontos) e impossíveis do Dirk Nowitzki (31 pontos), e como sempre, deu certo. O Mavs só não levou o jogo ainda no tempo normal porque o espetacular novato Chandler Parsons (12 pontos, 11 rebotes, 6 assistências) acertou uma bola de 3 digna de Kevin Durant nos últimos segundos do último quarto.

No tempo extra o Mavs continuou com sua dupla, mas teve uma importante ajuda: Brandan Wright contribuiu com 7 tocos, incluindo um sobre Courtney Lee em uma posse de bola decisiva. Ele já tinha antes acertado um arremesso importante no fim do tempo normal também. O Rockets chegou a ter uma outra chance no final do jogo depois de forçar o Mavs a demorar mais de 8 segundos para ir para o campo de ataque, mas na última bola Chase Budinger acertou só aro em um chute da zona morta. O resumo do jogo abaixo serve para 3 coisas: (1) A ponte aéra de Scola para Parsons, (2) a bola de 3 pontos de Parsons e (3) a bola que Dirk Nowitzki acerta usando a tabela com o seu defensor grudado na sua pele.

Juro que acabaram as prorrogações. Quase teve na vitória do Atlanta Hawks sobre o Washington Wizards, mas o John Wall errou a bola de 3 no último segundo. Nenhuma surpresa já que ele tinha acertado só 1 das 9 bolas anteriores que chutou. Foi o melhor jogo de Nenê na sua curta carreira de Wizards, 21 pontos, 11 rebotes e 3 tocos, mas o time não soube segurar a vantagem e tomou a virada. Além do péssimo jogo de Wall, Jordan Crawford é uma negação defensiva e foi humilhado por Joe Johnson. Enquanto o Wizards não tiver um bom defensor de perímetro vai ser difícil ter bons resultados. Outra coisa, alguém sabe quem é esse tal de Edwin Ubiles que jogou seu 3º jogo pelo Wizards ontem?! Juro que tento sempre me manter informado, mas às vezes aparecem uns caras… ele veio da D-League, curiosamente também do Wizards, do Dakota Wizards. Se alguém souber no que ele é bom, avise, ontem fez 10 pontos em 18 minutos jogados.

Outros jogos que aconteceram enquanto vocês estavam na baladenha tomando muito Ice: O Knicks voltou a vencer, atropelou o Pistons como se fosse time grande. O Nets venceu o Bobcats em um desses jogos que simplesmente não valem um minuto do seu fim de semana. Já o Bucks chegou ao extremo do descaso defensivo e tomou 125 pontos do Indiana Pacers, o 6º pior time da NBA em aproveitamento de arremessos. Quem é você e o que você fez com o Scott Skiles, seu farsante?!

No jogo entre San Antonio Spurs e New Orleans Hornets, mais um motivo pra gente ter medo do Spurs: Eles jogaram mal, não se acertaram o jogo inteiro, o Hornets jogou melhor e mesmo assim o time de Tim Duncan saiu com a vitória. Nos anos em que eles foram campeões eu enjoei de ver essas coisas acontecerem. Chegou até o ponto do Danny Green errar dois lances-livres no fim do jogo e mesmo assim o Hornets não aproveitar sua segunda chance de empatar a partida. Quem também ganhou com um basquete mais ou menos foi o LA Clippers, que finalmente voltou a vencer e derrotou o Memphis Grizzlies, esse também em crise. Desde a volta de Zach Randolph o Grizzlies está penando para voltar a jogar da maneira que fazia com o ala/pivô, de maneira mais lenta. O jogo teve várias enterradas legais do Blake Griffin, mas nada tão divertido quando o Chris Paul brincando com o Marc Gasol:

Sabe que as ausências seguidas de Derrick Rose me custou uma série de playoff, estou oficialmente eliminado e não tenho chance de ser bi-campeão da Liga Bola Presa de Fantasy. Mas o Danilo segue forte rumo a seu primeiro título e boa parte de sua boa campanha se dá à decisão de ter draftado o novato Klay Thompson antes da temporada. Lembro que conversávamos sobre isso e eu disse pra ele minha opinião: “Se o Monta Ellis acabar sendo trocado ele pode estourar, mas também pode ficar encostado no banco”. Não só Ellis foi trocado como Stephen Curry está machucado, isso quer dizer que Thompson é a principal arma ofensiva do Warrios. Ontem seu time venceu de novo o Sacramento Kings e o novato saiu de quadra com 31 pontos, seu máximo na carreira e que ajudam muito o São Bernardo Furnitures do Danilo, que agora é o Bola Presa na Libertadores.

