O New York Knicks tinha tudo para perder na noite de ontem. Eles descobriram que Amar’e Stoudemire, com um problema nas costas, pode ficar entre 2 a 4 semanas parado, também estavam sem Jeremy Lin, com dores no joelho. Para piorar, o adversário era o Orlando Magic. Mas não é que acabou dando tudo certo? Pela segunda vez na temporada Dwight Howard foi anulado pelo Tyson Chandler e teve uma noite péssima, foram só 12 pontos, 6 turnovers e impressionantes 5 rebotes. No último jogo entre os dois times em NY o Superman teve 8 pontos e 10 rebotes.
Sem Dwight Howard inspirado as coisas se complicaram para o Magic, que ainda cometeu 18 desperdícios de bola contra apenas 11 do Knicks. O time do técnico Mike Woodson liderou o jogo inteiro, mas foi com o 33 a 18 do 3º quarto que o jogo morreu de vez. Tanto que Carmelo Anthony, cestinha e melhor jogador da noite com 25 pontos em 26 minutos nem atuou no último quarto. Com dores, ele provavelmente só jogou porque o time já estava bem desfalcado. Mas quero dar muito destaque para Iman Shumpert, o novato fez 25 pontos, seu máximo na carreira, mas se destacou mesmo na marcação. Segundo o técnico Woodson, Shumpert “muda completamente o jogo no setor defensivo”, ele fez ótimo trabalho segurando os jogadores de perímetro do Magic para que eles não conseguissem infiltrar no garrafão do Knicks. Sem
infiltração é menos espaço aberto para Howard e as bolas de 3 pontos. Estratégia simples, mas que exige um defensor de altíssimo nível para executá-la.
O New York Knicks continua jogando bem sob a tutela de Mike Woodson, mas a perda de Stoudemire é muito preocupante. Tudo se encaminha cada vez mais para um time muito defensivo com foco ofensivo no Carmelo Anthony, o que é tipo a 9ª vez que o Knicks muda de cara nessa temporada (que é curta!). Até queria fazer uma análise do Knicks, mas eles mudam tudo a cada semana. Coisa de doido assim como essa estatística do Orlando Magic: Eles já tiveram 4 derrotas por mais de 20 pontos e uma por 31 pontos nessa temporada, mas nenhuma para times com melhor recorde que eles. De todos os times com campanha melhor que o Magic, a única derrota grande foi uma de 15 pontos para o Lakers.
Para finalizar o assunto Knicks/Magic, o melhor da noite: A presença da modelo-e-atriz Kate Upton. Uau! Nota 9 na escala de 0 a Alinne Moraes.
Ontem tivemos poucos jogos disputados, mas alguns enganam no placar. O Phoenix Suns foi até Los Angeles pegar o Clippers e saiu com derrota de 103 a 86, mas a verdade é que até o minuto final do 3º período o jogo estava muito parelho e disputado. O Suns desse ano consegue se manter em alguns jogos mesmo quando seu ataque não funciona, foi assim que o jogo estava pau a pau mesmo com eles acertando só 19% nas bolas de 3 pontos e 37% dos seus arremessos. Mas aí passaram a errar mais (4 dos 11 turnovers do time foram no último quarto) e a falhar na defesa de transição, deixando que seus arremessos errados virassem ataques rápidos para o Clippers. Era tudo o que eles queriam. Chris Paul só precisa de uma defesa um pouco desorganizada para começar a achar pessoas livres, pontes aéreas e espaços para infiltração. Virou um massacre. Também não ajudou que Steve Nash, com dores nas costas, parecia lento e pouco atacava a cesta. Ele poderia ter quebrado o recorde da NBA de mais assistências de um jogador que não marcou pontos, mas uma falta técnica em Bobby Simmons levou Nash à linha do lance-livre: 1 ponto e 15 assistências para o vovô.
Nunca dói assistir um pouco de Blake Griffin (27 pontos, 14 rebotes, 5 assistências) em ação, né?
Outro jogo que a vantagem final não condiz com a partida foi no duelo entre Utah Jazz e Boston Celtics. O time da torcida mais chata da NBA ficou no jogo até o final, mas no último período não teve força ofensiva para superar a sempre apertada defesa dos verdinhos e acabou perdendo por 94 a 82. Os principais pontuadores de perímetro do Jazz, CJ Miles, Devin Harris e Alec Burks somaram 17 pontos em 5/23 arremessos! Pelo Celtics, 23 pontos de Kevin Garnett (que se estranhou com Al Jefferson durante a partida e jogou muito bem depois disso) e 20 para Paul Pierce. Mas nada supera as lindas e fantásticas 14 assistências de Rajon Rondo. Vale ver o resumo do jogo pelos passes de Rondo, especialmente dois deles para Brandon Bass, e também pelos 2 tocos que Gordon Hayward conseguiu numa mesma jogada! Ele é tão pirralho que mesmo estando no seu segundo ano é chamado de “rookie” pelo narrador. Coitado… mas vai ser ótimo jogador quando for adulto!
Vários jogos entre times que provavelmente não veremos nos playoffs: O Wolves teve 40 pontos e 19 rebotes de Kevin Love para bater o Charlotte Bobcats por apenas 88 a 83. Love já tem 469 pontos e 211 rebotes só nesse mês de Março, a última vez que um jogador conseguiu tantos pontos e rebotes num mesmo mês foi Shaq em Março de 2001. Em Cleveland o Cavs continua na má fase e perdeu pra o Pistons por 87 a 75 com 29 pontos do ainda vivo Tayshaun Prince. No Oeste o jogo que ninguém assistiu foi a vitória do pobre New Orleans Hornets por 102 a 87 sobre o Golden State Warriors, que teve 28 pontos e 7 rebotes de David Lee. Será que um dia ele joga num time decente ou vai ser um Antawn Jamison/Shareef Abur-Rahim/Mike Dunleavy que está sempre preso a times medíocres?