O jogo foi disputado, corrido e bem divertido, típica diversão de fim de noite do Warriors. O Kings vinha sendo liderado pelos 28 pontos e 18 rebotes de DeMarcus Cousins, mas não conseguiu colocar a bola na mão dele no fim do jogo. Isaiah Thomas, o novato que vem fazendo ótima temporada, perdeu o controle do seu drible de maneira infantil a 4 segundos do fim do jogo e seu time perdendo por apenas 1. Broxante. Na posse de bola seguinte Richard Jefferson conseguiu enterrar a bola antes de sofrer falta, abriu a vantagem para 3 e o Kings não conseguiu empatar em arremesso desesperado de Tyreke Evans.

 

Fotos da Rodada

Tom Thibodeau: Uma estranha mistura de tiozão do churrasco e um sub-gerente frustrado

 

MONTINHO!!!!!!

 

Talvez se eu voar ele pare de fazer cestas na minha cara
(o que é o Carlos Delfino deitado no sofá coçando o saco de fundo?!)

 

Em homenagem a quem já jogou basquete de óculos

 

Yao Ming e filha do Yao (Awnnn!)

 

Ajudem-me nessa: Com que personagem de desenho parece o Chandler Parsons?

 

Cara-de-Dragic é a nova cara-de-Gasol?

 

O time mais macho da NBA

>A vez dos alas

>

Cuidado, o Najera vai vomitar em você!

Alguém tem assistido aos amistosos dos EUA na ESPN Brasil? A Lituânia assustou durante alguns minutinhos mas ainda não deu pra ameaçar mesmo a seleção americana. Ainda assim, prefiro guardar esses comentários sobre o time dos Estados Unidos para depois do amistoso de domingo contra a Rússia. Até lá, vamos continuar com a nossa vidinha pacata.

Na nossa análise de todos os jogadores que vão assistir às Olimpíadas sem saber em que time vão estar na próxima temporada, passamos pelos jogadores da posição 1 e da posição 2. Chegamos agora aos da posição 3, os alas-pequenos, laterais, small forwards ou simplesmente o cara que não dribla bem o bastante pra ser 2 e nem é alto o bastante para ser 4. E não é uma crítica a quem joga na posição 3, eu era o ala do meu timinho da escola, eu sei como é.

Não tem tantos alas sobrando na NBA como tinham nas outras duas posições que já vimos, em parte porque eu escrevi sobre elas antes e deu tempo para um dos melhores alas que tinham sobrado arranjar um time – o mesmo time. Foi Luol Deng, que acertou um novo contrato com o Chicago Bulls: serão 71 milhões de dólares distribuidos em 6 anos de contrato. Isso dá uma média de 11,8 milhões de dólares por temporada, uma boa bolada para um jogador que teve uma última temporada abaixo das expectativas. Mas se você pensar que o Rashard Lewis ganha mais do que isso e que o Corey Maggette e o Andris Biendris estão recebendo quantias parecidas, o contrato faz mais sentido. Só quando você lembra que está trabalhando até depois do expediente para ganhar menos de 800 reais por mês é que você volta a achar que não faz sentido nenhum mesmo.

No mesmo nível, ou até em um nível acima do Luol Deng, está o melhor Free Agent dessa posição, Andre Iguodala. Aparentemente ele está sem emprego ainda porque quer um salário meio parecido com o do Deng, bem gordo, mas o Sixers não estaria disposto a tudo isso, ainda mais depois de já terem assinado Elton Brand, Royal Ivey, Kareen Rush e ontem, finalmente, Louis Williams. Eu acho que o Iguodala merece um puta salário, ele é melhor que o Luol Deng, melhor que o Rashard Lewis, Boris Diaw, Corey Maggette e um monte de gente da posição dele que ganha rios de dólares, mas às vezes o cara merece mas não ganha, é assim que funciona com esse esquema de teto salarial. Se eu fosse ele, topava um salário um pouco menor e aproveitava a chance de jogar em um puta time, ele tem que perceber que com Andre Miller e Elton Bran, tem a chance de formar um timaço.

Ao mesmo tempo o Sixers tem que perceber que a contratação do Elton Brand não vale nada se eles perderem o Iguodala e que às vezes abrir os cofres vale a pena. Não tenho dúvida de que os managers do Orlando sabem que o Rashard Lewis não vale tudo aquilo, mas se eles não tivessem oferecido iam ficar sem o jogador e não seriam o time forte que são hoje. A diferença é que o Sixers não está disposto a abrir a mão assim tão fácil porque eles sabem que no momento não tem outro time capaz de oferecer tanta grana pelo Iguodala, então, sem concorrência, fica mais fácil para o time se fazer de difícil.

Em outras palavras: o Sixers é uma garota se fazendo de difícil pro Iguodala porque sabe que não tem nenhuma outra garota interessada nele. Assim que aparecer uma biscate se oferecendo, eles vão atrás rapidinho dizendo “Olha aqui, vagabunda, esse cara é meu!”. E já dá pra imaginar aquela negona de bunda grande e roupa colorida dizendo isso no subúrbio da Philadelphia.

No segundo escalão dos Free Agents eu queria colocar o Bostjan Nachbar, mas ele foi mais um na leva de jogadores rumo à Europa, junto com o Josh Childress, que estaria nessa lista de alas se não tivesse ido para o Olympiakos. O Nachbar, carinhosamente e ignorantemente chamado por algum jornalista gringo de Boston Snackbar, era um bom jogador que tinha lugar garantido na NBA, até botava fé que ele teria números bons nesse ano de Nets sem Richard Jefferson, mas já foi, que ele descanse em paz na Euroliga. Ainda na classe dos que prometem está o Dorrell Wright, ele pode receber uma proposta de pouco mais 2 milhões para jogar mais uma temporada no Heat e aí ser Free Agent, ou então pode virar Free Agent agora mesmo. O que dizem é que o Heat deve oferecer um contratinho de vários anos para o garoto, mas se eu fosse o Heat, não saberia o que fazer.

O moleque é bom, tá bom, mas quanto? Ele tem dias bons, outros péssimos, isso quer dizer que ele é irregular ou que é apenas jovem e um dia chega ao alto nível? A ESPN nos obrigou a ver vários jogos do Heat nesse ano e deu pra ver ele jogar algumas vezes, mas mesmo assim não cheguei a conclusão nenhuma, não sei o que esperar de Dorrell Wright. Se tem algum torcedor do Heat que gosta de sofrer e viu ele jogar ainda mais vezes do que eu, por favor opine sobre ele nos comentários.

Outros dois que você com certeza viu na ESPN mas não lembra já passaram pelo Cleveland Cavaliers e não marcaram época por lá. São Shannon Brown e Ira Newble. O Newble estava no Lakers mas não deve continuar por lá, o Brown não fez nada na sua carreira no Cavs e também não deve continuar. E nem imagino um time em que os dois possam se encaixar, o Newble é um bom marcador até, sempre conquistou seus contratos por causa disso, mas que time precisa dele? Será que o Boston arrisca para o lugar deixado pelo James Posey?

Eu acho que não, e o motivo é que o Boston se mostrou interessado em outro cara nas últimas semanas. O nome dele é Darius Miles.

Se deve ter gente achando que o Dorrell Wright é uma eterna promessa, o que falar do Darius Miles? O cara foi cotado para ser o “Most Improved Player” (jogador que mais evoluiu na temporada) durante uns 5 anos seguidos, todo ano era “O ano em que o Darius Miles vai estourar”. Ele era o talento bruto que uma hora ia dar certo. No fim das contas ele foi mais ou menos no Clippers, não estourou no Cavs e no Blazers foi um fiasco.

Com “fiasco” quero dizer que, segundo a lenda, o Darius Miles estava saudável no ano passado mas o Blazers deixou ele na lista de contundidos e ficou tudo por isso mesmo. Agora que ele é Free Agent, o rapaz está babando por um contrato novo e deu pra fazer um monte de testes por aí, impressionando times com
o o Boston e o Dallas. Só queria saber o que ele está fazendo para impressionar nesses testes, será que ele está mostrando potencial como há 8 anos? Ou ele está mostrando que tem o físico perfeito para jogar basquete, coisa que a gente já sabe há uns 10. Ou será que ele finalmente aprendeu a arremessar?