O San Antonio Spurs continua voando baixo. Enfrentaram o Kings nessa quarta-feira e deixaram o time da Califórnia correr como queriam, o Spurs de hoje não se incomoda de jogar com times rápidos porque também sabe vencer na velocidade. Meteram 117 a 112 em um jogo bem disputado. Pelo Kings Tyreke Evans foi muito mal, é uma das grandes decepções da temporada, e Marcus Thornton saiu de quadra depois de bater a cabeça em uma disputa de bola. Sobrou para o novato-anão-homônimo-de-outro-anão Isaiah Thomas fazer 28 pontos e 10 assistências para deixar seu time no jogo. O quanto é estranho que hoje em dia dois dos melhores novatos do Oeste sejam Thomas e Chandler Parsons, duas escolhas de 2ª rodada? Thomas, inclusive, foi a última de todos, levado na 60ª escolha.
Pelo Spurs um novato de 1ª rodada, Kawhi Leonard, fez ótimo jogo com 19 pontos e 9 rebotes, foi 1 de 5 jogadores em dígitos duplos, liderados pelos 20 de Manu Ginóbili e os 18 de Tim Duncan. O pivô com cara de bunda disse após a partida que está se sentindo bem fisicamente mesmo depois da maratona de 5 jogos em 6 noites. O Spurs venceu todas da sequência: Mavs e Sixers em casa, Hornets, Suns e agora Kings fora de San Antonio. Impressionante.
Sabe aquela vitória importante sobre um time difícil, aquela que todo mundo diz que tem um valor a mais pela força do adversário? Esse ponto extra é perdido quando logo depois o time é derrotado por um timeco? Porque o Indiana Pacers vinha de vitória maiúscula sobre o Miami Heat, mas ontem perdeu (feio) do New Jersey Nets. Já o Nuggets havia derrotado o todo-poderoso Chicago Bulls na segunda-feira e ontem perdeu para o Toronto Raptors. Não importa que Deron Williams fez 30 pontos pelo Nets e Bargnani 26 pelo Raptors, ninguém vai levar esses times a sério nos playoffs enquanto eles entregarem jogos ridículos assim. Aliás foi exatamente o que David West disse ontem após o jogo. Seu Pacers só levou vantagem mesmo nas porradas: Tirou Jordan Williams do jogo com uma cotovelada na cabeça e Shelden Williams com um dedo no olho! Se queriam vencer tinham que ter tirado outro Williams da parada.
Fechando o dia, um jogo do próprio Todo-Poderoso Bulls. Pela milésima vez na temporada Derrick Rose não jogou, mas e daí? Quem precisa do seu melhor jogador e atual MVP da NBA para ter a melhor campanha da liga? O Bulls pegou o Atlanta Hawks, segurou o ataque deles abaixo dos 20 pontos nos 3 últimos quartos e os mataram. Venceram por 98 a 77. Foi a 5ª vez na temporada que Luol Deng (22 pontos) e Carlos Boozer (20) passaram dos 20 pontos no mesmo jogo, o time nunca perdeu quando isso aconteceu.
Top 10 da Rodada
Fotos da Rodada
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Anthony Tolliver entra no grupo de Tim Tebow, Jeremy Lin e é um atleta de Cristo. Chamem o Marcelinho Carioca! |
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Que porra acabou de acontecer comigo?! |
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Ou o Cousins é péssimo fotologger ou tá só bravo mesmo |
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A única foto da temporada onde Tony Parker parece alto |
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Tesão ver o Warriors jogar, Curry? |
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-Não jogo mais. Não jogo. |
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Garnett tenta matar CJ Miles com o cotovelo |
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E Hayward com a bunda |
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Profissão perigo |
Coisa linda essa assistência do Rondo no top ten.
Driblou todo time num movimento só.
Isaiah =/= Isiah
O Suns jogou desfalcado do Markief Morris (gripado) e do Grant Hill (idade avançada).
Todo mundo sabe que o Kevin Love é bom jogador mas o cara está se mostrando muito além disso. Incrível o que esse rapaz tem jogado, está jogando d+, e creio que o talento dele permite tranquilamente que o time se forme em torno dele até mesmo para tentar o titulo em algum tempo. O Kevin Garnett tem jogado muito depois que começou a ser escalado de pivô.
Discordo um pouco disso, o Kevin Love é um jogador de muitos recursos, tem um grande conhecimento do jogo, sabe se posicionar como ninguem, é um dos reboteiros mais ativos, e arremessa de qualquer lugar, mas ele não é um “Playmaker”, ele não consegue criar jogadas, por isso depende de receber a bola em boas condições para finalizar, seus numeros são monstruosos mas não significam que ele consiga carregar o time, ele é a principal opção do ataque e tem qualidade para ser efetivo em muitas situações mas sem outra opção consistente no ataque e um armador de elite o jogo dele não vai funcionar nos Playoffs, ele não é um jogador como era o Garnett por exemplo, não tem a mesma versatilidade, ele é uma maquina de numeros porque se encaixa nas necessidades time, mas não seria capaz de ter sucesso nos Playoffs sendo uma estrela solitaria, simplesmente porque não tem as caracteristicas necessarias e “playmaking skills” por isso depende de um jogo coletivo funcional para se destacar.
“De todos os times com campanha melhor que o Magic, a única derrota grande foi uma de 15 pontos para o Lakers.”
Pô, Bulls 85 x59 Magic, dias atrás. 26 pontos.