O Dallas disse que basta de potencial sem futuro com o Gerald Green, mas o Boston parece disposto a dar uma chance para o ex-menino prodígio. Será mesmo que eles vão perder o James Posey e o PJ Brown e cobrir o lugar deles com Darius Miles e Patrick O’Bryant? Adeus bi-campeonato. O próximo passo é substituir o Cassell pelo Eddie Gill, Yuta Tabuse ou ainda o quase lendário Moochie Norris, seria legal.

Terminando essa pequena e humilde lista de alas desempregados a gente tem o Garoto Trivia, Devean George. Por que o George é o Garoto Trivia?
Imagina:

Daqui uns 30 anos você está com o seu filho assistindo à ESPN Eurásia que está passando um jogo entre Los Angeles Lakers e Moscou Mavericks e no intervalo do jogo aparece um quiz com a pergunta:
“No lendário Lakers de 2004 que tinha os jogadores do Hall da Fama Shaquille O’Neal, Kobe Bryan, Gary Payton e Karl Malone, quem era o quinto jogador, que completava o time titular?”

Seu filho vai mandar um “Sei lá, viado!”, sua mulher vai dizer “Noooossa, 2004 faz muito tempo!” e você vai dizer “Devean George!”.

Depois disso vem outra pergunta:
“Que jogador foi conhecido por impedir temporariamente, por conta própria, a troca do histórico armador Jason Kidd para o Mavericks?”.

Aí você vai lá e crava Devean George de novo. Não tem jeito, o cara não é bom, (não é ruim também) mas já está com o seu nome na história da NBA por ter sido campeão com o Lakers, na história dos Harlem Globetrotters por ter participado do time em 1999 e porque vai estar em todos os quiz pega-troxa da história da liga.

Não sei que time vai querer o Devean George, mas quem quiser vai ter um personagem da história da NBA nas mãos.

>O papel de Kyle Korver

>

Punk’d, com Ashton Kutcher

Na semana passada, durante o emocionante jogo entre Utah Jazz e Denver Nuggets, vencido pelo time dos mórmons branquelos na prorrogação, alguém disse pra mim “Olha o Kyle Korver decidindo o jogo. De um ninguém no Philadelphia pra ser decisivo em um dos melhores times!”.

Pra ele só poderia dizer: bem-vindo ao mundo dos chamados “role players”.

Para quem não sabe o que é um “role player”, vamos a uma sessão wikiDenis então. “Role”, pra quem não é nerd e não gosta de RPG, é um papel, ou seja, uma função. E “player”, ou “playa” para os “gangsta”, é o jogador, claro. Resumindo, é um jogador que tem um papel definido para realizar no time. Ele fica nesse papel e só, não faz tudo o que der na telha como LeBron, Kobe e etc. Se o Luke Walton começa a forçar arremesso como o Kobe, ou se nosso forte candidato a Desconhecido do Mês, Ira Newble, tenta decidir o jogo como o LeBron, eles apanham dos técnicos.

Alguns desses tais “role players“, apesar de serem teoricamente secundários, ganham muita fama. O primeiro motivo dessa fama é até óbvio: eles fazem seu papel muito bem. Dennis Rodman é um dos poucos jogadores na história a ter 20 rebotes e nenhum ponto em um jogo, isso mostra que ele tinha um papel e qual era ele, mas o cara fazia tão bem esse papel que era visto como peça essencial da equipe. Robert Horry também é só um role player, entra pra pegar uns rebotes, roubar umas bolas, meter umas bolas de três, vencer campeonatos, essas coisas pequenas. Dos mais recentes, acho que o que tem mais fama é Bruce Bowen, tá bom que pra muita gente não é uma boa fama, mas é fama, e que nasceu devido à sua principal função e qualidade: defender.

E vocês sabem o que Rodman, Horry e Bowen têm em comum? (além de todos terem jogados no Spurs). Eles venceram campeonatos. E esse é o segundo motivo que os fizeram famosos.

Agora, finalmente, chego onde queria chegar. Para você ser um desses role players considerados fantásticos, essenciais ou que fazem a diferença, você precisa estar em um time bom, um time forte, um time vencedor. Ao mesmo tempo, um time para vir a ser vencedor precisa de role players. Deu pra sacar?

Não deu, mas os exemplos vão ajudar. Comecei o post falando do Kyle Korver e ele é o melhor exemplo que podemos dar. Ele é um role player, sua função é se movimentar para conseguir uma boa visão da cesta e aí meter bala com seu arremesso quase infalível. Até algumas semanas atrás ele estava no Sixers, lá ele se movimentava, acertava seus arremessos e fazia tudo o que mandavam ele fazer. Como resultado, derrotas e mais derrotas do limitado time do Phila. No Jazz, Korver faz a mesma coisa e o Jazz, que estava sofrendo para ficar ora em nono, ora em oitavo, dispara para uma sequência de 10 vitórias seguidas e, muitos dizem, justamente por causa da troca de Korver, que ele é o diferencial, o que faltava para o Jazz. Ué, ele é ou não tão bom assim?

O fato é que um time precisa de muita coisa para ser forte. Entre essas coisas, precisa, pelo menos na NBA, de um jogador fora de série, se possível mais de um. Depois disso precisa de algo que possa ser usado a seu favor como característica de jogo, pode ser o tamanho dos jogadores, a velocidade, as bolas de longe. E essas características são trazidas por esses role players. O Jazz era um time forte, montado por estrelas como Deron Williams, Carlos Boozer, Memo Okur e Andrei Kirilenko. Mas faltava alguém para meter as bolas de três, para abrir espaços na quadra com boa movimentação. E esse cara é Kyle Korver.
Já no Sixers, essa função não fazia muita diferença porque o time não está totalmente preparado, falta muita coisa para eles virarem um time da elite, então algumas bolas de três e boa movimentação de um jogador, no máximo, fazem a derrota ficar menos feia.

Isso quer dizer que se enfiassemos Horry, Bowen ou até o Dennis Rodman em times muito ruins, era capaz deles terem passado despercebidos, ou vistos apenas como jogadores razoáveis pela NBA. De que adianta um doido pegando 20 rebotes num jogo se o time dele não é capaz de marcar pontos? Rodman ia ser lembrado só pelos cabelos coloridos. E se Bowen fosse um bom marcador em um time fraco, de que adianta ele segurar a estrela do time se o resto da sua equipe fede?
Acho que outro bom exemplo é Steve Blake. Era um bom armador no Portland e acabou indo para o Bucks. Lá, na reserva do Mo Williams, não era ninguém, aí foi pro Nuggets e, pelo menos na minha opinião, mudou a cara do time, de repente Melo e Iverson pareciam melhores e dava até vergonha dizer que caras tão bons estavam parecendo melhores só porque aquele Blake branquelinho estava na equipe. Mas quando ele voltou pra Portland e o Anthony Carter assumiu a armação do Denver, deu pra ver que era tudo verdade.

Essa é a vida dos role players, dependem do time em que estão, da situação em que são jogados por técnicos e dirigentes, para poder mostrar que têm seu valor. Podem ser um desconhecido do mês em algum blog por aí num dia e, uma troca depois, ser a peça que faltava, o diferencial, de um time que entrará para a história.

Notas:

– Em uma entrevista depois do Bulls-Warriors de ontem, uma repórter entrevistou Deron Williams e, após as perguntas, disse “agora tome um banho e boa noite!”. Deron retrucou “Você quer dizer que eu estou fedendo?”

– Estão dizendo que o Larry Brown pode ser o próximo técnico do Bulls. Legal trocar o Scott Skiles por um técnico defensivo, rígido e que nunca se dá bem com os seus jogadores. Mudança radical.

– Rasheed Wallace foi eleito para o All-Star Game para substituir Kevin Garnett. Não lembro de cabeça mas espero que ninguém tenha votado nele para ser MVP do All-Star na nossa promoção.

– Para quem gosta de números, estou com uma coluna no BasketBrasil que fala de NBA a partir dos seus números e estatísticas. A página das colunas é essa AQUI, tem uma nova toda quarta-feira. Mas visite todo o site do BasketBrasil, lá tem mais colunas, informações e muito mais.